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Frango verde, orgânico ou caipira? Você sabe as diferenças?

Frango caipira com galpão de criação ao fundo

Por todo o mundo, as pessoas buscam alternativas na alimentação e quer saber a procedência do que consome. Mais natural… Melhor

O frango tem sido uma destas alternativas e as opções são variadas. Entre elas temos: orgânico, verde e caipira. Vamos tentar desvendar as diferenças entre elas.

O frango orgânico

A adequação a rígidas normas de manejo é uma preocupação constante para o produtor. Os animais precisam ficar soltos, numa área de terra cercada em que eles podem circular. O manejo começa no alojamento dos pintinhos com um dia de vida. Temperatura e umidade são controladas por termômetro. O ambiente deve ser pré-aquecido para que as aves mantenham um “comportamento natural”.

Frangos orgânicos livres

Sua alimentação é constituída por insumos 100% orgânicos. Na matéria-prima não podem ter sido utilizados adubo, fertilizante ou transgênicos. Ao longo do ciclo de produção, o espaço disponível vai sendo liberado de forma gradativa. O cercado lateral, ou portinhol, é aberto para a área externa, ou área de pastoreio, onde as aves ficam expostas ao ambiente natural para ciscar e consumir capim.

O certificado do IBD, órgão auditor e certificador do frango orgânico de renome internacional, garante qualidade e segurança alimentar. O manejo das aves prioriza o bem estar animal e coíbe contaminação direta ou indireta por produtos químicos.

Há uma densidade de aves por metro quadrado determinada e um sistema de rodízio em que elas têm trânsito livre entre a área verde e o aviário, acessando alimento e água de qualidade até a idade programada para o abate.

O frango verde

Como o frango orgânico, o verde também recebe ração vegetal exclusiva à base de milho ou soja. A farinha de ossos, por exemplo, não é aceita em nenhum dos dois casos. Mas as matérias-primas são mais “liberadas”. Em relação à densidade, a quantidade de frangos por metro quadrado é reduzida. Objetos como fardos de palha e pedaços de madeira ajudam a simular poleiros. Cordas de sisal são amarradas nos comedouros para enriquecimento ambiental, aproximando o “comportamento do natural”.

Galpão com frangos verdes

Quanto a certificações, a HFAC (Humane Farm Animal Care) garante o bem estar das aves e a WQS (World Quality Service) assegura a não utilização de antibióticos ou qualquer outro medicamento durante toda a vida do lote. As matrizes são as mesmas tanto para o frango convencional quanto para o frango verde, mas há um único incubatório localizado em Tatuí (SP) que fornece os filhotes.

Os ovos recebem as vacinas obrigatórias por lei, necessárias para garantir um bom desempenho durante todo o ciclo de produção, porém, no primeiro dia de vida, os pintinhos destinados à linha verde recebem uma vacina de imunidade, já que na ração que consomem não há melhorador de desempenho. A vacinação é preventiva.

O frango verde tem uma pesagem menor e é abatido mais tardiamente, por volta dos 42 dias de vida. Antes do abate, é feita uma coleta de amostragem do lote para certificação de que o animal não foi medicado com nenhum princípio ativo. Eles são abatidos no primeiro turno, antes do frango convencional, para não haver risco de contaminação cruzada.

O frango caipira

Este frango “alternativo” remete às origens da roça. Muitos admitem um sabor diferenciado. E as relações afetivas com as raízes do campo são um fator importante. Criar animais soltos tem tudo a ver com boas práticas alimentares. O frango caipira e o frango convencional são de linhagens diferentes e, se o manejo for correto, ambos oferecem carne de qualidade e livre de contaminações.

Frangos caipiras pastando

São animais que apresentam pescoço pelado, coloração avermelhada e genética de crescimento mais lento, o que proporciona uma carne mais firme e de coloração mais escura.

O alimento também é de origem 100% vegetal, sem adição de promotores de crescimento, e a água é clorada e fresca. No piquete, vemos aves correndo o tempo todo, brincando, ciscando e pastando. Segundo especialistas, os frangos alternativos mantém todos os nutrientes do convencional, mas com um diferencial em saudabilidade. São animais com menor quantidade de gordura, pois não vivem confinados.

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