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O queijo canastra com o selo certificador de garantia

O consumidor brasileiro amante dos queijos Canastra, originário do Centro-Oeste de Minas Gerais, pode comprar, sem o risco de fraudes, produtos genuinamente da região que estão chegando ao mercado com um selo de procedência. Apoiados por uma tecnologia francesa, queijos de 45 produtores da Serra da Canastra já apresentam esta certificação, que fornece ao consumidor total rastreabilidade da origem, com informações como data da ordenha do leite, a fazenda, o local e dia da fabricação.

Responsável pela emissão do selo, produzido à base de uma proteína comestível do próprio leite (caseína), a Associação dos Produtores de Queijos da Canastra (Aprocan) trabalha para que até o final do ano pelo menos 50 fabricantes da região estejam utilizando a tecnologia.

Queijo Canastra com etiqueta de caseína
Entenda o selo de caseína

Além de garantia da procedência, a inovação dá ao consumidor a segurança de aquisição de um produto de qualidade. Para receber o selo, o produtor tem que cumprir uma série de regras, entre elas, apresentar registro sanitário e contar com 100% do rebanho certificado contra a brucelose e tuberculose.

O plano estratégico da Associação prevê um crescimento médio de 20% ao ano de produtores a comercializarem seus queijos Canastra com o selo de caseína. Sustentar esse selo de procedência, que reflete diretamente na garantia de qualidade do produto para o consumidor, é também um diferencial importante para o desenvolvimento da região por permitir uma rentabilidade ao produto superior àquela obtida pelos fabricantes de queijos sem uma possível rastreabilidade.

Região da Serra da Canastra produtora do famoso queijo
O produtor João Carlos Leite, de São Roque de Minas, um dos principais responsáveis pela introdução da nova tecnologia
O produtor João Carlos Leite, de São Roque de Minas, um dos
principais responsáveis pela introdução da nova tecnologia

O produtor de queijos João Carlos Leite, de São Roque de Minas (um dos seis municípios que compõem a região da Canastra), é um dos principais responsáveis pela introdução da nova tecnologia. Foi em 2017, participando de uma das missões internacionais promovidas pelo Sebrae, que João Carlos conheceu o sistema na França. De volta ao Brasil, ainda com o apoio do Sebrae, ele se lançou em vários processos para aprovação do uso do selo junto ao Ministério da Agricultura e na Anvisa.

Foi também João Carlos Leite quem mobilizou os queijeiros da região para formação da Aprocan. Importante líder do setor, neste momento, segundo afirma, quer se lançar na implantação do Território Empreendedor da Canastra. Importante prática de governança desenvolvida pelo Sebrae, o programa já está presente com sua metodologia em 20 estados do país com mais de 70 Territórios Empreendedores, envolvendo cerca de 3 mil lideranças de 737 municípios.

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