Gado da Embrapa resistente ao calor ganha certificação genética no semiárido

Um dos rebanhos mais adaptados às condições extremas do semiárido brasileiro acaba de ser oficialmente reconhecido por sua pureza genética. Após quase dois anos de trabalho, a Embrapa Semiárido (PE) recebeu o registro de Pureza de Origem (PO) para seu rebanho da raça sindi, concedido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A certificação é a segunda e última etapa de reconhecimento da qualidade genética dos 91 animais da unidade, entre machos e fêmeas, e abre caminho para sua utilização em programas de conservação e melhoramento genético da pecuária na região.

O registro chancela a origem dos animais e permite que a Embrapa amplie a oferta de material genético certificado — como sêmen, embriões e exemplares vivos — para pecuaristas que buscam animais mais adaptados ao clima quente e seco do semiárido. A conquista é fruto de uma articulação técnica com a Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABCSindi), que auxiliou a Embrapa nos trâmites exigidos pela ABCZ.

O rebanho da Embrapa Semiárido é hoje um dos mais puros do Brasil. Com o registro, será possível socializar o material por meio da venda de sêmen, embriões e animais vivos, todos com documentação e certificação genética. O trabalho em parceria realizado pela Embrapa, a ABCZ e a ABCSindi foi fundamental para para oferecer à pecuária um rebanho com a genética tipicamente sindi, ganhando não só o semiárido mas ganha toda a pecuária nacional. Certamente, será de grande interesse para os produtores de sindi incluir no seu rebanho a genética que recebe esse registro, material rico na genética zebuína, que vem fortalecer a cadeia do sindi no Brasil, uma das raças que mais está crescendo no cenário da pecuária nacional.

A conservação do gado Sindi é uma das estratégias da Embrapa para garantir a segurança genética de raças adaptadas ao clima semiárido - Foto: Marcelino Ribeiro
A conservação do gado sindi é uma das estratégias da Embrapa para garantir
a segurança genética de raças adaptadas ao clima semiárido – Foto: Marcelino Ribeiro
Além de manter um rebanho em campo, a empresa trabalha com material genético dos animais armazenado em um banco de germoplasma - Foto: Marcelino Ribeiro
Além de manter um rebanho em campo, a empresa trabalha com material
genético dos animais armazenado em um banco de germoplasma – Foto: Marcelino Ribeiro

O processo de registro seguiu todos os trâmites exigidos pela ABCZ. Dada a complexidade da escrituração inicial do rebanho, foi firmado um termo de cooperação técnica entre a Embrapa e a ABCSindi, que atuou como articuladora entre a empresa e a ABCZ. A ABCSindi foi fundamental para demonstrar à ABCZ que os animais da Embrapa tinham potencial para serem registrados, viabilizando o reconhecimento oficial do rebanho como PO.

Para que um animal da raça sindi seja oficialmente reconhecido como Puro de Origem (PO) pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), é necessário cumprir uma série de exigências técnicas e documentais. Os animais registrados nesta etapa seguiram dois trâmites diferentes: oito seguiram o rito normal e outros 29 foram de resgate. Os demais animais que compõem o rebanho já haviam sido registrados em 2015.

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