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Liquens são excelentes bioindicadores da qualidade ambiental
Importante ferramenta na avaliação da integridade ecológica
Bioindicadores são espécies, grupos de espécies ou comunidades cuja presença, abundância e condições são indicativos biológicos de uma determinada condição ambiental.
 
Os bioindicadores mais usados são aqueles capazes de diferenciar entre oscilações naturais e estresses causados pelo homem, como ciclos sazonais de chuva e seca, por exemplo.

Para que servem?

Servem para analisar um determinado fator antrópico (provocado pelo homem) ou um fator natural com potencial impactante, representando importante ferramenta na avaliação da integridade ecológica.

Os bioindicadores permitem avaliar a qualidade do meio ambiente e ajudam a perceber as consequências das intervenções humanas na natureza. Sendo assim, a ação desses organismos pode ser utilizada para diminuir e controlar os impactos negativos decorrentes das atividades humanas nos ecossistemas.
Na agricultura, por exemplo, o monitoramento das pragas nas plantações pode ser facilitado por meio da utilização de certos bioindicadores. Além disso, as análises microbiológicas também são fundamentais para o controle de qualidade de produtos agrícolas.

Bioindicação e biomonitoramento

A bioindicação diz respeito ao uso de um organismo (uma parte desse organismo ou uma sociedade de organismos) para adquirir informações e dados sobre a qualidade do seu ecossistema ou de parte dele.

Por outro lado, o termo biomonitoramento ou monitoramento biológico pode ser definido como o uso sistemático de respostas biológicas para avaliar mudanças ambientais com o objetivo de utilizar esta informação em um programa de controle de qualidade.

Bioacumulação

A bioacumulação pode ser entendida como um processo de absorção e acúmulo de substâncias ou compostos químicos no organismo de determinado ser vivo. Em uma cadeia alimentar, por exemplo, produtores contaminados por alguma substância tóxica são consumidos por consumidores primários, que vão servir de alimento para consumidores secundários.

Dessa maneira, a concentração de tal composto será muito maior no consumidor final do que nos organismos que ocupam posições inferiores na cadeia.

Organismos que atuam como bioindicadores

Em geral, organismos utilizados como bioindicadores devem possuir tolerâncias ambientais moderadas, já que grupos muito sensíveis ou muito tolerantes não são capazes de refletir a resposta das outras espécies presentes no local.

Comunidades inteiras compostas de organismos com as mais variadas tolerâncias ambientais também podem ser usadas como indicadores de qualidade ambiental.

Em suma, bons indicadores devem ter a capacidade de fornecer respostas mensuráveis e que reflitam a condição geral da população, bem como de reagir ao grau de perturbação de forma proporcional.
A presença ou a abundância de determinadas espécies em um ambiente podem ser um indicativo de sua qualidade. As chamadas aves cinegéticas, pertencentes às famílias Tinamidae (macuco, inhambus, jaós, perdiz, etc.), Cracidae (jacus, jacupiranga, jacutinga, aracuãs, mutuns, etc.), Columbidae (pombas, juritis e rolinhas) e Anatidae (patos, marrecos, etc.), podem ser citadas como exemplo. Elas apresentam grande porte, possuem voo limitado e nidificam no chão, sendo consideradas alvos fáceis para caçadores.
Se essas aves são abundantes em uma área, é um bom indicativo de que a pressão de caça não é intensa na região. Por fim, outros grupos de mamíferos, borboletas e plantas podem ser indicativos da qualidade de preservação de florestas.

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