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O tempo das Marias-Fumaças… é AGORA!

Maria fumaça

A nostalgia das históricas locomotivas a vapor e de antigos trajetos de ferrovias pode ser desfrutada em diversos recantos brasileiros. E muito mais vem por aí!

Com o progresso imposto pelos governos calcado na ampliação da rede rodoviária, os trens passaram a fazer parte de uma paisagem urbana, sem os encantos dos trajetos rurais e pitorescos do país.

O que vemos pelas janelas dos trens que ligam os bairros das grandes cidades é apenas o cinza das grandes construções ou os paredões que nos impedem saber o que se passa por trás deles.

Paisagem mesmo, das boas, não tem mais! E mesmo os trens de passageiros que ligam cidades ou estados, não nos permitem desfrutar da viagem seja pela velocidade, seja pela visão inóspita de bacias de miséria. São raríssimas as exceções!

Pois bem… trazemos boas notícias!

O turismo sobre trilhos vem apresentando novas perspectivas para o turista. Várias cidades e estados estão apostando na reforma de vagões e locomotivas a vapor, no restauro das vias e em destinos históricos ou de natureza preservada!

As Marias-Fumaça estão de volta!

E as estações de trens se transformam em ponto de partida para lindas e inesquecíveis aventuras.

Para as crianças, tudo é novidade e aventura, para os idosos, a oportunidade de reviver belas e doces lembranças.

Maria fumaça da Serra Gaúcha

Serra gaúcha

Da estação de Bento Gonçalves o turista vai até Carlos Barbosa: música típica (abaixo) e degustação de vinhos locais  TEM QUE PROCURAR E TROCAR O TEXTO

No Rio Grande do Sul, o turista pode desfrutar de uma viagem bonita e romântica. Um regresso ao passado proporcionado pelo encantador parque Epopeia Italiana! É o que oferece o Trem do Vinho, como é chamado!

A viagem é animada por personagens vestidos com trajes de época e que representam gaúchos de várias regiões do estado, acompanhados por músicas tocadas ao vivo por músicos interpretando clássicos que lembram os primeiros imigrantes italianos que povoaram a região.

O passeio que começa em Bento Gonçalves tem paradas nas cidades de Garibaldi e Carlos Barbosa. A linha ferroviária utilizada foi construída para transporte de carga e passageiros e está diretamente ligada à história da uva e do vinho na região.

Natureza bruta nas janelas

Uma história da imigração italiana, da uva e do vinho gaúchos

Maria fumaça na estação de Morretes/SP

Morretes

Percurso até Antonina é marcado pelo verde da Mata Atlântica: maria-fumaça mais antiga do Brasil (Crédito:Divulgação – PODE USAR)

Ainda no sul do país, na mais antiga ferrovia em funcionamento no Brasil, a Maria-Fumaça do Paraná, conhecida como Trem Caiçara,  liga as cidades de Antonina e Morretes, percorrendo pontes e manguezais em meio à Mata Atlântica.

A Maria-Fumaça já era conhecida e admirada pelos curitibanos por circular na capital paranaense durante o período que antecede o Natal. E a ideia de ampliar o circuito foi um sucesso imediato.

Os trajetos entre Morretes e Antonina ocorrem durante todo o ano e têm duração de cerca de 60 minutos e, segundo os turistas, é um dos trajetos mais bonitos do País.

A megametrópole se rende ao charme das Marias-Fumaça

Maria fumaça na estação de Jaguariúna/SP

Campinas

O diretor de eventos da linha entre Campinas e Jaguariúna, Maurício Poli, faz o percurso todo fim de semana: saudosismo.

Em São Paulo, a Maria-Fumaça percorre 48 quilômetros (ida e volta) entre Campinas e Jaguariúna, sendo  a maior rota turística em operação do estado.

Estação de trem de Jaguariúna/SP

O roteiro inclui cinco estações ferroviárias e uma pausa em Jaguariúna, onde o turista, quando a normalidade permitir, poderá visitar uma feira com artesanatos e produtos típicos e almoçar em restaurantes nas proximidades da estação local.

Segundo os responsáveis, há sempre a intenção de inovar nos passeios, para que não seja uma viagem para fazer apenas uma vez na vida. E os turistas concordam com isso.

As viagens oferecem café da manhã personalizado, músicos e um sistema de som que narra destaques a serem vistos até a chegada na estação. Tudo isso a bordo de vagões que mantêm as características originais do passado, geralmente remontando à década de 1920.

Ainda em Sampa…

Maria fumaça de Paranapiacaba/SP

Paranapiacaba

Viagem até a vila encravada na Serra do Mar é um mergulho na história ferroviária de São Paulo: obra-prima dos ingleses  TEM QUE PROCURAR E TROCAR O TEXTO

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também oferece passeios turísticos para a vila de Paranapiacaba, no município de Santo André, e para Mogi das Cruzes e Jundiaí.

As viagens ocorrem nos finais de semana e partem da imponente Estação da Luz, no centro da cidade. A rota acontece em reformados vagões dos anos 60, com funcionários vestidos a caráter, que também contam histórias a respeito das ferrovias paulistas.

Um dos passeios mais procurados pelos turistas é o que tem como destino Paranapiacaba. A pequena vila é um mergulho na história ferroviária de São Paulo. Foi ali que os imigrantes ingleses se instalaram no fim do século 19 para a construção da primeira ferrovia paulista.

Vista panorâmica da Vila de Paranapiacaba/SP
Relógio da estação de Paranapiacaba/SP em destaque

A arquitetura inglesa da vila, que já se candidatou a Patrimônio Mundial da Humanidade, inspira os passageiros que chegam para passar o dia, conhecendo as diversas atrações culturais e ecológicas, como o Museu do Castelinho, o Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba e a Casa da Memória.

O passeio até o local sai todo domingo às 8:30 e dura 90 minutos, atravessando parte do que resta da vegetação nativa da Serra do Mar e o retorno acontece no final da tarde.

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