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Mulheres em área rural

Engana-se quem acha que papel da mulher no campo é de coadjuvante

Escolaridade alta, independência financeira, abertura à inovação e comunicação e visão ampla no negócio mostram o perfil de uma mulher engajada com a modernidade e a procura de novas soluções.

Eis a mulher do campo com perfil de liderança que as pesquisas apontaram:

  • 57% das entrevistadas participam ativamente de sindicatos e associações rurais,
  • 60% possuem curso superior completo,
  • 55% acessam a internet todos os dias,
  • 88% se consideram independentes financeiramente,
  • 14% contribuem mais em casa que o parceiro.

O resultado da pesquisa, realizada pela Fran6 Pesquisa em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela PwC, foi apresentado no Congresso Nacional de Mulheres do Agronegócio, em São Paulo, capital, nos dias 25 e 26 de outubro de 2019, e reuniu cerca de 750 participantes, entre agricultoras, pecuaristas, profissionais da indústria, executivas de entidades e empresas do setor.

Destacamos um dado impressionante:

  • 42,4% participam da renda familiar no campo
  • 40,7% participam da renda familiar na cidade

Com relação à participação feminina as tomadas de decisões, a maioria das mulheres dirigentes está na agricultura (42%), seguida pela pecuária (20%) e outras atividades relacionadas ao agro (agroindústria e setor de insumos).

Equinocultora acariciando cavalos no piquete

Capacitação e sucessão: preocupações constantes

Estes números demonstram como a mulher atua na liderança dos negócios do agro: tomando decisões, se preparando (seja por meio de cursos de capacitação ou cursos superiores de graduação e pós-graduação) e se preocupando também com a sucessão familiar e com o meio social em que está inserida.

A participação ativa nas redes sociais é vista como fundamental para sua atuação e para seu desenvolvimento profissional. Segundo os pesquisadores, ao contrário de grande parte dos homens, as mulheres não têm vergonha de pedir ajuda e, por isso, expõem seus problemas no campo para buscar soluções mais rapidamente.

Mesmo com toda resistência, a tendência é aumentar a presença feminina no campo

O estudo aponta alguns entraves para que elas possam alcançar mais espaço no setor. Segundo os dados apurados entre novembro de 2015 e abril de 2016, 67% das mulheres do agro não sentem que o espaço dado a elas seja igual ao dos homens e 71% das entrevistadas já enfrentaram problemas na liderança rural.

Pecuarista supervisionando seu gado no campo

Outros fatores apurados que dificultam a ação feminina:

  • não são levadas a sério pelos seus funcionários (43%),
  • encontram resistência da família ao se interessar pelo negócio (41%),
  • dificuldade em ter um relacionamento estável pelo fato de ser trabalhadora (24%).

Enquanto no geral, 27% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres no Brasil, no estabelecimento rural o percentual é de 12,7%. Mas nada que as impeça de crescer cada vez mais. A Comissão de Produtoras Rurais da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) tem por objetivo conscientizar e mobilizar as mulheres a conquistarem mais espaço, por meio da união.

Fonte: Associação Brasileira do Agronegócio (Abag)

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