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Gado da Embrapa resistente ao calor ganha certificação genética no semiárido

O rebanho é constituído por descendentes diretos da importação de animais do Paquistão em 1952 - Foto: Marcelino Ribeiro

Um dos rebanhos mais adaptados às condições extremas do semiárido brasileiro acaba de ser oficialmente reconhecido por sua pureza genética. Após quase dois anos de trabalho, a Embrapa Semiárido (PE) recebeu o registro de Pureza de Origem (PO) para seu rebanho da raça sindi, concedido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A certificação é a segunda e última etapa de reconhecimento da qualidade genética dos 91 animais da unidade, entre machos e fêmeas, e abre caminho para sua utilização em programas de conservação e melhoramento genético da pecuária na região.

O registro chancela a origem dos animais e permite que a Embrapa amplie a oferta de material genético certificado — como sêmen, embriões e exemplares vivos — para pecuaristas que buscam animais mais adaptados ao clima quente e seco do semiárido. A conquista é fruto de uma articulação técnica com a Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABCSindi), que auxiliou a Embrapa nos trâmites exigidos pela ABCZ.

O rebanho da Embrapa Semiárido é hoje um dos mais puros do Brasil. Com o registro, será possível socializar o material por meio da venda de sêmen, embriões e animais vivos, todos com documentação e certificação genética. O trabalho em parceria realizado pela Embrapa, a ABCZ e a ABCSindi foi fundamental para para oferecer à pecuária um rebanho com a genética tipicamente sindi, ganhando não só o semiárido mas ganha toda a pecuária nacional. Certamente, será de grande interesse para os produtores de sindi incluir no seu rebanho a genética que recebe esse registro, material rico na genética zebuína, que vem fortalecer a cadeia do sindi no Brasil, uma das raças que mais está crescendo no cenário da pecuária nacional.

A conservação do gado Sindi é uma das estratégias da Embrapa para garantir a segurança genética de raças adaptadas ao clima semiárido - Foto: Marcelino Ribeiro
A conservação do gado sindi é uma das estratégias da Embrapa para garantir
a segurança genética de raças adaptadas ao clima semiárido – Foto: Marcelino Ribeiro
Além de manter um rebanho em campo, a empresa trabalha com material genético dos animais armazenado em um banco de germoplasma - Foto: Marcelino Ribeiro
Além de manter um rebanho em campo, a empresa trabalha com material
genético dos animais armazenado em um banco de germoplasma – Foto: Marcelino Ribeiro

O processo de registro seguiu todos os trâmites exigidos pela ABCZ. Dada a complexidade da escrituração inicial do rebanho, foi firmado um termo de cooperação técnica entre a Embrapa e a ABCSindi, que atuou como articuladora entre a empresa e a ABCZ. A ABCSindi foi fundamental para demonstrar à ABCZ que os animais da Embrapa tinham potencial para serem registrados, viabilizando o reconhecimento oficial do rebanho como PO.

Para que um animal da raça sindi seja oficialmente reconhecido como Puro de Origem (PO) pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), é necessário cumprir uma série de exigências técnicas e documentais. Os animais registrados nesta etapa seguiram dois trâmites diferentes: oito seguiram o rito normal e outros 29 foram de resgate. Os demais animais que compõem o rebanho já haviam sido registrados em 2015.

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