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Cafeeiro com ramo carregado de grãos cerejas

Os produtores devem estar atentos a processos que garantam a evolução de desempenho da produção e minimizam fatores externos que comprometem a produtividade. Conheça alguns deles:

1. Prevenção e tratamentos combinados contra doenças
Doenças precisam ser monitoradas desde a fase do viveiro até o campo. Um dos maiores inimigos da sanidade conhecido é a ferrugem do cafeeiro. Os impactos dessa doença na safra 2018/2019 chegaram a ser estimados em uma redução de até 35% na produção!!!

O controle químico, com novas gerações de fungicidas, no combate à ferrugem do cafeeiro garante proteção ao longo do ciclo de desenvolvimento da planta e age com a velocidade de absorção necessária no tempo certo para o controle curativo da doença já instalada. Estes produtos integram efeito protetor e curativo.

Alguns têm ação curativa e utiliza o tecido vascular presente nas folhas para se translocar, evitando a reprodução do fungo de dentro para fora. Outros, penetram na superfície foliar e se sedimenta para criar uma espécie de camada protetora, minimizando a contaminação por esporos do fungo trazidos pelo vento ou transferidos por contato entre plantas muito próximas.

Produtor colhendo café

2. Controle efetivo de pragas
O controle químico com inseticidas adequados é outro trato cultural recomendado para conter os danos provocados pelas pragas à produção do café. Ações preventivas são muito importantes para manter o nível de infestação das pragas abaixo no nível de dano econômico.

Principais pragas da cafeicultura, sinônimo de prejuízos quando não combatidas:

  • Broca do café, que provoca danos nos frutos comprometendo a qualidade dos mesmos e até a produtividade;
  • Bicho-mineiro, que provoca danos nas folhas, que culminam em desfolha comprometendo a produtividade;
    Outra praga que tem ganhado destaque, principalmente no café conilon, é a cochonilha.

3. Manejo inteligente de plantas daninhas
Os produtores devem dimensionar os ganhos potenciais que algumas espécies, como por exemplo a braquiária, podem proporcionar quando presentes na entrelinha da lavoura de café: ampliar a capacidade do solo de reter água; minimizar efeitos erosivos; produzir matéria orgânica mais rica em nutrientes; e servir de abrigo a inimigos naturais de pragas.

Todavia, na linha de plantio do cafeeiro, também conhecida como sob a “saia do café”, é altamente desejável que as plantas de café estejam livres da matocompetição por absorção de nutrientes, água e luz. Neste caso, é importante fazer o manejo com herbicidas pós-emergente e pré-emergente para garantir residual de controle além da dessecação.

Grãos de café colhidos

4. Podas adequadas a cada fase do ciclo
As podas são essenciais em safras específicas, em que a planta necessita para obter os resultados esperados e assegurar o máximo de produtividade do café nas safras seguintes. As técnicas exigem capacitação prévia e devem estar sempre alinhadas às prioridades de desenvolvimento da planta e da lavoura.

As desbrotas também devem ser adotadas constantemente para eliminar ramos poucos produtivos, agregam ainda como importante contribuição a preservação da arquitetura do cafeeiro.

Já as podas de produção visam corrigir problemas – como evitar que o crescimento excessivo resulte no chamado fechamento do cafezal – ou facilitar o processo de colheita mecanizada, por exemplo.  Igualmente relevante, a poda de renovação (recepa) terá papel fundamental sempre que a estrutura vegetativa – impactada por fatores intrínsecos à lavoura ou externos – tiver de ser recuperada integralmente.

5. Equilíbrio na adubação
A adubação deve estar 100% alinhada aos resultados que a análise química do solo apresentar. Entre as técnicas estão a adubação de cova, cobertura ou foliar, que podem ser usadas de modo combinado, a fim de garantir uma nutrição correta à cafeicultura.

Os níveis de fertilidade determinarão quais as práticas recomendadas desde a etapa de plantio. Um dos focos é corrigir deficiências e equilibrar excessos identificados na composição mineral. Outra prioridade está em dimensionar a suplementação de todos os tipos de macro e micronutrientes, essenciais ao crescimento e desenvolvimento do cafeeiro.

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