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Recuperação de pasto degradado

Nelore em pastagem recuperada

Uma das metas do atual governo é a recuperação de 40 milhões de hectares de pastos degradados resgatando a produtividade e garantindo a sustentabilidade da sua pastagem

Para uma recuperação eficiente de pastos degradados, é necessário conhecer a composição do solo e a demanda nutricional das plantas que serão cultivadas.

Pesquisadores apontam que existem 3 processos para isso. Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um deles…

Reconstituição direta

Ao contrário da reforma tradicional com plantio de sementes, a reconstituição direta utiliza a própria vegetação remanescente do pasto degradado como fonte de sementes e matéria orgânica. Isso torna a técnica mais econômica e sustentável, além de fornecer um retorno mais rápido da produção de forragem.

Pastagem em sistema de reconstituição direta

Pode ser realizada em diferentes tipos de pastos, desde que a área não esteja totalmente degradada e ainda tenha alguma preservação remanescente. Além disso, é importante que a técnica seja realizada por profissionais qualificados e com as ferramentas adequadas.

Dessa forma, é possível garantir um processo eficiente e seguro de recuperação do pasto, aumentando a produtividade e evitando impactos ambientais negativos. Se você busca uma técnica sustentável e econômica de recuperação de pastos degradados, a reconstituição direta pode ser a solução ideal para o seu caso.

Fertilização e replantio

Estas são duas das técnicas mais utilizadas para restaurar a qualidade da pastagem. A fertilização consiste na aplicação de nutrientes no solo para melhorar sua qualidade, aumentar a produtividade das plantas e recuperar a biomassa da pastagem. Já o replantio é a prática de introduzir novas sementes de gramíneas e leguminosas no solo, com o objetivo de aumentar a diversidade vegetal e recuperar áreas danificadas pelo pisoteio do gado.

A fertilização deve ser feita com base em uma análise do solo, para determinar quais nutrientes estão em falta e em que quantidade devem ser adicionados. Já o replantio deve ser realizado com espécies que se adaptam bem ao clima e ao tipo de solo da região, levando em consideração as necessidades do gado e a demanda por forragem.

Renovação indireta

Consiste na integração de diferentes espécies de plantas, como gramíneas e leguminosas, que se complementam e auxiliam na melhoria da qualidade do solo e na produção de forragem. Essa técnica é baseada no uso de práticas de manejo, como a rotação de pastagens e o controle de pragas e doenças, que criam condições aceitas para que as plantas nativas se recuperem e se desenvolvam.

As leguminosas são importantes para aumentar a predisposição de tolerar no solo, o que favorece o crescimento das gramíneas e reduz a necessidade de fertilizantes químicos. Além disso, a integração de diferentes espécies de plantas proporciona um ambiente mais diverso e equilibrado para a fauna e flora local.

Todas essas práticas possibilitam recuperar a produtividade, garantindo a sustentabilidade da sua pastagem e proporcionando uma produção mais eficiente e rentável para o produtor rural. A aplicação de cada uma delas dependerá do estágio de degradação que se encontram suas áreas de pastagem. Por isso é importante procurar a orientação de um técnico capacitado para elaborar um planejamento de recuperação indicando para cada situação a técnica mais adequada. Escolha a que melhor se adequa às suas possibilidades e necessidades, e mãos à obra.

Assista o vídeo “Degradação e recuperação de pastagens” da Embrapa

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