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Macroalga Kappaphycus alvarezii

A macroalga Kappaphycus alvarezii pode se tornar uma alternativa de renda para os maricultores, ao lado das ostras, dos mexilhões e das vieiras

Pesquisadores da Epagri observam o efeito do inverno sobre as algas, que sofre com a temperatura por ser uma espécie tropical. O objetivo é fazer com que os maricultores diversifiquem suas produções, que eles possam ganhar dinheiro com ostras, mexilhões e também com algas. Segundo o estudo essa atividade protege e qualifica as fazendas marinhas e, mais do que isso, eleva o lucro dos produtores.

Da macroalga é extraída uma substância com propriedades gelificante, espessante, estabilizante e emulsificante, muito utilizada em diversas indústrias como farmacêutica, química, alimentícia e têxtil.

Long line de macroalgas
Long line de macroalgas

Durante a estação mais fria do ano, os estudos desenvolvidos pela Epagri em parceria com a UFSC, objetivam manter a biomassa das algas, que sofrem com o frio.

Fase de experimentação

Os pesquisadores afirmam que em temperaturas de água abaixo de 18 oC as algas entram em um processo de estresse fisiológico e podem morrer.

Outro protocolo quem vem sendo aprimorado é a manutenção das algas em estufas durante o inverno, garantindo biomassa necessária para o replantio de primavera.

A ideia é viabilizar estratégias para os cultivos no mar, como por exemplo o licenciamento ambiental dos cultivos de cada maricultor, cálculo de custo de implantação desses cultivos, auxílio na busca de linhas de créditos, entre outras ações.

Detalhe da colheita de macroalga
Detalhe da colheita de macroalga

Todas essas ações são necessárias para que as fazendas marinhas alcancem uma produção já vislumbrada pela pesquisa.

Pacote tecnológico básico

Em águas catarinense, a macroalga pode atingir até 5 ciclos de cultivo, contra 7 da região Sudeste.

A produção de algas em sistema integrado de cultivo com moluscos (ostras, mexilhões e vieiras) pode atingir um peso úmido de 115,8 mil kg de alga por hectare por ano e uma receita bruta de R$ 52,1 mil anuais, além da receita com comércio dos moluscos.

A medida que a cadeia produtiva for se consolidando e os desafios sendo superados, os maricultores terão plenas condições de decidirem se continuam com o cultivo integrado ou se partem para o monocultivo de algas.

Saiba mais sobre as pesquisas da Epagri com macroalgas:

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