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Indicação Geográfica – Queijo do Marajó recebe selo que libera venda em todo país

Queijo de búfala da Ilha de Marajó sendo cortada

O reconhecimento identifica o produto como queijo artesanal tradicional brasileiro e permite que o nome da região paraense seja oficialmente usado na iguaria

O queijo de búfala, em especial, tem ganhado cada vez mais espaço e reconhecimento. As conquistas mais recentes foram o registro de Indicação Geográfica (IG), na modalidade Indicação de Procedência, e o Selo Arte.

A IG concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) permite que o nome da região seja usado na iguaria, agregando mais valor. Já o Selo Arte identifica o produto como queijo artesanal tradicional brasileiro e permite sua venda em todo o país.

O produto

O produto reconhecido traz características do território e da sua gente e cuja estruturação para o registro como uma indicação geográfica pode gerar benefícios econômicos, sociais, ambientais para as regiões.

Tradicional Queijo do Marajó tipo Creme, feito com leite de búfalas
Tradicional Queijo do Marajó tipo Creme, feito com leite de búfalas

A tradição no uso de leite de bubalina para fazer o queijo vem desde o final do século 19 e o início do século 20, quando houve o aumento do rebanho de búfalos na região.

A IG é vista como um instrumento de desenvolvimento local, dando segurança jurídica ao saber, valorizando o mestre queijeiro e principiante preservando a arte na produção do queijo.

A elaboração a partir do leite de búfala cru com fermentação espontânea, é o principal fator que diferencia o queijo produzido no Norte do país.

No paladar, o queijo é mais cremoso com uma leve acidez e final adocicado. Seus valores nutricionais são de 59% mais cálcio, 47% mais fósforo e 30% menos colesterol, além de maior teor de vitaminas A e D.

O queijo é mais cremoso com uma leve acidez e um final adocicado
O queijo é mais cremoso com uma leve acidez e um final adocicado

A IG contemplou os municípios de Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure. Esses locais fazem parte da base territorial do Arquipélago do Marajó, mais especificamente dos chamados Campos do Marajó, Microrregião do Arari, Mesorregião Marajó, no Pará.

De acordo com um estudo publicado pelo Ministério da Agricultura em 2020, há entre 65 a 70 queijarias na região. As mais estruturadas chegam a produzir uma média de 60 a 100 kg por dia, em época de safra, e entre 35 e 70 Kg diários na entressafra.

Um bom exemplo para produtores de iguarias artesanais de todo o país! Busque informações, assistência técnica, procure as entidades do setor em sua região, estruture seu negócio dentro das normas técnicas de produção, ambientais e trabalhistas, dê atenção especial ao bem estar animal em sua criação e vá atrás das certificações e selos. Desta forma, seu empreendimento dará um grande passo para o sucesso!

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