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Secagem correta da vaca para a boa lactação futura

Vacas de leite no estábulo

O processo de secagem das vacas é uma etapa importante para garantir uma boa lactação futura. O manejo incorreto da secagem pode acarretar prejuízos para o rebanho e, consequentemente, para os produtores

Secar uma vaca é fazer com que ela pare de dar leite, ou seja, interromper sua lactação no momento certo. Vacas que parem ainda dando leite acabam tendo bezerros fracos e não apresentam boas condições corporais por ocasião do parto, além de falha na transferência de imunidade para o bezerro. Essa condição – devido ao tempo não ser suficiente para recuperação dos tecidos secretores do leite – prejudica a produção na próxima lactação, ocasionando prejuízo tanto para a vaca em termos fisiológicos como para o produtor em termos econômicos.

Vaca com seu bezerro recém nascido

O bom manejo de secagem é, assim, essencial para a sanidade do úbere na lactação. Os dois métodos mais comuns usados para secagem de vacas leiteiras são:

  • o abrupto;
  • o intermitente ou gradual

O método abrupto inclui interrupção das ordenhas em um dia específico, com base na data prevista de parto e no total de dias desejado para o período seco (normalmente de 45-60 dias).

Já a secagem intermitente envolve a redução da frequência diária de ordenha durante um período determinado ou até quando a vaca reduzir a produção de leite a volume desejado.

O processo de secagem das vacas deve ser iniciado entre 45 e 60 dias pré-parto. Assim, há tempo suficiente para criar uma barreira física no canal do teto, impedindo a entrada de microorganismos durante o período de secagem.

Procedimento de secagem da vaca

A importância da secagem das vacas também está em produzir uma cria saudável. Além de repouso do tecido mamário, o animal poderá produzir colostro de qualidade para, assim, transmitir imunidade para a cria que está por vir.

Para auxiliar no processo de secagem das vacas, recomenda-se o uso de antibiótico intramamário, seguido do uso de selante. O selante cria uma barreira no canal do teto, protegendo contra a entrada de microorganismos durante todo o período seco – o produto pode ser administrado em conjunto com antimicrobianos destinados à terapia da vaca seca. A aplicação deve ser feita após a última ordenha, administrando todo o conteúdo da seringa (4 g) em cada quarto mamário. É importante ressaltar que a aplicação deve ser feita após a limpeza e a desinfecção adequadas dos tetos.

Thales Vechiato – Médico Veterinário

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