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Fauna – Pica-pau do campo

Pica pau do campo (Colaptes campestris)

São aves muito comuns tanto nas áreas rurais de campos, serras, florestas e caatingas, imediatamente reconhecíveis por seu bico forte, reto com o qual martelam com força o tronco das árvores produzindo um som que serve para marcação territorial e como meio de comunicação entre o macho e a fêmea. Sua vocalização é forte e estridente. Provavelmente não utiliza o tamborilar como outras espécies de pica-paus.

Tem importância nas florestas pois retiram as cascas das árvores mortas e impedem que ninhos de formigas, principalmente as carpinteiras, se espalhem em outras árvores. Removem metros de cascas em poucos minutos. Alimentam-se também de cupins, protegendo as árvores destes insetos.

PICA-PAU DO CAMPO (Colaptes campestris)

Características – também conhecido como chã-chã ou chanchã, é uma espécie grande, medindo em torno de 32 cm, com coloração amarelada no peito e nas laterais da cabeça e do pescoço. O alto da cabeça, a nuca, o bico e as pernas são negros. O macho possui faixas avermelhadas (brancas na fêmea) em ambos os lados da cabeça. O dorso é barrado de preto e branco e a rabadilha é branca, visível em voo. A região ventral é escamada de preto. São muito úteis ao homem, pois destroem grande quantidade de insetos e suas larvas que são nocivas à madeira.

Habitat – regiões campestres, pastagens, alto das serras, acima da linha das florestas e nas caatingas.

Ocorrência – Bolívia, Argentina, Paraguai, Uruguai e no Brasil, do nordeste ao Rio Grande do Sul e nos campos do baixo Rio Amazonas.

Hábitos – vive em casais e às vezes em grupos com 8 a 10 indivíduos. Aninham-se em orifícios que cavam em cupinzeiros, barrancos e árvores velhas. Pula através da ramaria horizontalmente como uma gralha. Quando quer fugir procura árvores, estacas ou grandes pedras. Este pica-pau é o que mais se acostumou a vida no chão, gostando até de tomar banho de poeira. Muito arisco, com a aproximação de estranhos produz um som alto e ritmado que emitem mesmo quando estão voando.

Alimentação – besouros, formigas e cupins (tanto adultos quanto ovos e larvas). Procuram seu alimento principalmente no solo entre pedras e até sobre o piso de estrada, do alto de montículos, postes, árvores isoladas, cactáceas.

Reprodução – formam casais monogâmicos cujo par comunicam-se constantemente. O casal faz cavidades no tronco das árvores, de preferência mortas e nuas, ou mesmo em postes e estacas semi-apodrecidas e lá constrói seu ninho. A fêmea põe de 2 a 5 ovos que o casal choca por mais ou menos 13 dias. Os filhotes nascem nus e cegos e ficam no ninho por mais 5 semanas. O casal trabalha junto para a construção do ninho e no cuidado da prole.

Ameaças – a destruição da mata primária priva-os muito. O reflorestamento com eucaliptos e Pinus não favorece a existência dos pica-paus, o mesmo acontecendo com as capoeiras nativas, nas quais faltam árvores maiores e mais velhas para a instalação de seus ninhos para nidificarem. Os pica-paus são bastante sensíveis aos inseticidas. A existência de pica-paus pode até servir como indicador de que a respectiva biocenose (associação dos seres vivos em certa área, especialmente a alimentar) continua intacta.

Assista ao vídeo “O Canto do Pica-pau do campo (chã-chã) – Bela espécie da natureza” do Canal Canto dos pássaros

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