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Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)

O maior roedor do mundo é extremamente adaptável, podendo habitar regiões altamente alterados pelo ser humano. É extremamente hábil no ambiente aquático, excelente nadadora o que a torna uma presa difícil para os demais predadores. Os registros mais antigos de capivaras datam do Mioceno, entre 7 e 9 milhões de anos atrás, da Argentina central. O nome Hydrochoerus provém dos hábitos deste animal, que lembram vagamente os dos porcos domésticos, na ocasião em que rolam na água enlameada. O termo vem do grego hydro, água e choerus, porco. A primeira informação vital sobre o animal é sobre a sua dependência da água para a realização de várias de suas funções vitais. É um animal muito calmo e manso quando o ambiente que o cerca lhe propicia segurança. Pasta preferencialmente ao entardecer, exercendo relativamente pouca atividade durante as horas mais quentes do dia. Locomovem-se em terra com passos leves e cadenciados, podendo caminhar até 5 km em uma hora. Nadam diariamente, de preferência em águas pouco profundas. Quando detectam sinal de perigo, esses animais saem em disparada e, em processo de fuga, podem saltar obstáculos de até 1,5 m e atirarem-se à água de barrancos bastante alto.

CAPIVARA (Hydrochoerus hydrochaeris)

Capivara com filhotes

Características – o nome capivara deriva da palavra tupi kapi-wara. É o maior roedor do mundo, medindo até 1,30 m de comprimento e 0,50 a 0,60 m de altura. Pode pesar até 100 kg, mas o seu peso médio é de 50 Kg para as fêmeas e 60 Kg para os machos. Seu pêlo é castanho-escuro, suas patas são providas de membrana natatória. Vivem normalmente em grupos familiares de dois a trinta indivíduos, existindo sempre um casal dominante.
Habitat – Vivem às margens dos rios, lagos, praias fluviais e regiões pantanosas.
Ocorrência – são encontradas nas zonas inundáveis das savanas da Colômbia e Venezuela e no pantanal Mato-grossense, no Brasil e no Paraguai.

Bando de capivaras nadando
Bando de capivaras pastando

Hábitos – possuem hábitos diurnos, mas com a presença do homem, podem adquirir hábitos noturnos. Necessitam de água (para beber, nadar, mergulhar, comer e proteger-se), de terra seca para descansar e vegetação para pastar. Escava suas tocas no chão, mas, ao contrário de muitos outros roedores, não é exatamente um construtor. Quase sempre aproveita as depressões naturais do solo, ou refugia-se em tocas abandonadas por outros animais. Excelente nadadora, consegue percorrer grandes trechos debaixo d’água, ao cruzar rios e lagos. Nada em linha reta mantendo fora da água apenas as orelhas, os olhos e as narinas. Flutua com facilidade devido a uma camada de gordura subcutânea. Tem seus dedos ligados por uma membrana natatória, que são mais desenvolvidas nas patas posteriores que possuem apenas 3 dedos. As anteriores possuem 4 dedos.
Alimentação – é um animal herbívoro. Alimenta-se de plantas aquáticas, folhas, sementes e, às vezes, de cascas de árvores novas. Comem de 3 a 4 Kg vegetação fresca por dia. Em sua dentição os incisivos crescem continuamente, alguns milímetros por semana, para compensar o desgaste.

Capivaras com filhotes
Capivara macho

Reprodução – a maturidade sexual é atingida aos dois anos de vida. Não existem diferenças sexuais marcantes. Como caráter secundário de dimorfismo sexual ocorre um intumescimento glandular na parte superior do focinho dos machos adultos (que tem forma oval, de cor preta, brilhante, desprovido de pêlos, constituído de glândulas sebáceas que, quando comprimidas, expelem uma substância pastosa). No período de acasalamento, esta glândula torna-se mais proeminente e sua secreção funciona como atrativo para a fêmea. O período de gestação varia de 120 a 140 dias. Uma fêmea adulta pode ter mais de uma cria por ano, e de dois a seis filhotes em cada ninhada.
Predadores Naturais – onças, jacarés e piranhas.
Ameaças e utilização – a caça indiscriminada é o principal fator de depredação deste animal. A criação de capivaras em cativeiro está crescendo muito no Brasil, a sua carne tem alta fonte de proteínas e sua capacidade reprodutora é maior que a bovina. A sua pele é bem cotada no mercado internacional, pois é bem “elástica”, resistente e suave, sendo ótima para a fabricação de luvas, bolsas, mocassins etc.

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