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Frango com salmonellas ao fundo

Aplicada via água de bebida, ela fornece proteção contra várias estirpes e sorotipos de salmonella paratíficas, induzindo a imunidade

A biosseguridade na agropecuária é coisa séria. Na avicultura, o produtor não pode perder a atenção com a saúde de suas aves. Uma preocupação constante dentro e fora dos aviários, é a salmonella, uma grande ameaça à saúde pública que sempre preocupa muito os criadores de aves. E se a ciência evolui, a avicultura deve caminhar na mesma direção.

Uma nova geração de imunizantes contra a salmonella acaba de ser apresentada no Brasil. Ela utiliza a tecnologia de subunidade e é a primeira do tipo a chegar ao mercado brasileiro. Essa tecnologia traz segurança para o manipulador, as aves e o ambiente. Aplicada via água de bebida, ela fornece proteção contra várias estirpes e sorotipos de salmonella paratíficas, induzindo a imunidade.

Galinhas no bebedouro

A vacina desenvolvida conta com tecnologia da biologia molecular e entre os seus principais diferenciais estão a ação em diferentes sorogrupos (D, B e C) ao mesmo tempo, comprovando a ação contra Salmonella enteritidis (D), Salmonella typhimurium (B), Salmonella heidelberg (B) e Salmonella infantis (C), além de outros testes em desenvolvimento. A vacina também apresenta estratégia DIVA (Differentiating Infected from Vaccinated Animals), alto grau de imunidade de mucosas e limita a excreção e multiplicação do patógeno.

Salmonella

Diferente das vacinas vivas convencionais, esta vacina proporciona maior segurança pois atua com atividade de subunidade, com isso, não ocorre a excreção do agente para o meio ambiente, proporcionando um controle mais efetivo. Quando se fala em segurança, praticidade, estabilidade e questões operacionais que possibilitam o uso massivo dessa tecnologia, as vacinas de subunidade se encaixam melhor neste cenário. É revolucionária por ser a primeira com essa tecnologia embarcada segundo os especialistas.

Entre os benefícios desta nova vacina está a proteção contra vários sorovares e sorotipos. O objetivo do imunizante é atuar contra a contaminação por salmonellas paratíficas, entre os principais grupos (B, C e D). Dentro desse contexto, buscou-se atuar de uma forma diferenciada para conseguir controlar as salmonellas que estão nessa grande família.

Galinha no bebedouro automático

A nova vacina é indicada para aves de ciclo longo (matrizes e aves de postura comercial), como também para frangos de corte. No caso de aves de ciclo longo, são 3 doses e no caso dos frangos de corte, são duas doses, ambas aplicadas em água de bebida. O grande diferencial dessa vacina está por possibilitar a administração via água de bebida, como também em relação ao seu tempo para ser consumida pelas aves – de 6 a 8 horas. Isso oferece uma tranquilidade maior ao produtor do ponto de vista operacional e não sofre interferência do cloro e Ph, sendo muito fácil seu manejo.

Como o Brasil possui uma das principais aviculturas do mundo, o país precisa investir sempre em biossegurança. Por isso, o planejamento do manejo sanitário do empreendimento é fundamental. As chaves são o treinamento constante e a prevenção para controlar enfermidades (manejo sanitário) e garantir a produção eficiente com produtos de alta qualidade.

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