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Manchetes da semana – 19 a 25-07-2025

Manchetes da semana - 19 a 25-07-2025

Novos mercados se abrem para as exportações brasileira

O Brasil passará a exportar sementes de canola para a África do Sul. Com mais de 63 milhões de habitantes, o país importou cerca de US$ 635 milhões em produtos agropecuários do Brasil em 2024, com destaque para carnes, açúcar, cereais e café. Além de remover a diversificação dos parceiros comerciais do Brasil, esta abertura de mercado representa uma nova oportunidade de negócios para o setor privado brasileiro, uma vez que a África do Sul é um produtor relevante de oleaginosas no contexto regional. A Coreia do Sul também abriu seu mercado para a exportação de couro cru e peles do Brasil. A confirmação ocorre em momento que o governo busca novos destinos e alternativas de comércio aos setores impactados pelo anúncio da taxação dos Estados Unidos. A negociação para abertura do mercado coreano levou alguns anos de idas e vindas. A medida tem importância ainda maior por conta do momento turbulento vivido no comércio internacional com a taxação dos norte-americanos. Seguramente, a Coreia é um dos três mercados, no caso da carne bovina, que o Brasil está focando e intensificando a relação. Em agosto as negociações avançarão ainda mais com o Japão, onde o governo tenta estabelecer as tratativas para abertura de mercado para a proteína brasileira. Recentemente, os japoneses realizaram auditoria no sistema de inspeção nacional. Além de Coreia e Japão, o Brasil tenta abrir o mercado da Turquia para as exportações de carne bovina. O governo brasileiro também concluiu negociação com o governo da Malásia para que o Brasil exporte guaraná em pó para aquele país. O guaraná em pó, nativo da região amazônica, é um dos produtos da biodiversidade brasileira com maior demanda do mercado internacional. O fruto do guaraná é naturalmente rico em cafeína, taninos, saponinas e catequinas, que contribuem para efeitos estimulantes, antioxidantes e anti-inflamatórios. Por essas características, tem ganhado espaço nas indústrias de bebidas energéticas e suplementos. O Brasil lidera a produção global de guaraná e é o principal exportador do insumo. A Malásia, com mais de 34 milhões de habitantes e uma indústria alimentícia em expansão, importou do Brasil mais de US$ 1,27 bilhão em produtos agropecuários em 2024, com destaque para o complexo sucroalcooleiro, fibras e produtos têxteis, cereais, farinhas, café e carnes. Com estes anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 395 aberturas de mercado desde o início de 2023.

Mortes de cavalos por ração contaminada deverão aumentar

Criadores estão com “bomba-relógio”, pois animais podem ter complicações futuras porque a contaminação já pode estar na corrente sanguínea. Os animais sob suspeita recebiam a ração para equinos da Nutratta Nutrição Animal, que teve sua fábrica em Itumbiara (GO) interditada por determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por contaminação da ração. O ministério divulgou 284 mortes de equinos até o momento causadas pela contaminação. Nos grupos de criadores, a contabilidade é bem maior: 780 mortos, 44 abortos, 517 em tratamento e 405 em observação. Criadores perderam a genética que vêm selecionando há décadas e isso não tem como recuperar. No comunicado, o ministério também disse que a Justiça revogou a autorização de retomada parcial da produção e vendas da Nutratta, voltando a valer a suspensão cautelar imposta pelo ministério, que proíbe a fabricação de rações para todas as espécies animais, até que a empresa comprove ao Mapa a correção de todas as irregularidades apontadas pela fiscalização, o que ainda não ocorreu até o momento. Diante da comoção nacional e da quantidade de vítimas, criadores afetados formaram o grupo “Vítimas da Nutratta”, coordenado pela advogada Maria Alessandra Agarussi. Embora a mobilização seja coletiva, as ações judiciais têm sido ajuizadas de forma individual. A tragédia revela um vazio regulatório e falhas graves de rastreabilidade nas cadeias de produção animal, especialmente no controle de matérias-primas de origem vegetal. Para especialistas, o episódio deve provocar uma reestruturação profunda no setor de nutrição equina, impactando fabricantes, fornecedores, criadores e os próprios órgãos de fiscalização.

Lavoura atingida por enchente

Produtores rurais atingidos por desastres naturais terão linha emergencial de crédito

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou com 346 votos favoráveis o relatório ao Projeto de Lei 5122/2023, que autoriza a liquidação, anistia, renegociação e concessão de descontos em dívidas originárias de crédito rural para agricultores, pecuaristas, piscicultores, pescadores e carcinicultores. A proposta cria uma linha especial de financiamento voltada a produtores rurais impactados por eventos climáticos extremos entre 2020 e 2025. A medida permite a quitação ou renegociação de dívidas rurais e de Cédulas de Produto Rural (CPRs), com juros reduzidos e prazo de pagamento de até 10 anos, com 3 anos de carência, podendo chegar a 15 anos em casos excepcionais. O limite de crédito é de R$ 10 milhões por produtor e R$ 50 milhões por cooperativa ou associação. As taxas de juros variam conforme o porte do beneficiário: 3,5% ao ano para pequenos produtores, 5,5% para médios e 7,5% para os demais. Os beneficiários devem comprovar que foram atingidos por desastres naturais reconhecidos por autoridades federais ou estaduais em pelo menos dois anos no período entre 2020 e 2025, além de terem registrado perdas agrícolas significativas e alta inadimplência local. A proposta também veda a capitalização de juros de mora e impede que a adesão à medida gere restrições de crédito.

Brasil criará agência tributária e aduaneira na China

O Ministério da Fazenda informou que o Brasil criará uma agência tributária e aduaneira na China. A iniciativa é considerada estratégica pela Receita Federal desde 2023, e o processo não tem motivação política, justificando-se pelo fluxo crescente de mercadorias entre os dois países. Essa será a quinta Adidância Tributária e Aduaneira da Receita Federal, postos avançados do fisco brasileiro em outros países para agilizar o comércio e reduzir a burocracia. As primeiras unidades foram abertas em 2000, em Washington e em Buenos Aires. Em 2002, foram inauguradas as agências em Assunção e em Montevidéu. A criação da adidância na China está em andamento. De acordo com a pasta, como o país asiático é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009, a presença de um adido especializado trará vantagens, como: entendimento mútuo das legislações; redução de entraves burocráticos; impulsionamento do comércio bilateral. A unidade na China ajudará a reduzir práticas ilícitas que prejudicam o comércio bilateral, por meio do: combate à evasão fiscal; combate ao contrabando; troca direta de informações e experiências.

Acordo do Mercosul com a União Europeia deve ser assinado até o fim do ano

O governo espera que a assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia ocorra no final de 2025. Esse acordo é extremamente importante do ponto de vista econômico, empresarial, de investimentos, comércio e do ponto de vista geopolítico, uma mensagem muito forte de apreço pela democracia, pela paz, pelo livre comércio, pelo multilateralismo e pela sustentabilidade, incluindo também o tema do meio ambiente.

Tio Sam adora suco de laranja brasileiro, mas poderá ficar sem – Foto: Gerada por IA/DALL-E

Suco de laranja é o produto mais afetado por tarifaço

Suco de laranja, café, carne bovina e frutas frescas estão entre os itens mais expostos à tarifa adicional de até 50% sobre as importações de produtos brasileiros pelos Estados Unidos, com vigência prevista para 1º de agosto de 2025, segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. De acordo com a análise, o suco de laranja é o produto mais sensível à nova política tarifária. Isso porque já incide atualmente uma tarifa fixa de US$ 415 por tonelada sobre o produto, e a aplicação de uma sobretaxa de até 50% elevaria significativamente o custo de entrada nos EUA, comprometendo sua competitividade no segundo maior destino dos embarques brasileiros. Atualmente, os EUA importam cerca de 90% do suco que consomem, sendo o Brasil responsável por aproximadamente 80% desse total. Com a sinalização da tarifa, as pesquisas apontam que indústrias brasileiras já passaram a suspender novos contratos, limitando-se ao mercado spot, com valores entre R$ 40,00 e R$ 45,00 por caixa, diante do elevado grau de incerteza. Dois importadores nos EUA deram o primeiro passo questionando a ameaça de sanção de Donald Trump contra o Brasil, alinhando argumentos que podem ser seguidos por outras companhias e pressionar Washington. Os autores da ação são fabricantes de alimentos de última geração e produtores e distribuidores de sucos de frutas, bebidas e iogurtes, localizados em Flemington, Nova Jersey. Esses importadores argumentaram que as tarifas, que Trump quer colocar em em vigor em 1º de agosto, excedem a autoridade do presidente nos termos da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional e representam uma delegação inconstitucional de poder. Numa declaração anexa no processo de 150 páginas submetido à Corte de Comércio Internacional dos EUA, Robert Facchina, diretor executivo da Johanna Foods e Johanna Beverage Company, reclama que a taxação vai dar prejuízo ao grupo, provocará aumento para os consumidores de aproximadamente 20% a 25% do preço de varejo e também poderá causar demissões nos EUA. A tarifa do Brasil resultará em um aumento de preço significativo, e talvez proibitivo, em um alimento básico do café da manhã americano, dizem os dois importadores americanos.

Governo publica regras para operação do programa de conversão de pastagens degradadas

O governo federal publicou a resolução que estabelece as regras gerais para a operacionalização do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). A medida, aprovada pelo Comitê Gestor Interministerial estabeleceu as diretrizes que incluem a promoção da conversão e recuperação de áreas degradadas, o estímulo à regularização ambiental, o aumento da produtividade com sustentabilidade, a adaptação às mudanças climáticas e o incentivo ao uso de tecnologias sustentáveis. O programa também prevê ações para conservação da biodiversidade, inclusão social de pequenos produtores, combate à desertificação e incentivo ao trabalho decente no campo. A resolução também institui o Grupo Técnico de Normas do PNCPD, com participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (que coordenará o grupo), do Ministério do Meio Ambiente e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O grupo terá caráter permanente e será responsável por validar os protocolos técnicos das linhas de financiamento, sem remuneração. O programa será implementado por meio de subprogramas específicos, definidos por resoluções do Comitê Gestor, que poderão variar conforme a fonte de recursos, região, bioma, agentes operadores, tipo de empreendimento, porte dos beneficiários, itens financiáveis e níveis de contrapartidas. As fontes de financiamento do PNCPD poderão incluir recursos públicos e privados, nacionais e internacionais, como acordos governamentais, fundos filantrópicos, instituições financeiras, programas federais, estaduais e municipais, além da emissão de títulos soberanos. Os recursos poderão ser reembolsáveis ou não, e poderão apoiar, entre outros, empreendimentos voltados à conversão de áreas degradadas em pastagens melhoradas, lavouras, sistemas integrados como ILPF, agroflorestas, culturas para biocombustíveis e silvicultura, inclusive com recuperação de vegetação nativa consorciada. A Embrapa ficará encarregada de desenvolver e validar os protocolos de práticas agropecuárias e silviculturais, bem como do monitoramento das emissões e remoções de gases de efeito estufa, considerando as especificidades regionais.

Mudança na fórmula da Coca-Cola nos EUA pode elevar demanda por açúcar em 1,4 milhão de toneladas

Uma análise realizada pela empresa de inteligência artificial Reflexity indicou que a possível troca do xarope de milho pelo açúcar na fórmula da Coca-Cola nos Estados Unidos pode aumentar a demanda anual por açúcar em 1,4 milhão de toneladas. O dado foi destacado em reportagem da agência Dow Jones Newswires. Segundo o estudo, cada lata de 355 ml da bebida conteria cerca de 39 gramas de açúcar, o que impulsionaria significativamente o consumo do produto no país. Essa demanda adicional praticamente eliminaria o superávit mundial de açúcar projetado para a safra internacional 2025/26, que inicia em outubro. Em maio, a consultoria Datagro estimou que o excedente global seria de 1,53 milhão de toneladas. Nos Estados Unidos, o aumento representaria cerca de 20% da demanda total pela commodity no mercado interno. A maior parte do açúcar produzido nos EUA vem da beterraba, entre 55% e 60% da produção doméstica desde os anos 2000, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Caso seja mantida a orientação para que todo o açúcar venha da cana, a produção dessa cultura precisaria crescer cerca de 36%, segundo cálculos da Reflexity. Isso exigiria expansão das áreas cultivadas e maior capacidade industrial para moagem e processamento da cana, processo estimado para levar de dois a três anos. Na semana passada, o anúncio do republicano de que a empresa trocaria o xarope de milho pelo açúcar de cana nos EUA ajudou o preço a subir. Os contratos do demerara com vencimento em outubro acumulavam alta de 7,13% desde o início do mês, a 16,82 centavos de dólar a libra-peso. Já os lotes de segunda posição de entrega (para março) subiam 5,76% no mês, a 17,43 centavos de dólar a libra-pes.

Apicultor com o valioso produto das abelhas

Produtores de mel convivem com abandono de abelhas e contêineres parados em portos

O Brasil produziu 64,2 mil toneladas de mel em 2023, número que o posiciona como um dos maiores produtores do mundo. Contudo, as vendas internacionais estão sob ameaça porque os Estados Unidos, o principal comprador do produto nacional, anunciou tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras. Cerca de 82% do mel produzido no país em 2024 foi direcionado ao mercado norte-americano. Mais de 100 contêineres com o produto estão, neste momento, sendo devolvidos ou parados nos portos à espera de prorrogação do prazo ou adiamento do tarifaço. Nas condições atuais, não há alternativas para um redirecionamento de cargas no curto prazo. Para o produtor, o impacto vai ser muito grande porque, na próxima safra logo agora, se não conseguir buscar novos mercados ou mesmo baixar essa taxação. O mel vai ficar abaixo do preço de custo. A taxação pode afetar mais de 500 mil apicultores brasileiros, estima a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) que considera o o setor de mel é estratégico. A agência tem buscado soluções para o impasse comercial com os EUA. Para os fornecedores de mel ao mercado interno brasileiro, poderá ocorrer uma queda nos preços do produto, como consequência da redução nas exportações. Vai ter uma quantidade muito maior de mel dentro do país e isso vai afetar significativamente. Como vai ter muito mel, o valor vai baixar, consequentemente.

Indígenas ocupam fazenda reivindicando a área e tensão aumenta

Esta semana, uma fazenda localizada no município de Erebango, no norte do Rio Grande do Sul, foi ocupada por um grupo de indígenas, que reivindica o território como parte de suas terras tradicionais. A retomada ocorreu de forma direta e sem confronto, mas acendeu um alerta entre autoridades e produtores rurais da região. Segundo relatos do produtor rural afetado, ele estava operando um trator na lavoura quando foi surpreendido pelos indígenas. Os ocupantes alegaram que a área pertence ao seu povo e exigiram que o agricultor se retirasse do local. Toda a ação foi filmada e os vídeos circularam nas redes sociais, em que um dos líderes indígenas declara que a área da fazenda está dentro do território indígena original. A fazenda fica próxima à reserva dos Caingangues (Terra Indígena Ventarra), etnia indígena com presença tradicional na região. A localização geográfica estratégica fortaleceu o argumento dos indígenas de que a área em questão faz parte de seus territórios ancestrais. Diante do ocorrido, o proprietário registrou boletim de ocorrência e afirmou que irá acionar a justiça com um pedido de reintegração de posse. O caso está sendo acompanhado de perto pelo Sindicato Rural de Getúlio Vargas. Os indígenas ocuparam a área e também bloquearam estradas de chão que dão acesso à propriedade, dificultando o tráfego de veículos e a logística da produção rural local. O clima de apreensão se espalhou entre os moradores e produtores da comunidade de Ventarra, onde a fazenda está situada. Apesar das tensões, não houve confrontos ou atos de violência e a polícia atua para garantir a segurança dos envolvidos. Imagens de drones estão sendo utilizadas para monitorar a quantidade de pessoas acampadas no local e avaliar a extensão da ocupação.

Brasil avalia viabilidade de criar seu próprio GPS

Um grupo de especialistas vai estudar a viabilidade de o Brasil desenvolver seu próprio sistema de geolocalização por satélite, um empreendimento de altíssima complexidade e custo. Formado por representantes de ministérios, da Aeronáutica, de agências e institutos federais e da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, o grupo técnico deve diagnosticar as eventuais consequências do país depender de sistemas de posicionamento, navegação e tempo controlados por outras nações. O grupo foi criado no início deste mês, por meio da Resolução CDPEB nº 33, de 1º de julho de 2025, do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. A resolução estabelece um prazo de 180 dias, contados a partir de 14 de julho, para que o grupo entregue um relatório com suas conclusões e sugestões. O grupo técnico foi criado uma semana antes de Trump anunciar seu tarifaço, e duas semanas antes de as redes sociais serem tomadas pelo debate sobre a possibilidade de os Estados Unidos, em caso de uma guerra comercial, desligarem ou restringirem o sinal de seu sistema, o GPS (do inglês, Sistema de Posicionamento Global), para o Brasil.

Assembleia do MST na Ocupação do INCRA em São Paulo,
colocando a Reforma Agrária Popular na pauta

MST se mobiliza em 27 cidades de 22 estados durante Semana Camponesa

Nesta semana, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou ações de mobilização em 27 cidades de 21 estados e no Distrito Federal durante a Semana Camponesa, que ocorreu entre os dias 21 e 25 de julho. As iniciativas incluem ocupações de terras e prédios públicos, doações de alimentos, audiências com autoridades e atos públicos para pressionar o governo federal e os estados a avançarem em políticas de reforma agrária popular. A jornada leva o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular!” e denuncia o descaso com as mais de 100 mil famílias acampadas no país, das quais 65 mil aguardam assentamento há mais de 15 anos. As pautas entregues aos órgãos governamentais cobram um cronograma de assentamentos, reativação de linhas de crédito, investimentos em infraestrutura nos assentamentos e o fortalecimento de políticas públicas como o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) A. No segundo dia de mobilização , cerca de 400 integrantes do MST ocuparam o prédio do Banco do Brasil(https://www.bb.com.br/site/) no centro da capital do Pará. Um dos mais importantes centros de pesquisa agropecuária do país, vinculado à Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), também teve suas atividades paralisadas após ser invadido por integrantes do movimento, no município de Itabela, no sul da Bahia. As ocupações de sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) durante a Semana Camponesa se espalham por todas as regiões do país. No total 20 unidades do instituto foram ocupadas. Ao todo, houve mobilizações em 27 cidades. Cada estado apresentou suas demandas específicas. Representantes do MST se reuniram com o presidente Lula, em Brasília (DF), para apresentar a pauta de reivindicações. Uma nova reunião com o presidente do Incra, a direção da Conab e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, foi marcada para a próxima semana, com o objetivo de retomar o debate sobre a pauta fundiária.

Bio Parque do Rio confirma que galinhas d’angola morreram de gripe aviária

O BioParque do Rio confirmou que, após análise laboratorial, foi detectada que a infecção por influenza aviária foi a causa da morte de nove aves da espécie galinha-d’angola (Numida meleagris) no Zoológico da Quinta da Boa Vista. As amostras foram encaminhadas ao laboratório de referência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Campinas, SP, e o diagnóstico foi validado por autoridades sanitárias. Todas as aves infectadas estavam na área da Savana Africana, que permanecerá interditada por 14 dias como medida preventiva, conforme protocolos de biossegurança. Com a adoção de medidas necessárias e autorização dos órgãos fiscalizadores, as demais áreas do parque foram reabertas ao público na última quinta-feira (24).

Mais quatro países retiram restrições de exportação à carne de aves brasileira

Kuwait, Bahrein, Albânia e Turquia retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira, após a conclusão do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), registrado no município de Montenegro (RS). A Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Timor-Leste, União Europeia. Outros países, como Angola, Arábia Saudita, Coreia do Sul e Rússia, mantêm a suspensão restrita ao Estado gaúcho. Em junho, o Brasil se declarou livre do vírus da gripe aviária após nenhum novo surto da doença ter sido detectado em granjas comerciais de aves desde o primeiro caso.

A entrada em operação de quatro fábricas da Petrobras permitirá que até 2028
sejam atendidos 35% da demanda nacional por fertilizantes à base de ureia

Brasil pretende reduzir dependência por fertilizantes importados

A retomada dos investimentos da Petrobras em fábricas de fertilizantes poderá reduzir a dependência do Brasil por insumos importados. A entrada em operação de quatro fábricas da empresa, localizadas no Paraná, Bahia, Sergipe e Mato Grosso do Sul, permitirá que até 2028 sejam atendidos 35% da demanda nacional por fertilizantes à base de ureia. Segundo o MDIC, o Brasil importa atualmente quase 100% da ureia utilizada na agricultura. Os aportes previstos somam R$ 900 milhões entre 2025 e 2029. Os projetos já geram entre 13 mil e 15 mil empregos.

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