Causada pelo fungo Penicillium digitatum, essa é a pior doença na fase de pós-colheita
Método apresentado pela Embrapa Meio Ambiente integra tecnologias limpas e sustentáveis e mostrou um bom desempenho no controle do bolor verde da laranja. O novo modelo, que alia sustentabilidade e eficiência, atende às demandas do mercado internacional de frutas frescas por produtos sem resíduos químicos.
Tecnologias integradas
Quatro tecnologias são utilizadas de forma integrada no controle da doença: tratamento hidrotérmico por aspersão e escovação (Thae), radiação ultravioleta C, agentes de biocontrole e uso de compostos bioativos. Assim, o processo obtém desempenho similar ao do controle químico por fungicidas, em um processo limpo e sustentável de manejo integrado da doença. A agregação compensa as limitações individuais e reforça a sinergia entre os métodos.
Sustentabilidade é um ponto positivo para as exportações
Inovador em relação aos tratamentos hidrotérmicos utilizados no Brasil, o método Thae reduz ainda a necessidade de água e energia elétrica.
A adoção desse modelo agrega sustentabilidade à cadeia da citricultura e contribui com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS 12), que prevê assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Mais especificamente, reduzir o desperdício de alimentos per capita mundial, nos níveis de varejo e do consumidor, e também reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as perdas na pós-colheita.
O método desenvolvido pela Embrapa favorece, em especial, o setor de exportação de citros, uma vez que nesse segmento o tempo necessário para que a fruta chegue à mesa do consumidor aumenta significativamente. A laranja precisa estar sadia, sem nenhum sintoma, por aproximadamente 20 dias após a colheita. Normalmente, os fungos presentes na fruta aparentemente sadia no momento do embarque, de maneira quiescente, manifestam sintomas durante esse longo período de armazenamento. Portanto, é necessário que a fruta receba um eficiente tratamento na pós-colheita para que se mantenha saudável.
Além disso, existem medidas cada vez mais restritivas impostas pelos importadores de frutas com relação à presença de resíduos químicos e este processo de pós-colheita não deixa este tipo de resíduo.
Trata-se de uma tecnologia com potencial de reduzir, ou até mesmo eliminar o uso de agroquímicos no tratamento pós-colheita de laranjas. A ausência de resíduos químicos nas frutas tem sido cada vez mais demandada no exigente mercado internacional de frutas frescas.
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