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Manchetes da semana – 26-04 a 02-05-2025

Manchetes da semana - 26-04 a 02-05-2025

Suspeitos de integrar milícia com atuação em conflitos fundiários são presos

Duas pessoas suspeitas de integrar um grupo miliciano armado que atua há mais de dez anos em conflitos fundiários no oeste da Bahia, foram presas durante cumprimento da “Operação Terra Justa”, deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). Segundo o órgão, foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão contra o grupo criminoso que prestava serviços a grandes fazendeiros da região e ameaçava comunidades tradicionais onde vivem dezenas de famílias. Os integrantes da milícia estavam envolvidos em atos de intimidação e violência em conflitos fundiários na região. Deflagrada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), de forma integrada com a Polícia Civil, a operação também contou com o apoio da Corregedoria Geral da Polícia Militar da Bahia e do Comando de Policiamento de Missões Especiais, por meio da Cipe Cerrado. O grupo foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público da Bahia por crime de milícia privada. O grupo agia por meio de empresa de fachada com registro de segurança privada – sem autorização legal da Polícia Federal – para prestar serviços a grandes fazendeiros da região, praticando ameaças, lesões corporais e grilagem de terras contra comunidades tradicionais de fundo e fecho de pasto, expulsando famílias posseiras e povos tradicionais de suas terras.

No Mato Grosso, projeto de lei prevê a inclusão de queijo na cesta básica

O projeto de lei, de autoria do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que prevê a inclusão de pelo menos uma peça de queijo produzido com 100% de leite natural na cesta básica, foi aprovado em segundo turno pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O parlamentar comemorou a decisão em suas redes sociais. A proposta proíbe a adição de produtos análogos aos lácteos que contenham ingredientes como gordura vegetal hidrogenada, amido e amido modificado. Muitos itens disponíveis no mercado simulam queijos e derivados, mas utilizam substâncias que não correspondem à composição tradicional do alimento, por isso, deve-se ter muito cuidado com esses produtos que “tentam” imitar queijos e requeijões legítimos. Eles são comercializados e consumidos como se fossem feitos 100% de leite natural, quando, na verdade, contêm componentes estranhos.

A secretária de agricultura americana Brooke Rollins em
entrevista Dana Bash no programa State of the Union, da CNN

EUA acusam Brasil, Argentina e Reino Unido de adotar práticas ‘desleais’ contra seus produtos agrícolas

A secretária de Agricultura dos Estados Unidos, Brooke Rollins, afirmou que o governo americano trabalha para ampliar a presença dos produtos agrícolas do país em novos mercados, enquanto enfrenta dificuldades no comércio com a China. Em entrevista ao programa State of the Union, da CNN, Rollins citou diretamente o Brasil e a Argentina como países que avançaram no fornecimento de grãos e carnes para o mercado chinês, diante da redução das compras de produtos norte-americanos. Segundo Rollins, as negociações comerciais entre EUA e China continuam ocorrendo “diariamente”, mas a secretária reconheceu que, no curto prazo, houve uma retração expressiva das exportações americanas, sobretudo de carne suína e soja. Ela mencionou que a demanda chinesa por carne suína dos EUA caiu 72% em apenas uma semana. A secretária acusou Brasil, Argentina e Reino Unido de adotar práticas comerciais “desleais” contra produtos agrícolas dos Estados Unidos, citando barreiras sanitárias e exigências não tarifárias, além dos próprios impostos de importação.

Representantes do agro pedem mais recursos para o Plano Safra

Através do seu diretor técnico Bruno Lucchi, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil entregou ao secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos, o documento com as principais propostas para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2025/2026. O material com as propostas foi construído em conjunto com as federações de agricultura e pecuária dos estados, sindicatos rurais, produtores e entidades setoriais, em encontros realizados nas regiões norte, nordeste, sul, sudeste,centro-oeste e no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). No documento, a CNA destaca dez pontos considerados prioritários para o próximo Plano Safra, focados na modernização e aumento de recursos para o seguro rural, melhoria do ambiente de negócios, alteração dos limites de renda bruta agropecuária de programas de financiamento e eliminação de entraves regulatórios. O documento destaca a disponibilização de R$ 594 bilhões em recursos financiáveis no PAP 2025/2026, sendo R$ 390 bilhões para custeio e comercialização, R$ 101 bilhões para investimentos e R$ 103 bilhões para agricultura familiar e empreendedores familiares e que os recursos cheguem aos produtores rurais sem interrupções. Já, durante a abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) apresentou, em coletiva de imprensa, as principais reivindicações para a formulação do Plano Safra 2025/26. A maior bancada do Congresso Nacional solicitou a destinação de pelo menos R$ 599 bilhões em recursos para financiamento da produção agropecuária no próximo ciclo. Segundo frente, do montante total solicitado, R$ 25 bilhões devem ser destinados exclusivamente à equalização de juros, com o objetivo de ampliar o acesso ao crédito e reduzir os custos financeiros para os produtores rurais. A bancada também propôs mais facilidade na tomada de financiamentos, como forma de impulsionar a produção de alimentos e contribuir para o controle da inflação. O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA, destacou a importância da ampliação dos recursos e da redução do custo do crédito para a economia como um todo. As discussões marcam o início das negociações para a definição do novo Plano Safra, que deverá entrar em vigor a partir de julho.

Governo lança Programa Caminho Verde para recuperar 40 milhões de hectares

O governo federal lançou o Programa Caminho Verde Brasil e o segundo leilão do Eco Invest, durante coletiva de imprensa com os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; da Fazenda, Fernando Haddad; e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. O Programa Caminho Verde Brasil prevê a recuperação de 40 milhões de hectares de áreas degradadas para uso exclusivo em agricultura sustentável no prazo de dez anos. A ação é coordenada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com outros ministérios, instituições financeiras, autarquias federais e representantes do setor agropecuário. A iniciativa hoje não é um simples plano de recuperação de áreas degradadas, mas vai além da recuperação de terras e representa uma estratégia de desenvolvimento sustentável para a agropecuária brasileira. O Eco Invest tem como meta mobilizar recursos para a recuperação de 1 milhão de hectares de terras degradadas nos biomas da mata atlântica, cerrado, caatinga, pampa e pantanal. O primeiro leilão direcionado desse fundo marca o início da implementação prática do Caminho Verde Brasil. Atualmente, o Brasil utiliza cerca de 280 milhões de hectares para a agropecuária, dos quais 165 milhões são pastagens. Desse total, aproximadamente 82 milhões de hectares estão degradados.

Rebanho de vacas jersey

Jersey Brasil lança a Certificação A2A2 mais completa do mercado

O setor leiteiro brasileiro acaba de dar um passo histórico com o lançamento do Programa de Certificação A2A2 da Jersey Brasil, o mais completo e inovador do território nacional. Este programa pioneiro, único no Brasil, certifica toda a cadeia produtiva do leite A2A2, do genótipo à mesa do consumidor, oferecendo total rastreabilidade e garantindo qualidade, transparência e confiabilidade a todos os envolvidos. O primeiro marco dessa transformação ocorrerá no dia 5 de maio, quando a Cabanha e Queijaria Guinther, localizada em Braço do Norte, SC, será oficialmente a primeira propriedade do Brasil a conquistar essa importante certificação. Braço do Norte, conhecida como a Capital Nacional da Raça Jersey, é o cenário perfeito para este marco histórico. O município, que é referência na criação de animais da raça Jersey, agora se destaca também como o primeiro local a implementar o Programa de Certificação A2A2, colocando o Brasil na vanguarda dessa revolução no setor lácteo. A Jersey Brasil, com sua expertise e comprometimento com a excelência genética, está à frente na criação de um programa robusto, que vai além das práticas tradicionais. O programa abrange todos os aspectos que garantem um produto de qualidade superior: genótipo; fenótipo; planejamento genético; produção; processamento; rastreabilidade.

São Paulo expande grupo especializado para reforçar segurança no campo

O governo de São Paulo anunciou a expansão do Grupo de Investigação em Área Rural (Giar) para todas as regiões do estado. A portaria que oficializa a ampliação foi assinada nesta semana. O Giar é uma equipe da Polícia Civil especializada em atender ocorrências de crimes contra o patrimônio em áreas rurais. Criado inicialmente em Botucatu e Itatinga, o grupo será agora vinculado às Divisões Especializadas de Investigações Criminais (Deic) e às Delegacias Seccionais dos Departamentos de Polícia Judiciária do Interior (Deinter) em todas as regiões paulistas. De acordo com o governo, os agentes do Giar serão responsáveis por investigações, operações e ações de cooperação com outros órgãos de segurança pública, além de manter diálogo constante com empresas, cooperativas, produtores e trabalhadores rurais.

Turquia abre o mercado de bois vivos para reprodução para o Brasil

O Brasil poderá exportar para Turquia bovinos vivos para reprodução. A abertura de mercado foi anunciada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luís Rua, durante a 90ª ExpoZebu. Hoje o Brasil já exporta bovinos vivos para a Turquia, destinados a confinamento (engorda) e abate. Trata-se de um mercado potencial de US$ 300 milhões por ano, segundo dados do Ministério da Agricultura.

Desmatamento e queimada em propriedade rural – Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace

Governo deve desapropriar terras com desmatamento ilegal ou incêndio

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União desaproprie terras que tenham sido alvo de incêndios criminosos ou de desmatamento ilegal. A medida ocorre no âmbito de três ações que tramitam no Supremo sobre prevenção e combate de incêndios na amazônia e no pantanal e deverá ser aplicada nos casos em que estiver comprovada a responsabilidade do proprietário na devastação do meio ambiente. Conforme a decisão, a União e os estados terão de adotar meios para impedir a regularização de terras em que tenham ocorrido crimes ambientais. Também deverão ajuizar ações de indenização contra proprietários que sejam responsáveis por incêndios ou desmatamento ilegais. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifestou preocupação com a decisão. Para a bancada, é necessário combater crimes ambientais com rigor, mas sem violar o devido processo legal e os princípios constitucionais. A FPA lembra que o tema já é discutido no Congresso Nacional, com foco na punição dos responsáveis e na proteção do meio ambiente.

Mais de 4 mil garrafas de vinho apreendidas no Rio Grande do Sul

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) apreendeu 4.430 garrafas de vinho, totalizando 6.645 litros, durante ações de fiscalização em estabelecimentos comerciais e distribuidoras de bebidas nos municípios de Porto Alegre e Gravataí. As operações, conduzidas por cinco servidores da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), integram o combate à comercialização de bebidas derivadas da uva e do vinho clandestinas, sem controle sanitário adequado. Durante as ações, foram identificados vinhos que utilizavam indevidamente no rótulo a expressão “Vinho Colonial”. Apenas bebidas que atendem às exigências legais podem usar essa denominação, pois existe um enquadramento diferenciado para o vinho produzido por agricultor familiar ou empreendedor familiar rural. O vinho colonial é uma bebida elaborada de acordo com as características culturais, históricas e sociais da vitivinicultura, conforme está previsto na Lei Federal n° 12.959, de 19 de março de 2014. Somente o produto que atende as exigências previstas nessa lei pode utilizar a denominação de Vinho Colonial. Pelas normas vigentes, o vinho colonial só pode ser comercializado diretamente ao consumidor final na propriedade rural onde foi produzido, em estabelecimentos mantidos por associações ou cooperativas de produtores rurais, ou em feiras da agricultura familiar.

Comissão aprova proposta para política de incentivo ao turismo rural

A Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que institui uma política nacional de incentivo ao turismo rural, com os seguintes objetivos: estimular o desenvolvimento de atividades turísticas de base familiar e comunitária no meio rural; gerar emprego e renda; promover o uso sustentável dos recursos naturais; valorizar o território; e fortalecer as economias locais. O texto prevê a participação efetiva de povos e comunidades tradicionais no planejamento, na operação, na fiscalização e no desenvolvimento do turismo em seus territórios, com respeito a seus modos de vida, sua cultura e ao meio ambiente. Agricultores familiares e assentados da reforma agrária também serão incentivados a participar. O poder público organizará o acesso de turistas a áreas naturais públicas ou privadas de interesse turístico. O texto aprovado incluiu dispositivos para garantir maior inclusão social e respeito à diversidade cultural e territorial, passando a prever a participação efetiva de povos e comunidades tradicionais no planejamento da política. Também incorporou como diretriz a promoção de práticas agroecológicas e de sistemas produtivos resistentes às mudanças climáticas.

Missão brasileira chega à reta final com foco no acordo Mercosul–União Europeia

Após passar por três países europeus, a missão internacional desenvolvida pelo Governo Federal, em parceria com a ApexBrasil e o setor privado, encerrou a última etapa do roteiro no continente. A iniciativa teve como objetivo fortalecer relações comerciais e ampliar oportunidades para o agronegócio brasileiro no mercado europeu. Durante os encontros oficiais e paralelos promovidos pela missão, o acordo Mercosul–União Europeia foi tema central das discussões. Representantes do governo e do setor produtivo defenderam a importância do tratado para ampliar o acesso de produtos agrícolas brasileiros ao bloco europeu, destacando avanços em sustentabilidade, rastreabilidade e práticas ambientais. A missão também buscou reforçar a imagem do Brasil como parceiro estratégico e confiável no fornecimento de alimentos, em um momento em que o tema da segurança alimentar ganha cada vez mais destaque no cenário global.

Operação retira gado criado de forma ilegal em território indígena

Conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a Operação de Desintrusão da Terra Indígena Araribóia (OD-TIARA), no Maranhão, já promoveu 399 incursões contra invasores que usam o território indígena para criação de gado. Todos os animais criados em larga escala ilegalmente no território já foram retirados, informou o governo federal. O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) informou que o gado de indígenas permanece no território. A prática está assegurada a partir da regulamentação ambiental, conforme determinado pelo Ibama, com prazo de 120 dias para ser feita. A criação de gado por não indígenas dentro de Terras Indígenas é proibida pela legislação vigente, pois viola o usufruto exclusivo assegurado constitucionalmente aos povos indígenas.

Ministério lança plataforma de “SIF simplificado” para registrar empresas

O Mapa lançou o novo serviço de Registro de Estabelecimento de Produtos de Origem Animal. O sistema automatiza e acelera a obtenção do Serviço de Inspeção Federal (SIF) para estabelecimentos que atuam na produção de alimentos de origem animal destinados ao consumo nacional e à exportação. O SIF simplificado é mais uma ferramenta para trazer mais agilidade, transparência e eficiência ao setor. Isso também fortalece a segurança alimentar e amplia a competitividade do Brasil no mercado internacional. Com o processo agora automatizado por sistema eletrônico, as empresas podem obter o número do SIF de forma instantânea, no caso de registros simplificados. Antes, a análise de um pedido poderia levar até cinco dias. O novo sistema eletrônico também permitirá maior integração com bases de dados governamentais, reduzindo o retrabalho e evitando a inserção repetitiva de informações. Outro avanço seria o acesso facilitado ao serviço por meio do portal gov.br, tornando a experiência do usuário mais simples e intuitiva.

O desempenho do setor reflete não apenas a recuperação do fluxo de clientes, mas
também a capacidade das panificadoras de se adaptarem às novas tendências de consumo

Panificação brasileira atinge faturamento recorde de R$ 153,36 bilhões em 2024

O setor de panificação brasileiro experimentou um crescimento significativo em 2024, com faturamento de R$ 153,36 bilhões, o que representa um aumento de 10,92% em relação ao ano anterior. Este desempenho reflete não apenas a recuperação do fluxo de clientes, mas também a capacidade das panificadoras de se adaptarem às novas tendências de consumo, como o aumento da demanda por produtos artesanais. O estudo do Instituto de Desenvolvimento das Empresas de Alimentação (Ideal) aponta que o aumento no número de clientes nas padarias foi de cerca de 4,57%, um indicativo da retomada desses estabelecimentos como pontos de encontro e opções práticas para o dia a dia. A padaria voltou a ser o local para refeições rápidas, encontros e até reuniões de trabalho. O crescimento deste ano foi quase quatro vezes maior que o do ano passado, o que reforça seu papel como um espaço multifuncional de serviços.

BNDES aprova R$ 40 bi para o RS após enchentes

Assolado por uma tragédia climática iniciada no final de abril de 2024 e que se estendeu ao longo do mês seguinte, o Rio Grande do Sul recebeu no ano passado R$ 39,3 bilhões em financiamentos aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O apoio do banco, que incluiu também medidas emergenciais para a reconstrução do estado, contribuiu para o crescimento de 4,9% do PIB gaúcho em 2024. De junho de 2024 até 24 de abril deste ano, as medidas emergenciais do BNDES já destinaram R$ 32,4 bilhões à recuperação econômica do Rio Grande do Sul. O valor corresponde a 29% do total destinado pelo governo federal às medidas emergenciais (R$ 111,6 bilhões).

Rio Grande do Sul institui vinho e espumante como símbolos do estado

O Rio Grande do Sul agora tem dois novos símbolos oficiais: o vinho e o espumante. A lei que reconhece a importância histórica, cultural e econômica dessas bebidas para o estado foi sancionada pelo governador Eduardo Leite em cerimônia realizada no Palácio Piratini, em Porto Alegre. O ato contou com a presença de autoridades, representantes do setor vitivinícola e lideranças regionais, celebrando o reconhecimento de produtos que ajudam a contar a história e a identidade dos gaúchos. A iniciativa reforça o protagonismo do estado como maior produtor nacional de vinhos e espumantes. Atualmente, o Rio Grande do Sul concentra 90% da produção nacional e também se destaca no mercado internacional pela qualidade de seus produtos, com ênfase em regiões como a Serra e a Campanha Gaúcha. A nova legislação deve impulsionar ainda mais o setor, estimulando o enoturismo e atraindo visitantes para as áreas produtoras.

O touro gir leiteiro tri grande campeão da Expozebu, Teórico FIV F. Mutum
Foto: Jadir Bison

Touro Gir Leiteiro se consagra como único Tri Grande Campeão da ExpoZebu

A ExpoZebu 2025 entrou para a história com um marco inédito. O Touro Gir Leiteiro Teórico FIV F. Mutum (registro MUT4616, código CRV 10055), nascido em 16/03/2020, foi consagrado pela terceira vez consecutiva como Grande Campeão da exposição, tornando-se o único reprodutor da raça a alcançar o título TRI GRANDE CAMPEÃO na tradicional feira realizada em Uberaba, MG. As conquistas de Teórico ocorreram nas edições de 2023, 2024 e 2025, reforçando sua consistência genética, morfológica e funcional. O feito o coloca como referência absoluta na raça Gir Leiteiro, sendo valorizado tanto por criadores quanto por programas de melhoramento voltados à produção de leite com base zebuína. Além dos títulos, o touro é reconhecido como um verdadeiro truetype (animal que demonstra, por meio de seus atributos fenotípicos, a sua capacidade reprodutiva e produtiva), com excelente fenótipo, estrutura, aprumos, garupa e força leiteira. Criado e de propriedade de Léo Machado Ferreira, da Fazenda Mutum, Teórico carrega um dos mais altos valores genéticos para produção de leite, com PTA Leite de 373 kg (segundo o PMGZ Leite), sendo considerado um dos principais touros da atualidade para incremento genético de rebanhos Gir Leiteiro e Girolando.

Participação do Brasil nos embarques globais de algodão é recorde

As exportações brasileiras de algodão em pluma estão intensas e já correspondem por 30,5% dos embarques mundiais, conforme dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), analisados pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea). Trata-se da maior participação da história e está, desde meados de 2024, acima da registrada para os Estados Unidos, de 25,8%, que, até então, sustentavam a primeira posição nesse ranking. A colocação de destaque do Brasil se deve à oferta nacional recorde de algodão em pluma – a produção já representa 14% do total global da safra 2024/25, também de acordo com números do USDA deste mês. Em apenas nove meses da temporada 2024/25 (de agosto de 2024 a abril de 2025), o país exportou 2,35 milhões de toneladas, somente 12% menos que o total escoado em toda a safra anterior.

Ibama intercepta 77 toneladas de cação contaminado com arsênio

O Ibama impediu a entrada de 77 toneladas de carne de tubarão-azul (Prionace glauca), popularmente conhecida como cação, no porto do Rio de Janeiro. A carga, originária de Taiwan, apresentava níveis de arsênio treze vezes superiores ao limite permitido pela Anvisa, e será devolvida ao país de origem. Segundo o Ibama, o arsênio é um elemento tóxico que pode causar sérios problemas neurológicos e cardíacos, representando um risco à saúde pública. O Brasil é o maior consumidor mundial dessa carne, o que aumenta a preocupação com a preservação do tubarão-azul (Prionace glauca), que desde 2023 está na lista de espécies ameaçadas de extinção. O órgão adotou medidas mais rigorosas para impedir a entrada de cargas que possam colocar em risco a saúde e a biodiversidade. Além disso, amostras de outros dois contêineres estão sendo analisadas para verificar possíveis contaminações semelhantes. Recentemente, o Ministério da Pesca publicou novas diretrizes com o objetivo de proteger a espécie e garantir a saúde pública. A carne de tubarão-azul é bastante consumida em várias partes do mundo, especialmente na Ásia, onde é considerada uma iguaria em alguns pratos tradicionais. No Brasil, o consumo dessa carne é bastante popular.

Para desenvolver a aquicultura nas águas da União é necessário obter a cessão de uso

Pescadores e maricultores de Palhoça interessados em áreas aquícolas devem comparecer a reuniões em 8 e 9 de maio

Pescadores e maricultores de Palhoça, SC, interessados em ocupar áreas nos Parques Aquícolas Palhoça 1 e 2 devem comparecer a reuniões agendadas pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) para os dias 8 e 9 de maio. Na quinta-feira, 8, às 14:30, acontece na sede da Associação União de Pescadores na Praia do Sonho o evento para oferta de áreas nas comunidades de Pedras Altas e Praia do Sonho. No dia seguinte, também às 14:30, é a reunião para oferta de áreas nas comunidades de Barra do Aririú e Enseada do Brito, que acontece no salão da paróquia Nossa Senhora do Rosário, na Enseada do Brito. Além das áreas aquícolas ocupadas, Palhoça conta com áreas vazias, que devem ser cedidas preferencialmente para pescadores e maricultores locais. Os ocupantes ou os interessados em obter a cessão de uso de áreas aquícolas terão oportunidade de esclarecer quais são e como podem ser ocupadas as áreas localizadas na costa do município. Na ocasião, serão apresentadas as regras e promover a concessão das áreas para a produção de moluscos e macroalgas. Para desenvolver a atividade de aquicultura nas águas da União de forma regularizada, é necessário obter a cessão de uso de espaços físicos em corpos d’água de domínio da União, conforme estabelece o Decreto nº 10.576, de 14 de dezembro de 2020.

Justiça condena terceirizada de vinícolas por trabalho escravo no RS

Responsabilizada no caso de trabalho escravo das vinícolas da Serra Gaúcha, a empresa terceirizada Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda. foi condenada em primeira instância pela 2ª Vara do Trabalho de Bento Gonçalves, RS, a pagar uma indenização de R$ 3 milhões a ser revertida aos 210 trabalhadores resgatados. A empresa ainda pode recorrer. Se a condenação for mantida ou se não houver recurso, tem início a fase de execução, quando os valores podem ser pagos voluntariamente. Caso não haja pagamento, bens já bloqueados pela justiça são leiloados para garantir a indenização. As três vinícolas que contrataram os serviços da Fênix para arregimentar trabalhadores para a colheita de uva — Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton — já haviam firmado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em 2023 com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Pelo acordo, foram pagos R$ 2 milhões às vítimas e outros R$ 5 milhões em danos morais coletivos, destinados a projetos sociais.

Fendt anuncia plano de expansão de negócios no Brasil

A Fendt, marca do grupo AGCO, pretende mais do que dobrar o número de lojas nos próximos cinco anos, saindo de 34 para 73 estabelecimentos no Brasil. Essa é uma das frentes de um plano de expansão no país, que não deve mudar independentemente do cenário macroeconômico. A empresa planeja investimentos contínuos de 2025 até 2030, respaldada pelas projeções animadoras da safra de grãos deste ano no Brasil e estima crescer acompanhando a ampliação da indústria do país, que tem uma projeção de crescimento anual de 3% a 5%. A marca de máquinas está usando um mapeamento que começou há dois anos, o Farmer Core, para levantar dados de necessidades regionais das lavouras.

O setor deve encerrar o ano com expansão de 8,2% no volume de vendas na comparação com 2024

Vendas de máquinas agrícolas caíram em março mas tem avanço no 1º trimestre

A indústria de máquinas agrícolas, tratores e colheitadeiras, vendeu 3.991 unidades em março. Isso representa uma queda de 11,5% frente às vendas de 4.509 tratores e colheitadeiras registradas em março do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). No trimestre, de janeiro a março deste ano, foram vendidas 11.997 unidades, um crescimento de 13% sobre as 10.621 máquinas agrícolas vendidas em igual período do ano passado. No mercado interno, as vendas de máquinas agrícolas em março caíram 12,8% em relação a março do ano passado. No acumulado dos primeiros três meses de 2025, a indústria de máquinas e colheitadeiras agrícolas colocou 10.949 unidades no mercado interno, um crescimento 17,5% sobre as 9.323 unidades vendidas no mesmo período de 2024. O setor teve um faturamento entre janeiro e março deste ano de R$ 67,5 bilhões, valor 15,2% maior que o apurado no mesmo período do ano passado, devendo encerrar o ano com expansão de 8,2% no volume de vendas na comparação com 2024.

Aprovado projeto que inclui experiência no campo para seleção de assentados

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei (PL 4379/2023) que traz mudanças na forma como os candidatos ao Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) são classificados. A proposta é exigir, além de outros critérios, que os candidatos tenham pelo menos cinco anos de experiência na agricultura. Essa medida visa valorizar a experiência prática no campo, ajudando a selecionar famílias que realmente conhecem e vivem a realidade rural e faz parte de uma atualização na Lei da Reforma Agrária (Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993), que define a ordem de preferência e os critérios de seleção adotados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O objetivo é tornar o processo mais justo e eficiente, garantindo que as famílias mais preparadas e com maior conhecimento do setor tenham prioridade na obtenção de terras para reforma agrária. Outro ponto de destaque do projeto de lei é a implementação de uma plataforma digital para o processo de inscrição e seleção que deverá ser desenvolvida pelo próprio Incra e permitirá que as famílias interessadas façam suas inscrições de forma online, facilitando o acesso e a participação de todos. Além disso, o sistema fará o cruzamento de informações com outras bases de dados do governo, tornando o processo mais transparente, rápido e confiável.

Investimento em armazenagem é o maior desde 2013

Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a armazenagem nos mais diversos ramos agropecuários do país alcançaram R$ 2,6 bilhões no atual ano-safra (2024/2025) e são os maiores da série histórica iniciada em 2013. No âmbito do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), o valor já aprovado entre julho de 2024 e março de 2025 supera em 32% os investimentos feitos na safra anterior (2023/2024) e em 287% os realizados no ano safra 2022/2023. Somadas os valores aprovados para as safras 2023/2024 e 2024/2025, o montante de R$ 4,59 bilhões supera a soma das cinco safras desde 2018 (R$ 4,56 bilhões). No Plano Safra 2024/2025, o banco já aprovou R$ 29,7 bilhões em crédito e atendeu a solicitações de mais de 125 mil operações por meio de operações indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados.

Carina FIV do Kado – Foto: Arnaldo Mussi

Vaca fenômeno do nelore é a Campeã Vaca Adulta Expozebu 2025

Carina FIV do Kado acaba de consolidar mais um capítulo memorável em sua trajetória ao ser consagrada Campeã Vaca Adulta da ExpoZebu 2025, reforçando seu status como um verdadeiro ícone da raça nelore. Nascida em 23 de novembro de 2021, Carina se destacou desde cedo nas pistas de julgamento, acumulando um currículo que impressiona até os mais experientes criadores. Antes do título mais recente, a matriz já havia conquistado a Expoinel Minas 2025, além de ser Tri Grande Campeã da Expoinel Internacional em 2023 e 2024, e também Campeã na ExpoZebu 2024. Em novembro de 2024, Carina FIV do Kado atingiu um marco impressionante ao ser avaliada em R$ 24 milhões, tornando-se a vaca mais cara do mundo. Na ocasião, 25% das suas cotas foram comercializadas por R$ 6.015.000,00 no Leilão Cataratas Collection, realizado em Foz do Iguaçu (PR). Atualmente, a posse da matriz está dividida entre quatro gigantes da pecuária brasileira: Casa Branca Agropastoril, RS Agropecuária, Nelore RFA e Syagri, com 25% de participação cada. O consórcio reflete não apenas o prestígio da matriz, mas também o potencial genético de alto impacto que ela representa.

Brasil tem alta de mais de 300% nas exportações de leite e lácteos para China

O Brasil iniciou 2025 com um feito inédito no setor lácteo: a China se tornou o maior destino das exportações de leite e lácteos brasileiros, superando tradicionais compradores como países do Oriente Médio e da África. O avanço é resultado de uma combinação de fatores estruturais internos e oportunidades no cenário internacional. De janeiro a março de 2025, o Brasil exportou 1,75 mil toneladas de lácteos para China e Hong Kong, o que representa 15,5% de tudo que foi exportado no segmento no período. O crescimento é expressivo: alta de 315,7% em volume e de 581,2% em receita na comparação com o mesmo trimestre de 2024. O valor movimentado nas exportações para o mercado chinês somou US$ 1,31 milhão, o equivalente a R$ 7,67 milhões, considerando o câmbio médio de R$ 5,857 no período. Os produtos mais embarcados foram leite em pó integral, soro de leite, manteiga, queijo e leite UHT. No total, o Brasil exportou cerca de 11,1 mil toneladas de leite e derivados no 1º bimestre de 2025, o que representa mais de 10 milhões de litros em equivalente-leite. A receita total do trimestre com exportações lácteas gira em torno de US$ 72 milhões, o que reforça a importância da demanda externa para o equilíbrio do mercado interno.

Nova portaria dos queijos artesanais favorece o surgimento de mais receitas autorais

Símbolos da identidade gastronômica de Minas Gerais e Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro (IPHAN, 2008), os queijos artesanais acabam de ganhar uma atualização em sua legislação. Trata-se da Portaria IMA Nº 2373 de 26 de abril de 2025, cujo texto estabelece algumas regras que devem ser seguidas durante os processos de fabricação dos chamados “queijos artesanais autorais”, aqueles que acrescentam ingredientes extras como café, vinho ou doce de leite. Se o processo seguir alguns preceitos como: a obediência rígida às normas técnicas e sanitárias, manejo adequado do rebanho, ordenha higiênica, controle de doenças, bem-estar animal e uso regulamentado de medicamentos, o produtor poderá comercializar seus produtos em todo território nacional. Lembrando que essas regras valem para todos os queijos artesanais de Minas, incluindo os QMAs (Queijo Minas Artesanal). Queijos autorais são uma tendência de mercado, uma vez que os produtores querem, cada vez mais, elaborar receitas próprias e fazer queijos com o toque daquela propriedade, daquela região, daquele produtor, mas sem perder a tradição e a fidelidade das receitas originais. A portaria vai permitir que os queijeiros individualizem suas produções, sem perder a possibilidade de obter o registro sanitário que garante, para o consumidor, um produto feito com responsabilidade, seguindo as normas e que não vai trazer riscos para a saúde da população.

O MST bloqueou um trecho da BR-163, na saída de Campo Grande (MS) em direção a São Paulo

MST bloqueia BR-163 para pressionar governo

Na manhã do último dia 30, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) bloqueou um trecho da BR-163, na saída de Campo Grande (MS) em direção a São Paulo. A interdição é uma resposta à ausência de diálogo do governo federal sobre demandas ligadas à reforma agrária em Mato Grosso do Sul. Cerca de 150 manifestantes participam do ato. Segundo os organizadores, o bloqueio tem como objetivo cobrar a presença imediata do presidente do Incra, Cesar Aldrighi, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Os manifestantes querem a presença dos dois representantes com data e hora marcada e alegam que Mato Grosso do Sul é o único estado que ainda não recebeu respostas efetivas sobre a regularização fundiária e o assentamento de famílias acampadas.

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