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Gestão de Empreendimentos Leiteiros – Cuidados com o acúmulo de lama

Vacas de leite no pasto

O acúmulo de lama nas fazendas eleva a umidade do solo e propicia a proliferação de bactérias causadoras de mastite

É claro que as chuvas são um presente para os produtores de rebanho leiteiro, pois, este período propicia uma maior oferta de capim, o principal alimento para os animais. Mas a chegada das chuvas também ocasiona alguns problemas sanitários no rebanho.

Alguns desses problemas causam prejuízos produtivos e econômicos, pois, podem acometer o rebanho leiteiro com problemas de casco, pneumonias em bezerros, problemas com carrapatos e, talvez, o maior desses problemas, a mastite, uma inflamação na glândula mamária, que pode ser causada por microrganismos, agentes químicos irritantes ou traumas físicos.

Lama na área de ordenha
Lama na área de ordenha

A doença pode ser identificada em duas formas:

  • Mastite clínica – é a que conseguimos observar alterações no leite e no animal, como a presença de grumos no leite, inchaço no úbere, apatia e febre no animal dependendo do grau dessa mastite.
  • Mastite subclínica – neste caso, não conseguimos observar alterações a olho nu. A identificação só pode ser verificada com a análise do leite em laboratório ou através do teste CMT (California Mastitis Test).
Exame de mastite

Atenção maior no período de chuvas!

  • Cuidado com o local onde os animais estão ficando, evite deixá-los em locais com acúmulo de lama e sempre que possível, retire o excesso de lama dos locais onde eles estão, seja com enxada, carroça, trator ou qualquer outra forma.
  • Olhe como esses animais estão chegando na ordenha. A lavagem do úbere com água não é recomendada, pois durante a ordenha essa água com a sujeira pode escorrer e cair nas teteiras, contaminando o leite. Porém, se o animal estiver muito sujo, a lavagem apenas dos tetos pode ser feita.
  • O teste da caneca de fundo preto deve ser feito todos os dias. Através dele, podemos identificar a presença de grumo no leite dos animais com casos clínicos e iniciar o tratamento imediatamente, evitando que o quadro se agrave.
  • Utilize pré e pós dipping, soluções antissépticas utilizadas antes e depois da ordenha para a desinfecção do teto.
  • Faça o teste CMT pelo menos uma vez por mês. Com ele, conseguiremos identificar os animais com mastite subclínica e fazer uma linha de ordenha, separando estes animais para serem ordenhados por último, assim, evitando uma contaminação cruzada com os animais sadios.

Evite dores de cabeça e prejuízos! Esteja sempre atento e
tome os devidos cuidados para garantir o bem-estar dos seus
animais. Combata a mastite e demais problemas nos períodos alagados.

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