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Opinião – Alimentos orgânicos e a nova forma de consumo

Agricultor com caixa de produtos orgânicos

Produzir e consumir da forma que fazemos hoje, sem se preocupar com o futuro, é uma conta que não fecha! E que vai cobrar seu preço em algum momento

O capitalismo tem sobrevivido por sua capacidade de se recriar, absorvendo novos conceitos, comportamentos e diretrizes, se adaptando às exigências dos novos mercados e consumidores.

Mas a verdade é que grande parcela da população já tem a consciência de que a busca do lucro a qualquer custo é um preço que a humanidade não está disposta a pagar. As redes sociais e a velocidade das conexões digitais colaboraram enormemente para percebemos que esta é uma tendência global.

Empresa que não respeitar esta tendência, destruindo os recursos naturais, a biodiversidade e a natureza como um todo não terá uma vida muito longa se esta perspectiva continuar dominando os anseios públicos. Desmatamento, extração vilipendiosa de recursos, extinção de espécies, destruição de mananciais hídricos, aliados à permissividade com corrupção, guerras e outras catástrofes sociais não poderão fazer parte do cotidiano corporativo.

Conceitos como responsabilidade social e ambiental passam a ser os pilares dos novos modelos de negócio e não apenas vistos como atividades paralelas ou de marketing.

Propriedade rural sustentável
Propriedade rural sustentável

O crescimento na demanda pelos produtos orgânicos, reflete em grande parte, um dos efeitos mais visíveis dessa mudança estratégica do capitalismo global.

Neste sentido, os produtores orgânicos cresceram por incorporarem algumas importantes lições do mercado tradicional, agindo em prol dos novos valores e demandas humanitárias.

É um processo simbiótico em que o velho capitalismo se torna um pouco mais “orgânico” para sobreviver. O orgânico se beneficia de algumas diretrizes já estabelecidas mas que não ferem a busca por um novo modelo de organização, planejamento, distribuição, logística e, principalmente, de busca pela melhoria da qualidade de vida e por maior igualdade entre todos.

Para suportar este novo modelo, o novo setor produtivo se utiliza da internet, com todas as suas contemporaneidades e polêmicas. Um universo em expansão que ainda precisa ser bastante testado para que possamos usá-lo cada vez melhor e em prol de um bem comum.

O trabalho agora é focar cada vez mais na disseminação de uma visão de um mundo mais saudável, sustentável e com um futuro justo e promissor para todos.

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