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Imunonutrição estratégia contra a influenza aviária

Galinhas se alimentando

A influenza aviária afeta todas as espécies de aves, além de ser altamente contagiosa e transmitida pelo contado de animais contaminados com animais saudáveis

O Brasil está em estado de emergência zoosanitária em razão de influenza aviária do tipo H5N1, com isso, a Portaria n° 572 do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), estabelece medidas preventivas para redução do risco de ingresso e disseminação da influenza aviária e suspendeu eventos que possam gerar aglomeração de aves, tais como: exposições de aves ornamentais ou pássaros canoros, torneios e feiras. Além disso, visitas a granjas avícolas estão proibidas e criações ao ar livre foram suspensas.

A influenza aviária afeta todas as espécies de aves, além de ser altamente contagiosa e transmitida pelo contado de animais contaminados com animais saudáveis. O agente da doença é um vírus que causa sinais respiratórios clássicos, como corrimento nasal e espirros, entre outros, como torcicolo – muito comum nas aves doentes. Dependendo do vírus, pode haver maior ou menor taxa de mortalidade.

Galinhas

As aves migratórias são os principais veículos para transmissão do vírus H5N1 entre países e continentes. A gripe aviária é relativamente comum nos países do hemisfério Norte, como: Estados Unidos, México, países europeus e da Ásia. Historicamente há poucos relatos na América do Sul: espécies migratórias procuram locais de clima temperado ou quente para se estabelecer e, em função da distribuição de inverno e verão entre os hemisférios Norte e Sul, ocorrem os processos migratórios dessas aves em busca de locais mais adequados. Em função desse comportamento, elas representam risco, pois podem circular de um local contaminado – os Estados Unidos, por exemplo –, para um local livre da doença – como o Brasil ou outro país da América do Sul.

Em criações comerciais de aves a contaminação é evitada com o uso de práticas de biosseguridade implantadas rotineiramente para prevenção de outras doenças menos importantes economicamente. Em geral, este manejo envolve cercamento das granjas, utilização de telas nos aviários para evitar a entrada de aves silvestres, além de cuidados no acesso às propriedades, só feito por pessoas autorizadas e a partir do cumprimento de determinados procedimentos básicos de higienização e normas de bioseguridade.

Pintinhos no alimentador

Prevenir é o melhor remédio e as estratégias de imunonutrição auxiliam indiretamente na prevenção da doença, pois atuam no sentido de melhorar a resposta imune das aves, o que garante melhor resposta da vacinação, principalmente nos países onde a vacinação para influenza aviária em aves comerciais é autorizada, devido ao grande número de casos em criações industriais. A imunonutrição representa um importante obstáculo à proliferação da doença, pois prepara o sistema imune da ave para uma resposta mais rápida frente aos desafios sanitários.

A imunonutrição consiste na administração de determinados nutrientes (imunonutrientes), com capacidade de modular, ou seja, ativar o sistema imune, o que proporciona um aumento nas células de defesa e na resposta dos sistemas imune inato e específico. O uso de leveduras na alimentação animal como imunonutriente é um artifício amplamente utilizado e que já foi bastante estudado, dada sua eficácia, pois são fontes de β-glucanas e mananoligossacarídeos (MOS), que possuem ação direta na modulação do sistema imune e aglutinação de patógenos, respectivamente. Além disso, são fontes de vitaminas, minerais e aminoácidos. Essas ferramentas, aliadas a um bom manejo higiênico-sanitário e técnicas de bioseguridade adequadas, são essenciais para proteger as granjas e garantir bem-estar animal e lucratividade, especialmente em momentos críticos como o atual.

Procure orientação de um profissonal habilitado
para a implementação correta da imunonutrição

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