CAMPING -  Dicas para escolher a barraca ideal

Manchetes da semana - 28-06 a 04-07-2025

IAC celebra 138 anos com novas cultivares

Fundado em 1887, por D. Pedro II, o IAC-Instituto Agronômico de Campinas se tornou referência nacional e internacional por suas inovações tecnológicas, desenvolvimento de cultivares e soluções sustentáveis que revolucionaram diferentes cadeias do agronegócio. Seus resultados causam impacto direto nas lavouras, empresas, cooperativas e milhões de produtores rurais em todo o país. O instituto completou 138 anos, com muitos resultados inéditos. Nos últimos 12 meses, 20 novas cultivares de diversas espécies foram liberadas aos produtores rurais. Entre elas estão feijão, citros, cana-de-açúcar, batata, batata-doce, laranja, milho e painço. Esses materiais inéditos, somados aos pacotes tecnológicos com recomendações de cultivo que os acompanham, reafirmam o protagonismo do IAC como gerador de ciência e tecnologia e o mantém como um dos maiores centros de pesquisa agrícola da América Latina e um pilar estratégico para a agricultura brasileira. A atuação do instituto segue alinhada com as necessidades dos agricultores de diversos segmentos e as demandas dos mercados. Entre os lançamentos estão: duas novas cultivares copa de laranjas kawatta e majorca, que são produtivas, precoces e têm alta qualidade de suco, com excelente qualidade físico-química, podendo ser destinadas para industrialização de suco e também para consumo in natura; duas novas variedades de cana-de-açúcar que serão liberadas em novembro de 2025; nova cultivar de feijão do tipo carioca, a IAC 2560 Nelore com alta tolerância à antracnose e ao escurecimento dos grãos; e a cultivar de batata-doce IAC Dom Pedro II, com 65 vezes mais carotenoides, compostos que podem ser convertidos em vitamina A.

Instituído o programa nacional para redução de uso de defensivos

O presidente Lula assinou o decreto que institui o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), elaborado ainda na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, mas o decreto de lançamento do programa não havia sido assinado até então. O tema foi alvo de divergências entre o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Ministério da Agricultura ao longo do último ano e foi levado até o Lula para a solução do impasse. O Pronara está previsto como parte do terceiro Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), política pública de transição ecológica, anunciada em outubro do ano passado, que dispõe sobre iniciativas voltadas para pesquisa e inovação, incentivo às compras públicas e inclusão de mulheres, jovens, indígenas e quilombolas na agricultura familiar. O programa prevê ações integradas de pesquisa científica, monitoramento de resíduos de defensivos em alimentos e no ambiente, fortalecimento da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e ampliação do uso de bioinsumos. As iniciativas visam a reduzir progressivamente o uso de defensivos e insumos químicos e ampliar a produção sustentável de alimentos saudáveis pela agricultura familiar.

Queimada - Foto: Gabriela Biló

MT é o estado com maior número de queimadas em junho

Dados do BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que o estado de Mato Grosso lidera o ranking de queimadas do mês de junho. Foram 1.284 focos de incêndio registrados no período. A situação se agrava com vários dias de calor consecutivos e falta de chuvas significativas. Tocantins e Maranhão também estão no ranking, com 1.055 e 604 focos, respectivamente. Cerca de 12,1% da área nesses estados já enfrenta problemas com queimadas na transição do outono para o inverno. O solo seco e as temperaturas mais elevadas aumentam o potencial para novos incêndios. Em setembro, a situação deve ser amenizada com a chegada de corredores de umidade se estabelecendo em Mato Grosso e Goiás, aliviando a seca.

Novos mercados abertos para o Brasil

O governo brasileiro e o governo do Uruguai concluíram negociação para que o Brasil possa exportar peixes ornamentais vivos para aquele país. Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 904 milhões em produtos agropecuários para Uruguai, com destaque para carnes, produtos florestais, chá, mate e especiarias. A abertura do novo mercado para o Brasil, que abriga uma das maiores biodiversidades de peixes ornamentais do mundo, gera oportunidades de incremento do comércio bilateral. A China também acaba de abrir novo mercado para o Brasil. Os asiáticos, um dos maiores parceiros comerciais do país, finalizaram todos os trâmites técnicos e diplomáticos que liberam, de forma definitiva, a importação de pescados brasileiros de origem extrativa. Com esses dois novos acordos, o agronegócio brasileiro alcança 388 aberturas de mercado desde o início de 2023.

Desemprego recua no Brasil e pequenos negócios lideram geração de empregos

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, segundo a PNAD Contínua Mensal, do IBGE. O índice representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 0,9 p.p. na comparação anual. Grande parte dessa evolução se deve aos pequenos negócios. Microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) foram responsáveis por cerca de 60% das contratações formais registradas até abril, conforme análise do Sebrae com base nos dados do Caged. Entre janeiro e abril, o setor contratou mais de 546 mil trabalhadores. O ritmo de abertura de novos negócios também impressiona. De janeiro a maio, o Brasil registrou 2,21 milhões de novos pequenos negócios, segundo dados da Receita Federal cruzados pelo Sebrae. Esse volume representa 97% de todas as empresas abertas no período e é 24,9% maior do que no mesmo intervalo de 2024. Somente em maio, foram mais de 409 mil novos empreendimentos.

Produtos da agricultura familiar
Produtos da agricultura familiar

Conab mira exportar para a Argentina o excedente da agricultura familiar nacional

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) participou de missão institucional na Argentina para ampliar as possibilidades de inserção de produtos da agricultura familiar brasileira no mercado internacional. A iniciativa busca estabelecer parcerias com a Obrera, a segunda maior cooperativa de consumo da América Latina e com a Federação Argentina das Cooperativas de Consumo, que, juntas, reúnem cerca de 3,8 milhões de consumidores associados. A ação envolveu ainda representantes da União das Cooperativas da Agricultura Familiar (Unicafes), da União Nacional das Cooperativas da Reforma Agrária Popular do Brasil (Unicrab), da empresa Raízes do Campo (SP) e da Cooperativa Copterra (ES). Juntas, essas entidades representam 880 cooperativas e aproximadamente 90 mil associados em todo o país.

Pronaf 2025/2026 promete volume recorde mas provoca dúvidas

O governo federal anunciou o novo Plano Safra 2025/2026, com volume recorde destinado ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A apresentação do plano ocorre em um cenário desafiador:juros altos, inflação persistente nos insumos agrícolas e limitação orçamentária. O plano promete mais crédito, mas a realidade no campo exige uma análise mais profunda: será que o valor por hectare acompanhará o aumento nos custos de produção? A política pública foi elogiada pelo volume, mas criticada pelos custos indiretos: estudo da CNA revelou que, na prática, o custo real pode chegar a 18,6 % ao ano, somando taxas bancárias, seguros obrigatórios e despesas operacionais. Apesar do valor total elevado, o que realmente importa para o produtor é quanto recurso está disponível por hectare cultivado, e aí é que a porca torce o rabo!!! O custo médio por hectare aumentou consideravelmente em função da alta dos fertilizantes, defensivos e combustíveis. Se o crédito disponível não for reajustado proporcionalmente, o produtor terá que complementar com capital próprio ou reduzir área/tecnificação.

Governo assina acordo para acelerar regularização fundiária de 1,9 milhão de hectares

O presidente Lula e o governo do Tocantins assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que vai permitir atuação conjunta para acelerar a regularização fundiária de 1,9 milhão de hectares, o equivalente a cerca de 7% do território do estado que atualmente pertence à União. A iniciativa integrará sistemas de gestão e agilizará a titulação de terras públicas rurais e urbanas, envolvendo os Ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto de Terras do Tocantins (Itertins). A ação permite que o município passe a emitir títulos individuais, consolidando a posse dos terrenos onde as famílias construíram casas.

Logo do Projeto Sertão Vivo

Bahia levanta recursos para agricultura familiar em parceria com o BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo da Bahia assinaram um contrato de R$ 299 milhões para a agricultura familiar no semiárido do estado. Os recursos integram o Projeto Sertão Vivo, com foco em estimular agricultores a desenvolver manejo resiliente às mudanças climáticas. Do total, R$ 252 milhões serão repassados ao governo estadual por meio de empréstimo. Os outros R$ 47 milhões vão direto ao agricultor familiar na forma de recursos não reembolsáveis. A verba deve atingir 75 mil famílias, em 49 municípios baianos, visando melhorar a qualidade de vida de famílias que vivem no sertão com práticas agrícolas sustentáveis e, ao mesmo tempo, prepará-las para as mudanças climáticas. O programa alia combate à pobreza, aumento da produção de alimentos com tecnologias adaptadas ao semiárido, recuperação da caatinga e geração de renda. O Sertão Vivo é uma parceria do BNDES com o FIDA, agência da Organização das Nações Unidas (ONU), e com o Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund). A previsão é destinar mais de R$ 1,3 bilhão à agricultura familiar no semiárido de seis estados do nordeste: Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Piauí e Sergipe.

Selo Sisbi abre portas para pequenos produtores venderem em todo o Brasil

A integração dos Serviços de Inspeção estaduais, municipais e consórcios públicos ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) permite que os produtores rurais comercializem os produtos agropecuários em todo o território brasileiro. O Sisbi-POA padroniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal, agregando valor e permitindo a abertura de novos mercados. O Mapa destaca que a inclusão no sistema gera oportunidades. Assim pequenos produtores e agroindústrias podem comercializar nacionalmente com um selo de segurança e qualidade. Segundo a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (SDA), atualmente, existem 123 Serviços de Inspeção integrados ao Sisbi-POA. Desses, 41 são consórcios do Projeto ConSIM, que consiste em orientar consórcios intermunicipais a se adequarem para obter a certificação, abrangendo 826 municípios. Até o final deste ano, espera-se 2.800 municípios brasileiros ampliando as oportunidades para a pequena propriedade, para que o produtor possa agregar valor e ampliar o leque de comercialização para o consumidor, oferecendo produtos mais baratos com garantia de procedência e ajudando a combater a inflação dos preços dos alimentos.

Entidades do agro criticam o Plano Safra

Segundo o governo, o Plano Safra 2025/2026 traz mudanças significativas inclusive ampliando a atuação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com novas diretrizes preveem avanços importantes na política de estoques públicos, no Programa de Venda em Balcão (ProVB) e na valorização de produtos da sociobiodiversidade. A formação de estoques públicos é essencial para estabilizar os preços e apoiar tanto produtores quanto consumidores. O plano também traz mudanças estruturantes na Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPMBio), que será rebatizada como SocioBioMais, buscando facilitar o acesso de extrativistas ao programa, reduzir a burocracia e aumentar a eficiência da subvenção. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) argumenta que com juros próximos da taxa Selic atual (15%), o crédito rural se torna praticamente inacessível para a maioria dos produtores, sobretudo em um momento de elevado endividamento no campo. Embora o volume total anunciado seja de R$ 516,2 bilhões, parte significativa dos recursos — R$ 185 bilhões — será captada via Cédulas de Produto Rural (CPR) lastreadas em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), instrumentos privados sem taxas controladas e excluindo essa parcela, o volume de recursos disponível sofre uma redução nominal de 17,3%, constata a Aprosoja-MT. Na prática, é menos dinheiro disponível para contratar. Para a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o Plano Safra 2025/26 é mais uma peça de marketing do que uma política efetiva, pois o valor anunciado para a agricultura empresarial contém distorções e omissões que comprometem a transparência do programa e impõem custos sem precedentes ao setor produtivo. Segundo a frente, o governo anunciou um plano de R$ 516 bilhões, mas só tem controle real sobre 22% disso. O restante é dinheiro dos bancos, a juros de mercado, muitas vezes acima de 2% ao mês. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a classificar como fake news as acusações da oposição de que o governo anuncia, mas não libera os recursos do Plano Safra. “O debate é essencial na democracia. Divergência e contraponto são relevantes e devem ser respeitados. Mas fake news, não!”, rebateu o ministro nas redes sociais. “Está circulando por aí que o governo anuncia um Plano Safra recorde e não libera os recursos. Isso não é verdade”, refutou Fávaro.

Paraná avança na luta contra o greening com força-tarefa monitorando e que erradicando plantas sintomáticas - Foto: Adapar
Paraná avança na luta contra o greening com força-tarefa
monitorando e que erradicando plantas sintomáticas – Foto: Adapar

Emergência fitossanitária contra o greening é prorrogada por 180 dias no Paraná

O Governo do Estado do Paraná prorrogou por mais 180 dias a situação de emergência fitossanitária para combate ao greening (HLB). O Decreto nº 10.445, de 30 de junho de 2025, permite que o estado mantenha maior agilidade e efetividade nas ações de controle da doença. O status está em vigor desde 2023, com uma série de ações contra a praga, que é uma das principais ameaças aos pomares citrícolas, como a orientação aos produtores, erradicação de plantas doentes, plantio de mudas sadias e controle do inseto vetor. As medidas foram eficientes para combater o greening nas regiões norte e noroeste do estado nos anos anteriores, e agora se concentram no Vale do Ribeira, onde muitos produtores cultivam ponkan.

Mapa cria grupo dedicado a soluções ao endividamento de produtores do RS

O Ministério da Agricultura criou um Grupo de Trabalho Interinstitucional com o objetivo de formular propostas em busca de uma solução para a situação de endividamento dos produtores rurais do Rio Grande do Sul. Agricultores e pecuaristas gaúchos tiveram perdas na produção por conta de uma sequência de eventos climáticos extremos, como anos de secas consecutivas e enchentes. O setor defende uma securitização das dívidas, mas a proposta é vista como inviável pelo governo federal. O Grupo de Trabalho Interinstitucional será composto por representantes dos ministérios da Agricultura, da Casa Civil, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda. Também farão parte integrantes do Banco Central, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil, o Governo do Rio Grande do Sul, parlamentares e entidades estaduais e federais. O grupo deverá se reunir quinzenalmente e não há prazo específico para apresentação das propostas ou para encerramento do colegiado.

Mercosul fecha acordo de livre comércio com bloco europeu Efta

O Mercosul concluiu as negociações de um acordo de livre comércio com o bloco europeu Efta – Associação Europeia de Livre Comércio, formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, afirmaram os dois blocos em declaração conjunta durante reunião de cúpula do bloco sul-americano em Buenos Aires. O acordo vinha sendo negociado desde 2017 e chegou a ser anunciado em 2019. No entanto, da mesma forma que com as negociações entre Mercosul e União Europeia, os quatro países reverteram suas posições e pediram mais garantias ambientais, em meio ao crescimento exponencial do desmatamento no Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro. O Acordo de Livre Comércio Mercosul-Efta criará uma zona de livre comércio com quase 300 milhões de pessoas e um PIB combinado de mais de US$4,3 trilhões. Ambas as partes se beneficiarão de melhoras em acesso a mercado para mais de 97% de suas exportações, o que aumentará o comércio bilateral e beneficiará empresas e cidadãos. Ontem o Brasil assumiu o Mercosul com proposta de mais integração regional, ampliação comercial, promoção da transição energética, desenvolvimento tecnológico, combate ao crime organizado e enfrentamento das desigualdades sociais, como prioridades para a próxima presidência. A presidência brasileira também buscará o fortalecimento da Tarifa Externa Comum (TEC), a incorporação dos setores automotivo e açucareiro ao regime comercial do bloco, além do fortalecimento dos mecanismos de financiamento de infraestrutura e desenvolvimento regional.

O consumo de café no mundo

Europa consome aproximadamente 150 mil sacas de cafés por dia

Um balanço da oferta e da demanda de café, em nível mundial, no período acumulado de doze meses, tendo como base os últimos dados oficiais disponíveis do ano-cafeeiro da Organização Internacional do Café – OIC, denota que a oferta mundial do produto atingiu um volume físico equivalente a 178 milhões de sacas e que, em complemento, a demanda global correspondeu a 177 milhões de sacas de 60 kg, gerando assim um pequeno excedente de 1 milhão de sacas, no período citado. Em relação ao consumo mundial do produto, a europa consumiu no período o total equivalente a 53,7 milhões de sacas, as quais equivalem a aproximadamente 147 mil sacas por dia, representando 30,3% do consumo mundial, dessa forma colocando a região na primeira posição do ranking de consumo mundial de café. Na segunda colocação, destaca-se a Ásia & Oceania, com 45,7 milhões de sacas, equivalente a 125 mil sacas por dia, o qual correspondeu a 25,8% da demanda global. Na sequência, em terceiro lugar, figura a América do Norte, com 30,9 milhões de sacas, que equivalem a 85 mil sacas por dia, e representaram assim 17,5% da demanda mundial.

Anvisa autorizada testes da vacina contra gripe aviária em humanos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início dos testes clínicos da vacina contra a gripe aviária em humanos. Os testes serão conduzidos pelo Instituto Butantan, que desenvolveu o imunizante em janeiro de 2023. O instituto informou que a vacina influenza monovalente A (H5N8) será testada em 700 pessoas, que serão recrutadas para receber a vacina nos estados de Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo. Nos estudos pré-clínicos sobre a vacina, o Instituto Butantan disse que obteve resultados favoráveis de segurança e imunogenicidade do imunizante, destacando que os ensaios da vacina contra a gripe em humanos será divido em duas etapas. Na primeira, serão recrutados 70 adultos, que receberão as doses por via intramuscular, em um centro de pesquisa. O estudo vai avaliar a segurança e a capacidade de gerar resposta imune contra a gripe aviária de duas formulações da vacina, em comparação com placebo. O objetivo é terminar o acompanhamento destes participantes em 2026 e ter um pacote regulatório que contempla uma faixa etária ampla para ser submetido à Anvisa.

Montanhas de milho a céu aberto obrigam produtor a vender mesmo com pressão da colheita

Por mais um ano, diante dos imensos desafios e gargalos logísticos que o Brasil ainda vive, as imagens de milho “a céu aberto” preocupam. A colheita da segunda safra, hoje a principal temporada do país, segue avançando e retomou seu ritmo depois de algumas semanas mais lenta em função de adversidade climática. Assim, não preocupam só as condições de armazenagem – e também a falta dela nas principais regiões produtoras, em especial no centro-oeste – como também a reação dos preços neste cenário. O déficit de armazenagem no Brasil continua preocupante e já alcança 120 milhões de toneladas, mantendo o setor em total estado de alerta e sinalizando, novamente, perdas que podem ser bilionárias. Para agravar ainda mais o quadro, no Plano Safra 2025/26, o PCA (Programa de Construção de Armazéns) chegou com uma taxa de juros de 8,5%.

Vários casos estão sendo investigadas pela Fiscalização Agropecuária - Ilustração gerada por IA
Vários casos estão sendo investigadas pela Fiscalização Agropecuária – Ilustração gerada por IA

Mapa confirma 222 mortes de cavalos por ração contaminada

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que já contabiliza 222 mortes de equinos associadas ao consumo de ração fabricada pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda.. Desde as primeiras denúncias em maio, a Fiscalização Federal Agropecuária realiza investigações nos locais com registro de adoecimento ou morte de animais. As mortes confirmadas ocorreram nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Goiás e Minas Gerais. O ministério também investiga novas informações sobre mortes de equinos em outras localidades, incluindo: 40 no sudoeste da Bahia, 70 em Goiânia (GO), 34 em Jarinu (SP), 10 em Santo Antônio do Pinhal (SP), 18 em Uberlândia (MG), 8 em Guaranésia (MG), 8 em Jequeri (MG) e 7 em Mariana (MG). No entanto, segundo o ministério, essas apurações têm sido dificultadas pela falta de comunicação formal via ouvidoria, que é o canal oficial para registro das denúncias. Outro fator que dificulta as investigações, de acordo com a nota, é a evolução dos sintomas apresentados pelos animais, que podem surgir tardiamente após a interrupção do uso da ração. Os equinos apresentaram insuficiência hepática seguida de piora repentina, o que complica a estimativa precisa do número total de óbitos. Desde a primeira denúncia, foram realizadas duas fiscalizações no único estabelecimento da Nutratta Nutrição Animal Ltda., responsável pela produção de rações para equinos e ruminantes. Durante as inspeções, foram constatadas irregularidades que motivaram a suspensão cautelar da fabricação de todas as rações da empresa. O ministério também suspendeu a comercialização de todos os produtos da empresa, ampliando as restrições conforme o avanço das investigações sobre as causas do problema. A substância tóxica encontrada na ração investigada atinge fígado, rins e cérebro dos animais. Um cavalo de elite da raça mangalarga marchador avaliado em 2 milhões, está entre as vítimas da ração contaminada. O episódio expõe uma crise sanitária sem precedentes, classificada por criadores, veterinários e autoridades como um dos maiores desastres da nutrição animal do país. A tragédia foi atribuída à monocrotalina, uma toxina produzida naturalmente por plantas do gênero Crotalaria, frequentemente encontradas em cultivos destinados à adubação verde. Essa substância é altamente hepatotóxica e neurotóxica, capaz de causar falência hepática e sintomas neurológicos irreversíveis em equinos, suínos, bovinos e até cães. As análises laboratoriais, conduzidas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária, confirmaram a presença da monocrotalina em amostras da ração produzida a partir de novembro de 2024. Segundo veterinários, uma vez que a toxina atinge o sistema nervoso, os animais passam a perder o controle dos movimentos, ficam com a cabeça baixa, se ferem ao colidir com paredes e, frequentemente, precisam ser submetidos à eutanásia devido ao nível extremo de sofrimento.

Produtores de SC podem ter juro zero no Plano Safra

Com o lançamento do Plano Safra 2025/2026, os produtores de Santa Catarina ganharam um importante diferencial: a possibilidade de contratar financiamentos com juro zero. Isso é possível graças ao programa Pronampe Agro SC, promovido pelo governo do estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR). A iniciativa oferece subvenção dos juros para financiamentos contratados via Plano Safra, contemplando tanto agricultores familiares quanto médios produtores. O objetivo é facilitar investimentos nas propriedades rurais, promovendo maior competitividade, sustentabilidade e desenvolvimento no campo. O programa estadual é voltado à subvenção de juros em projetos de investimento contratados nas linhas Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural). A redução dos juros pode chegar a até 5% ao ano, dependendo do projeto acessado e do contrato firmado. A subvenção é viabilizada com recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Rural (FDR), e a estimativa para 2025 é de que cerca de ]R$ 25 milhões] sejam investidos na iniciativa.

Senado aprova Política Nacional de Juventude e Sucessão Rural

O Senado aprovou o Projeto de Lei 2.674/2025, que institui a Política Nacional de Juventude e Sucessão Rural. A iniciativa tem como principal objetivo integrar políticas públicas voltadas aos jovens do campo, combatendo o êxodo rural e promovendo a permanência das novas gerações nas propriedades da agricultura familiar com mais oportunidades e qualidade de vida. O texto segue agora para sanção presidencial. É um projeto extremamente importante pois foca no desenvolvimento sustentável, o combate ao êxodo rural e restabelece o vínculo entre o jovem e a oportunidade de produção e desenvolvimento econômico. Voltada a jovens entre 15 e 29 anos que vivem em áreas rurais e participam de unidades produtivas familiares, a política nacional garante o acesso à terra, ao crédito rural, à educação contextualizada no campo, bem como fomenta parcerias com instituições de ensino, pesquisa e entidades do Sistema S. Também está prevista a promoção de cooperativas e associações formadas por jovens agricultores.

Sete países retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira
Sete países retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira

Mais sete países retiram restrições de exportação à carne de aves brasileira

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou as informações sobre os países que adotaram restrições à importação de carne de aves do Brasil, em razão da detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS). Mais sete países retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira: Argentina, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Mauritânia e Uruguai. Apesar do anúncio, 15 destinos ainda mantêm restrições à carne de aves de todo o Brasil. São eles: Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Peru, Timor-Leste e União Europeia. Já as vendas de produtos avícolas do Rio Grande do Sul ainda seguem suspensas para 18 destinos: África do Sul, Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Kuwait, México, Namíbia, Omã, Quirguistão, Reino Unido, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia.