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BlogFauna RuraltecTV – Caninana

Caninana (Spilotes pullatus)
A fama da espécie no Brasil se dá principalmente por seu nome ter se tornado uma expressão popular que se refere a alguém que tem o temperamento difícil e é agressivo. Isto porque, apesar de não ser venenosa, a caninana é considerada uma serpente de temperamento difícil, bravo. Quando se sente ameaçada, a espécie infla o pescoço e vibra a cauda para intimidar e enfrentar o predador ou potencial agressor. Além do tamanho, a caninana impressiona pela coloração contrastante negro e amarelo. Existem cinco subespécies dessa cobra e três delas podem ser encontradas no Brasil.

Pelo grande porte, beleza e peculiaridades, desperta atenção de muitos admiradores de répteis, por isso comumente encontrada como animal de estimação. A maioria dos répteis que abastecem esse comércio são de duas origens: o tráfico de animais silvestres e de criatórios sem nenhum acompanhamento e conhecimento reprodutivo, visto que é virtualmente desconhecido o ciclo reprodutivo dessa espécie.

CANINANA (Spilotes pullatus)
 
Características – também conhecida como arabóia, cobre tigre, cobra frango, cobra de rato amarelo, aicaninã e jacaninã, é uma cobra não venenosa que tem fama de brava, que corre atrás e alguns dizem que ela é extremamente perigosa, porém tudo não passa de uma fama injusta. É uma das maiores cobras da Mata Atlântica. Apesar de chegar a 2,50 m de comprimento e de achatar o pescoço quando está irritada, é uma cobra mansa e sempre foge quando avistada. Apresenta apenas comportamento intimidatório. Como a maioria das cobras não venenosas, pode até morder, mas não passará de um arranhão. O colorido é pardo-amarelado, com desenho transversal escuro, curvado para frente nos cantos.
Habitat – cerrado e Mata Atlântica de norte a sul do país. Não ocorre nas regiões frias de Matas de Araucárias nos planaltos do sul do país.
Ocorrência – Américas Central e do Sul.
Hábitos – diurno. Terrestre e arborícola. Vive próximo de lagos e rios em meio as árvores e arbustos. Pode também ser encontrada nadando ou rastejando pelo chão, onde caça. É ágil tanto no chão quanto nos galhos das árvores. É solitária. Se une a outro indivíduo apenas no período de reprodução. Em períodos de repouso utiliza apenas o substrato arbóreo.
Alimentação – ovos, aves adultas e filhotes predados no ninho, roedores, rãs, cobras menores e até pequenos lagartos. Caça sua presa de forma ativa em abrigos ou ninhos, tanto no chão como em copas de árvores. A presa é contida por constrição ou pressionada contra um objeto para segurá-la no lugar, depois é engolida rapidamente, muitas vezes, ainda viva.
Reprodução – ovípara, coloca entre 15 e 18 ovos. Os ovos postos na primavera são incubados em média por 73 dias e a eclosão ocorre durante o verão, na estação chuvosa. A cópula ocorre durante o inverno, na metade final da estação. No acasalamento, existe um ritual de combate entre os machos.
Ameaças – destruição do habitat e tráfico de animais.
 
 
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