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Escoamento da produção agrícola vive grande gargalo

Caminhão em rodovia

Um dos grandes desafios logísticos do agronegócio brasileiro é integrar as formas de transporte para promover uma integração eficiente pelo território nacional

O país tem um modelo de negócio saturado no setor no que compete ao escoamento e à distribuição, fadado ao fracasso, em função do significativo crescimento da produção agrícola.

Especialistas indicam que os volumes vêm aumentando e, no mesmo passo, os portos estão se tornando cada vez mais eficientes e com uma capacidade cada vez maior de armazenagem e de embarque nos navios. Mas o problema está na distribuição. O sistema de distribuição ainda é muito dependente do transporte rodoviário.

Sistema rodoviário arcaico e ineficiente

Não tem mais sentido ter caminhões rodando cerca de 1.500 Km com cargas Brasil afora. Desta forma, será impossível crescer o quanto é possível, se continuarmos na dependência do sistema rodoviário.

A solução está na multimodalidade! E as políticas públicas têm que focar em estratégias que possibilitem acompanhar o crescimento econômico do setor agropecuário.

O problema do gargalo rodoviário desemboca principalmente na falta de competitividade global. De que adianta os terminais portuários investindo e se aprimorando cada vez mais se as cargas não chegam até eles?

Algumas alternativas apresentadas pelos especialistas são a cabotagem e as ferrovias. As cargas que chegam no porto de Santos (SP) via modal ferroviário não totalizam nem 30% da capacidade do terminal!

Viabilizar maneiras de criar novos acessos ferroviários aos portos ou de reestruturar as malhas existentes para movimentar os produtos, seja na exportação ou na importação, é fundamental.

Outra possibilidade que precisa ser avaliada é a cabotagem, que é a navegação entre portos de um mesmo país ou a distâncias pequenas, dentro das águas costeiras. O porto de Santos, por exemplo, recebeu autorização para receber navios maiores, de 366 m. Quando começarem a chegar, não vão navegar por toda a costa brasileira. Eles acabam parando apenas em portos maiores, dificultando a distribuição num país de proporções continentais.

Especialistas, apontam que é preciso encontrar alternativas para atender as demandas dos clientes e não ficar discutindo sobre qual trecho, ferrovia ou porto seria melhor.

É preciso identificar e montar uma estratégia que promova os benefícios de cada um modal para o setor como um todo e a competitividade que oferecem para o mercado em si.

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