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Lata de café funcional com coco e cereja
O café é um candidato óbvio a aprimoramentos, especialmente com sua lista crescente de benefícios à saúde
 
O mercado do café sofreu impacto logo no início da pandemia com a diminuição de 3,9 % das exportações nos primeiros 6 meses do ano cafeeiro de 2019/2020 (19/10 a 20/03).
 
Apesar da queda de consumo e das dificuldades do momento, algumas entidades acreditam que a demanda de café não reduzirá, mas passará por alterações associadas às mudanças no comportamento do consumidor, com crescente demanda por misturas ou marcas de preços mais baixos, além de substitutos da cafeína e complementos.
 
A verdade é que 4 em cada 10 brasileiros perderam o poder de compra desde o início da pandemia, forçando o comércio a estabelecer novas estratégias de venda e maneiras de atrair o consumidor.
Com isso, novas formas de consumo e o estreitamento das relações entre fornecedor da matéria prima, indústria, varejista e consumidor final já podem ser observados.
 
Cafeterias têm adotado sistema de take away, onde o próprio consumidor retira o produto na loja, ou delivery, onde o produto é entregue na casa do cliente. Marcas de café, que durante a pandemia optaram pelo investimento no e-commerce, registraram um aumento de 250% nesse tipo de venda e hoje recebem cerca de 80% de seus pedidos dessa forma.
 
No consumo residencial, devido ao trabalho home office, maior tempo disponível e ambiente psicologicamente confortável, os consumidores têm relatado um aumento no consumo de cafeína, além de maior apreciação e prazer pelo produto, o que tem promovido a valorização de cafés especiais como nunca visto antes.

Inovações garantindo o equilíbrio do mercado

Outra estratégia comumente utilizada pelas indústrias de alimentos é a incorporação de ingredientes funcionais em suas formulações!

O café é um candidato óbvio a aprimoramentos, especialmente com sua lista crescente de benefícios à saúde. As bebidas de café infundidas com ingredientes funcionais para fornecer alegações nutricionais estão alinhadas às demandas dos consumidores, que mais conscientes de sua alimentação, buscam bebidas com múltiplos benefícios.
 
Muitos estudos têm associado o consumo dos compostos do café com a redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, doença de Parkinson e doenças hepáticas.
 
Por exemplo: o endocarpo (pergaminho) e o espermoderma (silverskin), que podem compor até 50% dos resíduos do café, concentram altas quantidades de compostos bioativos como o ácido clorogênico (CGA), cafeína e fibras alimentares com potencial prebiótico que podem aumentar significativamente o número de bactérias benéficas como Lactobacillus spp. e Bifidobacterium spp.

Alternativas saudáveis

Os consumidores estão desenvolvendo uma afinidade por bebidas funcionais – com compostos antioxidantes, anti-inflamatórios, probióticos ou que promovam a saúde do cérebro – na sua versão pronta para beber, pois oferecem maior conveniência e são alternativas mais saudáveis aos refrigerantes.

No Brasil, o mercado de café pronto para beber ainda é pequeno, sendo dominado pelas principais keyplayers (protagonistas) do setor no país. Ainda assim, estima-se que o mercado brasileiro de café pronto para beber deverá registrar um crescimento de 2,8% no período de 2020-2025.
 
Nesse contexto, conclui-se que a utilização do café e seus resíduos, seja em sua forma convencional ou em novas apresentações como o café solúvel ou pronto para beber, mostra-se alinhada ao consumo crescente de bebidas com propriedades funcionais e pode servir como uma ferramenta de enfrentamento aos desafios que deverão ser impostos pela indústria e setor cafeeiro.
 
Fonte: CaféPoint

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