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A importância da conservação da biodiversidade aquática na Amazônia brasileira

Ribeirinho navegando em um rio amazônico
Iniciativas de conservação com foco em espécies terrestres protegem apenas 20% da biodiversidade presente meios aquáticos
A biodiversidade de água doce na região amazônica brasileira
permanecerá ameaçada se as estratégias de conservação
visarem apenas aos ecossistemas terrestres.
A constatação é de um novo estudo da Rede Amazônia Sustentável. O artigo mostra que iniciativas de conservação com foco em espécies terrestres protegem apenas 20% da biodiversidade presente em rios, lagos e riachos. Ele também mostra como otimizar a conservação de espécies de água doce na região.
Apesar de sua importância para a regulação do clima e como fonte de alimento e combustível para as populações locais, os ecossistemas aquáticos tendem a ser negligenciados em projetos e ações de conservação.
 
O estudo aponta estratégias para aumentar a proteção das espécies de água doce por meio de esforços de conservação voltados para as espécies terrestres, como a consideração de microbacias e redes hidrográficas da região.
Os pesquisadores avaliaram mais de 1.500 espécies terrestres e de água doce em 99 cursos de água naturais – canais estreitos de rios conhecidos como igarapés – e 377 pontos de estudo na região amazônica brasileira. Os principais grupos de espécies aquáticas incluíram peixes, libélulas e invertebrados nas microbacias localizadas nas áreas em análise. Eles também examinaram espécies terrestres, incluindo plantas, pássaros e besouros de esterco.
 
Um dos principais resultados aponta que iniciativas de conservação com foco em espécies terrestres protegem apenas 20% das espécies de água doce. Ou seja, cerca de 80% das espécies que vivem em rios, córregos e lagoas ficam desprotegidas. Para enfrentar a crise da biodiversidade aquática, essas espécies precisam ser explicitamente incorporadas ao planejamento de conservação.

83% menos vertebrados de água doce em cinco décadas

Esta redução dramática na biodiversidade de água doce foi causada, de acordo com os especialistas, por um conjunto de fatores impulsionados pelo homem, incluindo:

  • perda e degradação de habitat;
  • sobre-exploração e sobrepesca;
  • florescimento de algas;
  • construção de barragens e
  • introdução de espécies não nativas. 

A conectividade fluvial ajuda na conservação das espécies

A conectividade fluvial, relatam os especialistas, é um indicador importante para o estabelecimento de Unidades de Conservação. Isso ocorre porque as espécies de água doce dependem crucialmente das ligações entre os sistemas fluviais.

Ao levar em conta a conectividade dos rios, o grupo descobriu que a proteção aquática poderia ser duplicada mesmo na ausência de dados sobre a distribuição das espécies.

Assista ao vídeo “Ações integradas de proteção da biodiversidade na Amazônia – Embrapa”
 
Fonte: Embrapa Amazônia Oriental – Ana Laura Lima (MTb 1268 / PA)
 
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