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Mundial do Queijo do Brasil reunirá os melhores queijos nacionais e internacionais

Chamada para o 3° Mundial do Queijo do Brasil

Um dos maiores eventos de queijo do país, o Mundial do Queijo do Brasil 2024 vai reunir os melhores queijos nacionais e internacionais entre os dias 11 a 14 de abril, no Teatro B32, Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3732, em São Paulo/SP. Além de premiar os melhores queijos, o Mundial é de extrema relevância para o desenvolvimento da cadeia queijeira do país. São quatro concursos, o primeiro internacional, de queijos e produtos lácteos, e mais 3 concursos nacionais: Melhor Queijista, Melhor Queijeiro e Melhor Fondue do Brasil.

De acordo com a organização do 3° Mundial do Queijo do Brasil, o evento nacional foi baseado em um dos mais renomados eventos do mundo, o Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, que acontece em Tours, na França. Além de premiar os melhores produtos, o mundial também é espaço de aprendizado, o que é fundamental para o avanço da cadeira do queijo. O concurso tem a chancela do Concours de Meilleur Fromager du Monde do Mondial du Fromage de Tours e o vencedor tem sua vaga garantida para participar na próxima edição, na França, em setembro. O prêmio, além da visibilidade, é uma passagem de São Paulo para Paris para participar do evento francês.

O evento é extremamente importante para a produção nacional de queijos, pois ajuda a desenvolver toda a cadeia queijeira. É um evento amplo, que reúne os personagens de todas as etapas da cadeia produtiva, com destaque para os produtores, que são o principal participante, pesquisadores, lojistas e queijeiros.

A participação no mundial é crescente e além dos queijos nacionais, a edição deste ano terá exemplares da França, México, Suíça, Itália, Argélia, entre outros. Os produtores de queijos de Minas Gerais participam ativamente do mundial, liderando as inscrições com o cadastro de 556 produtos, seguido por São Paulo, com 303, e Paraná, com 170. A cada edição, o número de inscritos aumenta, não só porque aumenta o ânimo e a vontade de concorrer, mas também pelo número maior de produtores preparados para concorrer. Isso é muito importante porque incentiva o produtor a se qualificar, a melhorar o queijos, a legalizar a produção. Para participar do mundial os candidatos precisam ter pelo menos dois anos de experiência e passarão por uma pré-seleção através dos seus dossiês de candidatura descritos no regulamento e, pelo menos, um selo de inspeção.

Uma das novidades da edição é a premiação de outros produtos além do queijo. Durante o evento, serão eleitos o melhor Fondue do Brasil, os melhores produtos lácteos, o melhor queijista e o melhor queijeiro. Há grande variedade entre as categorias. Além dos produtos fabricados com o clássico leite de vaca, também concorrem os produtos de leite de cabra, de ovelha, de búfala e também da categoria especial de leite misturado. Para os que gostam de produzir misturando leite, o que é muito comum na europa, aqui também poderão concorrer. São cerca de 30 categorias em que os queijos podem se encaixar e uma, tipo guarda-chuva, que abriga os não previstos.

Uma das áreas do Teatro B32

As expectativas em relação ao evento são positivas, principalmente, por ele reconhecer os melhores queijos e, assim, contribuir para o desenvolvimento e reconhecimento dos produtores. Os organizadores estão muito otimistas com a edição. Os concursos são muito importantes para os participantes pois quem ganha é muito reconhecido no mercado. O produtor de queijo premiado já experimenta o efeito praticamente de imediato.

Durante o Mundial do Queijo do Brasil 2024, também há espaço para o compartilhamento de estudos, pesquisas e realização de palestras e mesas-redondas, o que é considerado essencial para a evolução da produção. O Programa Via Láctea contará com conferências técnicas para profissionais. Em 2022, o programa reuniu 33 conferências e contou com rodada de negócios. Agora, em 2024, o projeto acontecerá nos dias 12 e 13 de abril, em três salas para 50 pessoas. A programação do projeto Via Láctea conta com participantes que trazem a experiência internacional da produção de queijo.

Diferentemente de outros concursos do setor lácteo, a competição que define quem é o Melhor Queijista do Brasil em 2024 avalia a paixão pelo ofício. É uma atração à parte na programação. As provas testarão, além do entusiasmo, o saber-fazer profissional, o conhecimento acerca das tecnologias queijeiras, a apresentação dos queijos à mesa, a capacidade de escolher e destacar os produtos, capacidade de venda, argumentação e defesa dos queijos e produtos lácteos.

Durante as provas os jurados avaliarão os exames de apresentação oral, preparação culinária com queijo, conhecimentos gerais, preparação de uma tábua de queijos harmonizada com bebidas e alimentos e preparação de uma obra de arte queijeira. O concurso vai medir técnicas, mas a ideia é analisar principalmente o trabalho realizado pelo candidato em sua atuação, a sua paixão em lidar com o queijo. Não haverá mais a prova de escultura queijeira. A apresentação do queijo preferido será feita no palco, para o público geral (não somente para os jurados) e haverá uma prova de Cultura Queijeira Geral em inglês ou francês na qual os candidatos responderão um questionário com 20 questões de múltipla escolha sobre a cultura queijeira geral e sobre queijos de Denominação de Origem Protegida e Indicação Geográfica. Essa prova de cultura queijeira em outro idioma se justifica porque o prêmio do vencedor é justamente uma passagem para concorrer no concurso de melhor queijeiro do mundo, na França. Portanto, o melhor queijista precisa se preparar para as provas que ele vai enfrentar representando o Brasil lá fora.

Trata-se de um acontecimento muito especial para os profissionais da cadeia láctea e para o grande público de consumidores finais apaixonados por queijo. A feira de queijos, bebidas e alimentos artesanais acontece em frente ao teatro, na Praça da Baleia, com acesso gratuito. Mais de 100 produtores de todo Brasil vão vender seus produtos direto da fazenda. O mundial é produzido pela SerTãoBras e a Guilde Internationale des Fromagers, confraria francesa que promove o fortalecimento da cultura e arte queijeira no mundo inteiro.

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