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Morango – controle biológico eficiente no combate ao ácaro-rajado

Morangos
O ácaro-rajado (Tetranychus urticae) pode causar perdas de 80% na produção

Pesquisas do Instituto Biológico (IB-APTA) buscam identificar espécies ou linhagens de ácaros predadores com alta capacidade de predação de ácaros-praga e com elevada tolerância ou resistência aos principais defensivos agrícolas utilizados pelos agricultores.
Ácaro rajado (Tetranychus urticae)
 
Uma das linhagens do ácaro predador Neoseiulus californicus (Acari: Phytoseiidae), coletada por pesquisadores do IB em cultivo comercial de morango em Atibaia, interior paulista, mostra-se resistente a vários inseticidas e acaricidas, favorecendo o seu estabelecimento nos cultivos de morango, onde são realizadas aplicações de inseticidas e acaricidas para o controle de pragas de diferentes espécies. O uso desse ácaro-predador pode reduzir em mais de 70% a aplicação de acaricidas contra a praga e, em alguns casos, possibilita a eliminação do uso de produtos químicos.
 
Segundo o pesquisador do IB, Mário Eidi Sato, em uma área estudada de produção integrada de morango, com liberação de ácaros predadores dessa espécie, foi possível reduzir em seis vezes o número de aplicações de acaricidas em relação a um cultivo convencional de morango.
Ácaro predador (Neoseiulus californicus)
O pesquisador do IB explica que o uso frequente de acaricidas acaba selecionando populações de ácaros-praga, que se tornam resistentes aos produtos químicos, dificultando ainda mais o seu controle.
 
A liberação do Neoseiulus californicus nas áreas plantadas com morango deve ser feita no início das infestações, quando cerca de 30% da área está infestada com o ácaro-rajado. “O controle biológico é bastante efetivo. O ácaro-predador chega a consumir mais de 20 ovos do ácaro-rajado em um único dia. Alguns produtores ainda têm preocupação com a possibilidade de os ácaros predadores virem a causar danos às plantas, após a sua liberação no campo, porém, as chances de um ácaro-predador dessa família (Phytoseiidae) virar uma praga é zero, isso porque o seu aparelho bucal é feito para atacar outros ácaros e não para se alimentar de folhas ou frutos, por exemplo”, explica o pesquisador.
 
Fonte: IB/APTA

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