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Dia da Ciência e do pesquisador – conhecimento desenvolvendo o agro

Cultura in vitro de plantas

Internet, GPS, vacinas, foguetes… Nada disso teria surgido sem o trabalho deles

Hoje, 08 de julho, comemoramos o dia daquele cientista maluco que queríamos ser quando crianças. Quando montávamos foguetes de papelão, carrinhos de caixas de remédios, pijamas viravam vestimentas blindadas e subaquáticas, uma caixa grande se tornava nosso abrigo antichamas…

Em todos os cantos do mundo, eles se debruçam sobre os mais diversos problemas, na busca de soluções

É preciso que reconheçamos a necessidade de apoiar estes trabalhadores de modo que possam inovar e, a partir de descobertas científicas, tecnológicas, contribuam para a melhoria das condições da vida na Terra.

Ser pesquisador é estudar o passado, compreender o presente e construir o futuro. É mais do que identificar as leis da natureza, é respeitá-las e permitir o desenvolvimento e a perpetuação da nossa própria existência.

A ciência que move o Agro

O Brasil que era reconhecidamente uma nação importadora de alimentos se tornou uma potência global como protagonista na exportação de alimentos, entre outras especialidades, como fibras e bioenergia.

Graças à ciência, nas últimas cinco décadas, incrementamos a produção de diversos produtos:

Nada disso foi por acaso!

Tudo se deve a investimentos em ciência, tecnologia e inovação.

Com ciência, os cerrados, com vegetação retorcida e solos ácidos e pobres, se tornaram um grande celeiro de grãos, frutas, hortaliças e proteína animal. Em 2019, os cerrados entregaram mais da metade da produção de grãos e cana de açúcar do país!

Com ciência, adaptamos grãos exóticos (originais de outros países), como a soja e o trigo, forrageiras africanas e o gado europeu e indiano.

Com ciência, desenvolvemos novas raças bovinas, como a girolando, tão produtivas quanto as europeias e mais adaptadas aos trópicos.

Com ciência, o Brasil criou uma plataforma de produção agropecuária sustentável, com tecnologias como o plantio direto, a fixação biológica de nitrogênio, o controle biológico e a intensificação sustentável, com produção de grãos, proteína animal e florestas numa mesma área. Os sistemas integrados já ocupam 15 milhões de hectares.

Com ciência, a fixação biológica de nitrogênio economiza para o país, anualmente, algo em torno de 13 bilhões de dólares que deixam de ser gastos com adubos nitrogenados, sobretudo importados e ainda contribui para que aproximadamente 60 milhões de toneladas equivalentes de CO2 deixem de ser emitidas na atmosfera.

O agro brasileiro é o setor mais competitivo e disruptivo da economia brasileira

Apesar de durante anos e mais anos, o agro não receber subsídios governamentais compatíveis com sua contribuição na economia a nacional (responde 21% do PIB, um quinto de todos os empregos e quase metade das exportações brasileiras) o agro nacional é uma verdadeira potência:

Laboratório de alimentos – Pesquisa em carne

E os desafios não param de crescer. Em aproximadamente dez anos, eles serão mais diversos e mais complexos. Teremos 8,5 bilhões de pessoas no mundo. A demanda por alimentos aumentará 35%. Por energia, 40%. E a de água, 50%.

Cada vez mais, edição genômica, gestão de riscos, agricultura digital, intensificação sustentável, bioinsumos e os microbiomas serão temas no centro da agenda da ciência agrícola.

A conectividade no campo será crucial para que avancemos de forma consistente. Hoje, segundo dados do IBGE, mais de 70% das propriedades rurais não têm acesso à internet. A ausência de conexão no campo pode atrasar o desenvolvimento e reduzir a competitividade do agro brasileiro.

A ciência move o agronegócio. Move o mundo! É preciso um esforço público-privado para que ela amplie seu papel na modernização, no aumento da capacidade de produção competitiva e sustentável, e na transformação da vida como conhecemos hoje e, que graças a ela, não será a mesma daqui a algumas décadas. Será muito melhor, se assim construirmos o nosso futuro.

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