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Flora – Abricó de macaco

Abricó de macaco (Couroupita guianensis)

A árvore foi introduzida na arborização da cidade do Rio de Janeiro pelo paisagista Roberto Burle Marx, por ocasião do projeto do Aterro do Flamengo. A espécie se popularizou e atualmente está disseminada por toda a cidade, em suas grandes alamedas, praças e parques.

É uma linda árvore, muito ornamental que produz grande quantidade de flores em cachos que exalam suave perfume. Os frutos são grandes e esféricos que, quando maduros, exalam um forte odor atraindo animais, principalmente primatas. Não é indicada para plantio em locais onde possa haver grande movimentação de pessoas ou de veículos, pois esses frutos,pelo peso e tamanho, podem causar acidentes graves quando caem.

ABRICÓ DE MACACO (Couroupita guianensis)

Ocorrência – região amazônica, desde a Costa Rica, Panamá, Colombia, Venezuela, nas Guianas até o Brasil.

Outros nomes – castanha-de-macaco, cuia-de-macaco, árvore-de-macaco, cuiarana, amêndoa-dos-andes, macacarecuia, curupita, cannonball tree.

Características – árvore heliófita, decídua, ou seja, perde as folhas totalmente numa estação do ano, de grande porte de 8 a 35 m de altura com tronco de 30 a 50 cm de diâmetro. É cultivada com sucesso no Centro-Sul do Brasil, desenvolvendo-se bem em terrenos secos. O florescimento é um belo espetáculo ocorrendo durante longo período do ano. O tronco da árvore fica repleto de flores de cor vermelha e branca e perfumadas. Possui ramos acinzentados, com cicatrizes foliares na forma de calos. Folhas alternas, simples, espiraladas, de até 20 cm de comprimento com margens serrilhadas, agrupadas nas extremidades dos ramos, glabras, verde-escuro e brilhante na face superior, pecíolo curto e aveludado. Inflorescências complexas, densas, longas, revestindo todo o tronco até as ramificações superiores.

Flores de 5 a 6 cm de diâmetro, amarelas tingidas de vermelho externamente, carnosas, muito atraentes, com órgãos reprodutivos expostos, muito perfumadas, que atraem agentes polinizadores os quais se alimentam do néctar. Desenvolvem-se em racemos compridos de 1 a 2 m que saem direto do tronco, até mesmo próximo ao chão. As pétalas grossas possuem uma borda na base de quase 1 centímetro de espessura, exalando um perfume suave que lembra o cheiro de rosas. O fruto é uma cápsula grande e pesada, globosa do tipo pixídio, acastanhado, com cerca de 20 cm de diâmetro e 3 Kg de peso, provido de seis protuberâncias leves no ápice com polpa azulada e sementes pequenas, pretas e comestíveis. A espécie é de crescimento rápido e pode alcançar 3,5 m em dois anos. É muito suscetível à geadas.

Habitat – ocorre naturalmente nas margens inundáveis dos rios e em terrenos brejosos.

Propagação – sementes

Madeira – parda clara, macia, leve e pouco durável.

Utilidade – o uso para paisagismo é muito difundido. Nesse caso, o inconveniente é o peso dos frutos, que podem causar acidentes quando caem no chão, tornando-os uma ameaça aos transeuntes e carros estacionados nas proximidades, e o cheiro forte que exalam quando abertos. A madeira pode ser empregada apenas na fabricação de pequenos artefatos como embalagens leves, folhas faqueadas, para compensados, brinquedos, artefatos leves, etc. As sementes são comestíveis e muito procuradas por por macacos e pequenos roedores e a casca fornece fibras usadas para a produção de cordoalha rústica. O óleo essencial (perfume) das flores é utilizado em perfumaria. Os frutos são considerados comestíveis e apreciados por porcos selvagens e, desprovidos da polpa, são utilizados como utensílios domésticos, principalmente como cuia ou recipiente. A árvore é frondosa e proporciona ótima sombra apesar de sua copa estreita, porém densa.

Florescimento – setembro a março

Frutificação – dezembro a março

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