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Conheça mais sobre a Mastite Bovina

Úberes de vacas holandesas
Inflamação da glândula mamária, ocasionada em sua grande maioria por microrganismos

Na bovinocultura leiteira uma das principais doenças é a mastite ou também conhecida como mamite, visto que a mesma apresenta grandes impactos econômicos devido a quedas de produção, perda na qualidade do leite bem como, aumento dos custos gerados por compra de medicamentos ou ainda por descarte de animais.

A mastite é uma inflamação da glândula mamária, ocasionada em sua grande maioria por microrganismos como bactérias, fungos, leveduras e algas.

A mastite bovina pode se manifestar das seguintes formas:

Mastite Clínica: é quando apresenta alterações visuais no leite como grumos e coágulos, podendo estar relacionado ou não com sintomas visuais de inflamação no quarto afetado como dor, aumento de temperatura, inchaço, dentre outros. Ainda assim, apresenta sinais sistêmicos sendo eles, aumento de temperatura retal, desidratação, diminuição do consumo de alimentos etc.
Vaca de úbere traseiro esquerdo inflamado por causa da mastite bovina
A mastite bovina compromete totalmente a produção leiteira, 
gerando perdas econômicas
Além disso, a mastite clínica pode se subdividir em mastite contagiosa e mastite ambiental:

Mastite contagiosa: quando a transmissão se dá de vacas infectadas para vacas sadias no momento da ordenha (uso múltiplo de papel toalha, mãos contaminadas do ordenhador, etc.) e na mastite ambiental a transmissão ocorre no ambiente o qual o animal está alocado, onde o teto entra em contato com matéria orgânica ou por meio de equipamento de ordenha contaminado.

Mastite subclínica: quando não apresenta alterações visuais no leite ou quarto afetado, todavia ocasiona alterações na composição, queda de produção e aumento da CCS (contagem de células somáticas) gerando prejuízos e perda de possíveis bonificações por qualidade.

Como diagnosticar?

Teste da caneca de fundo preto:

Este diagnóstico é realizado ao início de toda ordenha com a retirada dos três primeiros jatos de leite em uma superfície escura para averiguar se há presença de grumos, alteração de cor, dentre outros.

CMT (California Mastitis Test):
É um teste simples e rápido para fins de diagnóstico de mastite subclínica devendo ser realizado uma vez ao mês.
O leite é misturado ao reagente CMT em dosagem 1:1 (2 ml de leite para 2 ml de reagente). Essa mistura faz com que ocorra o rompimento das membranas das células presentes expondo o seu DNA gerando a viscosidade e por meio dos graus dessa viscosidade é feita a análise dos resultados como descrito abaixo.
Contagem de células somáticas (CCS):

O teste para CCS é realizado por um laboratório especializado por intermédio de testes eletrônicos. Com a CCS individual é possível avaliar o quanto cada animal contribui para o aumento da CCS, bem como quais animais estão acometidos com mastite subclínica (CCS acima de 200 mil células/ml).

A prevenção da disseminação de mastite no rebanho é dada por meio de um manejo eficiente antes, durante e depois da ordenha, logo o recomendado é elaborar uma linha de ordenha para definir quais animais serão ordenhados primeiro.
 
Desinfecção dos tetos da vaca conhecido como pré-dipping (antes da ordenha)
ou pós-dipping (pós ordenha)
Tetas desinfectadas
 
A utilização do pré e pós-dipping são procedimentos necessários para prevenção da doença, o qual deve fazer parte da rotina de ordenha, onde o mesmo atua reduzindo a contaminação da pele dos tetos e formando uma barreira protetora contra novas infecções.
O tratamento e controle de mastite bovina é baseado em prevenir novos casos e eliminar os casos existentes.

As principais ferramentas para eliminação de casos de mastite são:

  • A cura espontânea (por meio de resposta imune);
  • Descarte de vacas com mastite crônica;
  • Tratamento durante a lactação;
  • Tratamento de vaca seca.

Sendo assim, o tratamento com antimicrobianos na lactação e na secagem é uma estratégia essencial de eliminação de casos de mastite. 

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