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Pragas ‘importadas’ que ameaçam a agricultura

Estorninho (Sturnus vulgaris)

O estorninho (Sturnus vulgaris) é um pássaro de origem europeia e asiática que tem a aparência inofensiva e agradável, mas que, na verdade, é uma verdadeira praga!

Com uma revoada numerosa, que pode chegar a até 750 mil indivíduos, o bando causa grandes danos agrícolas a lavouras e pomares.

A espécie (Sturnus vulgaris), predadora de pequenos animais, destruidora de lavouras e transmissoras de doenças. já está presente em pelo menos outras quatro cidades do Rio Grande do Sul: Aceguá, Bagé, Chuí e Santa Vitória do Palmar.

Bando de estorninhos no final da tarde

Esta chegada do estorninho ao Brasil acendeu o alerta de especialistas a respeito das pragas “importadas” que têm causado muita dor de cabeça aos produtores brasileiros. No entanto, esta não é a única ameaça que pode ser enfrentada.

Percevejos, caracóis e até mesmo sementes misteriosas já chegaram ao país, oferecendo risco de provocar desequilíbrios ecológicos.

Conheça as espécies de potenciais pragas que chegaram ao Brasil nos últimos tempos:

Caracol indiano

A espécie invasora de caracol Macrochlamys indica já foi identificada em pelo menos sete estados brasileiros.

Natural da Índia, está associado à destruição de plantações em diversos países e é um possível hospedeiro de vermes causadores de doenças gastrointestinais e até de meningite.

Caracol indiano (Macrochlamys indica)

O caracol já foi confirmado no Paraná, onde foram registrados os primeiros relatos em 2019, além de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás.

Há a possibilidade de que eles tenham vindo pelo mar, provavelmente escondidos em alguma carga de planta viva (hipótese não confirmada).

Mariposas

Tudo bem… Não podemos considerar as mariposas exatamente uma praga, mas elas já causaram muita dor de cabeça, há pouco tempo, em Pernambuco devido a um surto de lesões que provocavam coceira.

A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) emitiu uma nota técnica afirmando que o problema teve relação com cerdas de mariposas do gênero Hylesia.

Mariposa do gênero Hylesia

Profissionais fizeram o diagnóstico da doença como dermatite, com a identificação de 485 casos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco.

A dermatite causada por essas cerdas permanece por dias e até semanas, devido à permanência na pele, que pode ser observada em exames.

Percevejo “comilão”

A hipótese de sua chegada ao país é a de que foram trazidos em um navio de contêineres vindos do Sudeste Asiático. O percevejo Erthesina fullo foi avistado em diversos bairros de Santos, no litoral de São Paulo.

Percevejo asiático (Erthesina fullo)

O inseto se revelou de alto risco para a vegetação e também para a agricultura, já que é capaz de se adaptar para se alimentar de diversos tipos de plantas.

Sementes da China

Este foi um mistério que tomou conta das redes sociais e da mídia nacional! Diversas pessoas relatavam o recebimento de pacotes contendo sementes vindos da China. Os pacotes eram recebidos pelos Correios junto com outras compras realizadas pela internet.

Uma análise feita pelo Ministério da Agricultura apontou que as sementes contêm pragas que não existem no país. Ao todo, segundo a pasta, quase metade (17) das 36 amostras estudadas apresentaram riscos fitossanitários ao Brasil.

Myosoton aquaticum
Myosoton aquaticum

Uma delas continha a espécie Myosoton aquaticum, praga com potencial para ser considerada quarentenária, ou seja, com risco de estabelecimento permanente no país, podendo causar impactos econômicos negativos.

Como estas pragas chegam e por que alguém enviaria sementes danosas à produção nacional são problemas que devem ser resolvidos pelas entidades alfandegárias e públicas brasileiras para que os produtores, que já lutam um combate penoso para se manter, não sofram ainda mais com este tipo de problema.

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