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BlogFlora RuraltecTV – Pau ferro

Pau ferro (Caesalpinia leiostachya)
Diz-se que seu nome advém das faíscas e do ruído metálico produzido pelos machados ao cortá-la. Em Brasília, a Câmara dos Deputados possui um único exemplar adulto desta árvore. O espécime foi plantado pelo então presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Deputado Ulysses Guimarães, em 1988, no dia em que foi criado o Bosque da Constituinte. O plantio do Bosque aconteceu em homenagem à inclusão de um capítulo dedicado ao meio ambiente na nova Carta Magna brasileira. O pau-ferro plantado por Dr. Ulysses tornou-se uma das mais belas árvores do Bosque e mudas jovens, oriundas de suas sementes, já podem ser encontradas nas quadras de residências oficiais da Câmara.
 

Encontrado do sudeste ao nordeste do Brasil, na Mata Atlântica, o pau-ferro é muito comum em praças, parques e ruas do país, sendo facilmente identificado por suas características físicas. O tronco é inconfundível: liso e cinzento quando jovem, aos poucos perde a casca em placas, tornando-se malhado. As flores são amarelas e pequenas e a floração ocorre no verão e no outono. Deve-se evitar o plantio em calçadas, sob fiação elétrica e em locais de trânsito intenso de pessoas e carros, pois os galhos tendem a quebrar e cair em tempestades.

O pau-ferro é muito utilizado para o paisagismo por suas características ornamentais e de sombreamento, melífera, movelaria, construção civil. Em recuperação de áreas degradadas, a espécie é uma excelente escolha por crescer bem em áreas abertas. Outra característica é a medicinal. Essa espécie contém diferentes extratos e/ou compostos isolados que possuem propriedades antimicrobianas, antiinflamatórias, analgésicas, antioxidantes e hipoglicêmicas, além de outros usos populares. Preparações aquosas e alcoólicas são usadas popularmente para tratar uma série de doenças como diabetes, reumatismo e câncer e também são consideradas litigantes de diarréia, inflamação e dor, entre outros sintomas.

PAU FERRO (Caesalpinia leiostachya)
Ocorrência – do Piauí a São Paulo
Características – alguns a chamam de “ébano brasileiro”, por causa de sua alta densidade, mas também é conhecida como pau-ferro-verdadeiro, jucá, ibirá-obi, imirá-itá, muirá-obi e muiré-itá. É uma espécie heliófita, semidecídua (semicaducifólia) com 20 a 30 m de altura. Tronco cilíndrico, com casca marrom, lisa, descamante, resultando em trechos de coloração esbranquiçada, aparentando tronco de goiabeira, variando de 50 a 80 cm de DAP (diâmetro na altura do peito). Folhas bipinadas, terminando em número par de folíolos. Copa arredondada e ampla, varia entre 6 e 12 m de diâmetro. Flores com pétalas amarelas. Fruto legume indeiscente, reto, seco e de coloração marrom-escuro a negra.

Habitat – formações florestais do complexo atlântico, floresta estacional semidecidual, floresta ombrófila densa, restingas do Rio de Janeiro e caatinga. Ocorre naturalmente em várzeas úmidas com boa drenagem e textura.
Propagação – sementes
Madeira – madeira nobre de cor avermelhada, muito pesada, dura, de longa durabilidade natural

Utilidade – a madeira é usada na construção civil como vigas e caibros, de excelente qualidade para a fabricação de violões e violinos, dormentes, postes e esquadrias. Era utilizada pelos indígenas na confecção de tacapes. Usada também, como ornamental, pela beleza de seu tronco e sua copa. Indicada para reflorestamento de áreas degradadas. Pela sua produção de vagens, é considerado uma forrageira importante no Nordeste, pela sua adaptação natural à região, como também por fornecer forragem durante a seca.

Florescimento – novembro a fevereiro
Frutificação – julho a setembro
Conservação – espécie ameaçada
 
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