Agricultura familiar -  Saiba tudo sobre o Pronaf

AgriculturaAlimentação e SaúdeCapacitaçãoCiência e TecnologiaGestão, Mercado e EconomiaLogísticaMeio Ambiente e Energia

Singapura – a busca de autonomia alimentar faz governo estimular o plantio de arroz no mar

Fazenda vertical em Singapura
Singapura tem mais de 90% dos insumos primários para alimentação importados

Devido à pandemia, o medo de faltar comida assombrou a população e as prateleiras dos mercados foram esvaziadas, na tentativa de se proteger de possíveis lockouts e desabastecimento.
 
Singapura é uma ilha, mas esta situação não acontece apenas na cidade-Estado. Outros países da Ásia acenderam uma luz amarela na questão da segurança alimentar. Países como Japão, Coreia do Sul e Filipinas discutem formas de ficarem menos vulneráveis a choques globais, diminuindo a dependência das importações.
Devido a quarentenas impostas aos seus habitantes e o fechamento de fronteiras, toda a cadeia de exportação agrícola – desde o plantio, passando pela colheita, até o transporte para o porto e para um novo país – ficou prejudicada.

O objetivo de Singapura é alcançar certa autonomia para suprir 30% das necessidades nutricionais da sua população até 2030. 

Tecnologia no agro como solução

A ilha na Península da Malásia com apenas 2 Km² de terra plantada – menos de 1% dos 700 Km² totais do país – e pouco espaço para crescer, Singapura aposta em fazendas verticais, plantações em rooftops e em estudos para produtos e culturas alternativas, como plantação de arroz no mar e uso de microalgas como fonte de proteína.

Para sair do papel, todos esses programas para aumento da produção interna devem enfrentar uma série de dificuldades para ganhar escala. Sem terra para plantar – Singapura é uma ilha e baseia sua produção em alta tecnologia a fim de viabilizar e otimizar as plantações em fazendas urbanas.
 
Se, por um lado, o desperdício na armazenagem e no transporte, comum na agricultura tradicional, são minimizados nas fazendas urbanas, por outro, garantir produção o ano todo com pouco espaço e independentemente das condições climáticas, usando, muitas vezes, espaços fechados, demanda tecnologia de ponta e, consequentemente, tem alto custo. Além disso, as culturas possíveis nesse tipo de plantação ainda são limitadas. 

Esse movimento de busca por aumentar a autonomia é uma tendência que surgiu na Ásia antes do coronavírus, motivada pelas mudanças climáticas e pelo aquecimento global, mas ganhou novo destaque com a pandemia.

A tendência de buscar maior autonomia deve ser minimizada nos próximos meses, à medida que a cadeia de suprimentos global volte a funcionar com normalidade.

Encorajar os países a serem mais independentes não pode ser confundido pelos governos com política para fechar suas fronteiras. Promover um sistema mais equilibrado, não só para atender à demanda interna, mas numa parceria com os governos do Sudeste Asiático, pode minimizar a vulnerabilidade de toda a região.

Leia também:
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *