O Brasil ocupa a quinta posição no ranking mundial de produção e o fruto tem se consolidado como um dos principais produzidos para exportação
A literatura técnica sobre o cultivo do melão no Brasil acaba de ganhar reforço. Com a contribuição de três pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), foi lançada a obra “A cultura do meloeiro”, que reúne informações essenciais sobre o manejo dessa frutífera de grande valor comercial e nutricional. Organizado por um grupo de especialistas de diversas instituições de ensino e pesquisa do país, o livro aborda aspectos como morfologia, exigências edafoclimáticas, cultivares, propagação, irrigação, manejo nutricional, pragas, doenças, colheita e pós-colheita.
A iniciativa nasceu da constatação de uma lacuna na produção científica sobre o tema. Os técnicos sentiram a necessidade de reunir, em um único documento, informações atualizadas e organizadas sobre o meloeiro, justamente pela carência de publicações abrangentes dedicadas exclusivamente a essa cultura. Embora o meloeiro ainda não seja uma cultura expressiva no Espírito Santo, existem experiências locais em que o melão é utilizado em sistemas consorciados, ocupando o espaço entre outras culturas nas entrelinhas, como estratégia de aproveitamento do solo.
A publicação é, sem dúvida, uma ferramenta importante para orientar agricultores interessados em diversificar sua produção e fonte de renda, além de apoiar a formação de estudantes e profissionais da área agrícola. O meloeiro (Cucumis melo), é uma
planta originária da Ásia e África, cultivada há milhares de anos. Seus frutos são amplamente consumidos in natura e apresentam grande diversidade de formas, cores e sabores.
No Brasil, o melão tem se consolidado como uma das principais frutas produzidas para exportação. Em 2023, o país ocupou a quinta posição no ranking mundial, com produção superior a 860 mil toneladas, de acordo com dados da FAO e do IBGE. Os maiores polos produtivos estão localizados no nordeste, especialmente no Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará, onde o clima quente e seco favorece o desenvolvimento da cultura e a qualidade dos frutos.
Além de contribuir para a segurança alimentar e geração de empregos, o melão movimenta uma cadeia produtiva robusta, com destaque para a exportação. Estima-se que a atividade tenha gerado mais de R$ 1,2 bilhão em valor de produção no país em 2023, sendo o Rio Grande do Norte responsável por mais de 65% desse montante. Apesar dos desafios fitossanitários e climáticos, o avanço tecnológico, o uso de cultivares adaptadas e o investimento em irrigação e manejo sustentável têm impulsionado a produtividade da cultura no país.
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