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Consumo consciente
Apresentamos alguns passos iniciais para se comprometer individualmente de forma responsável com os rumos da sociedade
 
Na prática, a escolha por uma atuação mais consciente, com suas limitações, é uma postura que pode ser adotada tanto por empresas, governos e organizações quanto por pessoas, em várias situações.

Adotar dicas de consumo consciente vai além de adquirir um produto com uma etiqueta da cor verde e depois de um tempo esquecê-lo no armário.  Na verdade, uma atuação socioambiental responsável deve ser perene e constante, e não se encerrar em uma compra, por exemplo.

Alimentação. Repensar a forma de alimentação, que é a ação mais simples e recorrente que todos os seres humanos praticam (ou pelo menos deveriam!) é o primeiro passo. É importante entender que todo alimento, antes de ser consumido, percorreu um longo caminho e, dependendo de sua origem, causou mais ou menos impactos socioambientais.

Mas qual é o melhor caminho? Esse caminho inclui a maior redução possível de produtos de origem animal como carne, ovos e leite; prioridade a alimentos de origem vegetal produzidos localmente e de modo orgânico; e desperdício zero.

Certificação B. Essa categoria de empreendimentos visa como modelo de negócios o desenvolvimento social e ambiental. O sistema B é um movimento que pretende disseminar um desenvolvimento sustentável e equitativo por meio da certificação de empresas no âmbito global. Toda empresa do sistema B possui como objetivo solucionar problemas socioambientais.

Lixo zero. Para reduzir o lixo orgânico doméstico é necessário evitar o consumo desnecessário e o desperdício – e praticar compostagem. Da mesma forma, para reduzir a quantidade de outros tipos de lixo, como o de plástico, o primeiro passo é evitar o consumo.

Prefira materiais menos danosos. Ao fazer suas compras, prefira embalagens de vidro, papel e papelão. Tome cuidado com algumas embalagens de molho e itens longa vida, que, apesar de parecerem ser apenas papelão, possuem finas camadas de BOPP, um plástico que dificulta a reciclagem. Se não for possível evitar o consumo de embalagens plásticas, procure embalagens recicláveis. 

Tome cuidado também na hora de comprar seus utensílios domésticos, preferindo produtos de vidro ou metal aos itens de plástico. Na hora de embalar sua comida, evite também o filme plástico e os saquinhos de plástico, que podem ser substituídos por sacos de pano para pão, potes reutilizáveis… Se você tem uma empresa, é ainda mais importante ter uma postura eco-friendly com os resíduos gerados pelo empreendimento.

Lar e empresa conscientes. É possível realizar algumas mudanças no local onde você já vive. Criar abelhas sem ferrão; reutilizar água com cisternas, compartilhar espaços e bens; praticar compostagem e implementar a coleta seletiva no condomínio ou na empresa são algumas práticas possíveis de serem implementadas.

“Slow fashion”. A “moda lenta”. Esse movimento preza pela diversidade; prioriza o local em relação ao global; promove a consciência socioambiental; contribui para a confiança entre produtores e consumidores; pratica preços reais que incorporam custos sociais e ecológicos; e mantém sua produção entre pequena e média escalas. Existem várias formas de aderir ao slow fashion que vão da adoção do hábito de remendar roupas; valorizar trabalhadores e culturas locais; optar por peças que não saem de moda; consumir de brechós; apoiar pequenas cooperativas e costureiras; a dar preferência a fibras têxteis com impacto reduzido, como o algodão orgânico. 

Cosméticos e saúde. Você já parou para pensar que o autocuidado é uma forma de prevenir doenças e evitar o consumo de remédios, muitas vezes testados em animais de modo cruel e que, após o consumo, ainda causarão impactos, como a geração de resíduos e superbactérias? Isso ocorre principalmente se forem descartados de modo incorreto. O autocuidado pode ser praticado por meio da redução no uso de cosméticos, produtos de limpeza e hábitos nocivos. Além de fazer bem para você, faz bem para o meio ambiente. Mas quando não for possível prevenir uma doença e for necessário o uso de medicamentos, lembre-se de fazer o descarte correto.

Transporte. A poluição do ar é responsável por danos significativos e muitas vezes irreversíveis, incluindo danos ao meio ambiente e à saúde humana. Ela é responsável, por exemplo, por um em cada sete novos casos de diabetes. Então, por que não incluir mais caminhadas ao seu dia a dia? Ou até mesmo usar mais transporte público, bicicleta, patins, skate e patinete?
 

Viva no modo consciente. Tudo o que você consome é realmente necessário? Toda vez que for comprar algo, repense se vale a pena e o que você financia quanto adquire determinado produto ou serviço. Ele usou trabalho análogo a escravidão? O consumo consciente é uma premissa para uma atitude responsável. Além disso, é importante estender essa ideia para o coletivo, de modo que a cultura do consumo consciente se institucionalize e seja uma prática acessível a todos.

Achou que é muita coisa aderir ao consumo consciente? Não se assuste! Comece pelo o que você pode fazer, aos poucos. Mas comece já!
 
Fonte: ECycle

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