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“Coelho gigante” destrói plantações

Lebrão, lebre-comum ou lebre-europeia (Lepus europaues)
Agricultores do Sul e do Sudeste do Brasil estão sofrendo com os ataques da lebre europeia, vulgo “lebrão”
 
Prejuízos chegam a 100% da produção em regiões de cultivo de brócolis e couve-flor, por exemplo. Plantações de citrus também amargam prejuízo alto, na casa dos 20%, segundo cálculos dos próprios agricultores.
 
O lebrão (Lepus europaeus) é nativo da Europa e foi trazido para Argentina e Chile para fins de caça esportiva. Como não encontrou predador natural na região e com rápida proliferação, acabou por invadir os países vizinhos e chegou ao Brasil por volta de 1950. Sua primeira aparição registrada em literatura foi no Rio Grande do Sul no início de 1980.
 
Também chamada de lebre-comum ou lebre-europeia, possui pelagem marrom e mede entre 47 e 67 cm de comprimento e cerca de 30 cm de altura, pesando entre 3 e 5 Kg.
Facilmente confundido com um coelho, tem patas traseiras mais longas, um corpo maior e tem hábitos peculiares. Usa tocas pouco profundas para se abrigar e devido à sua coloração, camufla-se no ambiente para esconder-se de predadores.
 
O animal possui hábitos noturnos, costuma se alimentar ao anoitecer e, por isso, os produtores têm dificuldade em afastá-lo, vendo suas hortas serem prejudicadas.

Estas lebres se alimentam preferencialmente de brotos. Elas esperam o broto se desenvolver e afetam os cultivos aos poucos. Em Ribeirão Preto, segundo relatos de produtores, elas frequentam vários tipos de plantações como de cana-de-açúcar, café e abacate. No entanto, os produtores apresentam maiores problemas em cultivos de hortas e leguminosas, que precisam ser cercadas para que não ocorram perdas significativas.
 
Com o declínio das queimadas nos canaviais da região de Ribeirão Preto, há estudos que indicam aparecimento e aumento na população de predadores, como cachorro do mato, jaguatirica, lobo-guará e onça-parda. Esses predadores não naturais têm se adaptado aos hábitos dos lebrões e atacado ninhadas.

Brasil prestes a autorizar caça aos lebrões, assim como acontece com os javalis

O lebrão pode entrar na lista dos animais que o IBAMA autoriza a caça com armas de fogo. Caçadores profissionais, que ganham a vida matando animais a tiros em propriedades rurais, já entraram com pedido oficial para que a espécie seja considerada oficialmente nociva e que tenha a caça liberada.

Representantes do IBAMA já adiantaram que o lebrão certamente entrará na lista de espécies que devem ser controladas. Só não está decidido ainda se o controle se dará por armadilhas ou por arma de fogo.

Até mesmo veneno foi cogitado para matar esses animais, mas a ideia foi abandonada porque dificilmente existiria algum veneno que mate apenas esse animal e não acabe matando também espécies nativas.

Fique ligado! Defenda sua cultura. Caso tenha ocorrência do problema, procure as autoridades locais e procuradores da região para uma ação coletiva.

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