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Produtores colhendo azeitonas
A perspectiva é de que a safra 2021 da Serra da Mantiqueira seja colhida antes do período tradicional
A Fazenda Santa Helena em Maria da Fé (MG) colheu no final da última semana (19 a 21 de novembro), as azeitonas da safra 2021. Devido ao frio um pouco mais intenso esse ano e um mês de setembro com mais calor e seco, isso adiantou o processo de desenvolvimento e maturação dos frutos.

Este foi um caso isolado, mas a perspectiva é de que a safra 2021 da Serra da Mantiqueira seja colhida antes do período tradicional, que tem o pico entre os meses de fevereiro e março, em regiões de menor altitude; e a colheita estende-se até início de abril, em regiões mais altas.
 
Em comparação aos anos anteriores, a colheita deve ter mesmo uma antecipação, com muitos outros produtores colhendo seus frutos antes da virada do ano.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig realizará testes e avaliações sensoriais nos azeites resultantes desta colheita precoce, para detectar se haverá alguma característica diferenciada no produto final.

MG se destaca no setor

A Epamig, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), desenvolve um projeto para ampliar o cultivo de uvas e azeitonas no município de Diamantina – distante 300 Km de Belo Horizonte.

A demanda surgiu da Associação de Viticultores e Olivicultores de Diamantina e Alto Jequitinhonha (Avodaj), que também busca melhorias no sistema produtivo da região.
O cultivo de uvas viníferas em Diamantina e no Alto Jequitinhonha teve início em 2005, e conta hoje com 52 mil plantas de diferentes cultivares. Acontece que os produtores também se interessaram pelo cultivo das azeitonas, porém, a olivicultura ainda não está consolidada na região.

Clima favorável

Diamantina está entre as dez cidades mais altas de Minas, o que faz com que o clima seja favorável para o cultivo das azeitonas. O projeto visa desenvolver e adaptar tecnologias já empregadas, avaliar e selecionar cultivares adaptadas e caracterizar a produção e qualidade do azeite produzido na região, garantindo segurança e confiança aos que desejarem iniciar na atividade.

O projeto envolve a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), onde será instalada uma unidade demonstrativa de oliveiras. Outra unidade também será instalada em Maria da Fé. O encerramento do projeto está previsto para 2021, com a realização de um evento para abordar o diagnóstico das pesquisas.

Azeites mineiros se sobressaem em concurso mundial

Dois azeites produzidos em MG foram premiados com a medalha de ouro na New York Olive Oil Compettion.

Minas é a terra do café, do queijo, do doce, da cachaça e há duas década, vem se destacando na produção de cervejas artesanais, sendo considerada a “Bélgica das Cervejas Artesanais no Brasil” pela qualidade de suas cervejas, cuja inspiração vem das cervejas belgas. E agora, os azeites também eleva o nome de Minas Gerais no Brasil e em todo o mundo.

As variedades que se adaptaram ao solo mineiro e seu plantio difundido levaram os azeites da região a serem reconhecidos e premiados no mundo todo por sua qualidade, sendo comparado aos famosos azeites europeus.
 
Prova disso foi o resultado do concurso Mundial de Azeite, realizado na cidade americana de Nova York em maio de 2019. O New York World Olive Oil Competition, considerado a “Copa do Mundo” dos azeites.
 
Pela importância internacional e credibilidade, é o maior e mais importante concurso de avaliação de qualidade de azeites em todo o mundo. O resultado desse concurso é mais que um guia, é uma referência oficial da qualidade do azeite. Os azeites premiados têm o reconhecimento mundial. Quem ganha medalha nesse concurso em Nova York, pode dizer com certeza que seu azeite está entre os melhores do mundo.
 
E mineiro faz e faz bem feito. Minas Gerais não ficou de fora. Dois azeites mineiros foram premiados com a medalha de ouro na New York World Olive Oil Compettion. Para escolher os melhores azeites, os jurados observam por exemplo as variedades dos frutos, o frescor, o aroma, o amargor, a picância, a acidez, o frutado, dentre outros quesitos.
 
Foram avaliados azeites de 26 países, de todos os continentes e dos tipos Blend (no inglês) ou Assemblage (no francês) que é um tipo de azeite elaborado com diferentes variedades de olivas ou Monovariental, que é o azeite elaborado com apenas uma variedade de oliva. 

Os azeites brasileiros levaram 8 medalhas de ouro, duas de prata, um Best in Class e 11 medalhas de bronze. Dois azeites mineiros foram premiados com a medalha de ouro. Os azeites mineiros premiados com medalha de ouro foram:

Azeite Reserva Mantiva, produzido na Fazenda das Rosas, em Consolação, e o azeite Irarema, produzido na fazenda de mesmo nome, em Poços de Caldas. As duas cidades são do Sul de Minas.  Essas medalhas significam muito para Minas, que a cada ano vem conquistando respeito nacional e internacional, por seus produtos de qualidade, com reconhecimento internacional.
 
A tendência é a produção crescer mais, bem como melhorando mais ainda a qualidade e competitividade dos azeites mineiros nos mercados nacionais e internacionais.
 
Fonte: Epamig
 
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