Aqui você encontra em notas as últimas e mais importantes notícias semanais do agronegócio nacional e internacional
Confirmado que ração contaminada já matou mais de 245 cavalos
Pelo menos 245 cavalos morreram depois comerem ração da Nutratta Nutrição Animal em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Alagoas. O Ministério da Agricultura divulgou o número atualizado (13/7) e informou que investiga a hipótese de uma “falha pontual” no controle da matéria-prima pela empresa. A pasta recebeu a primeira denúncia em 26 de maio e constatou-se que em todas as propriedades investigadas os equinos que adoeceram ou vieram a óbito consumiram produtos da empresa. Já os animais que não ingeriram as rações permaneceram saudáveis, mesmo quando alojados nos mesmos ambientes. O caso é inédito para o ministério. A análise das amostras nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) constataram a detecção de alcaloides pirrolizidínicos (substâncias tóxicas, chamada de monocrotalina, e incompatíveis com a segurança alimentar animal). Em Atalaia, Alagoas, o cavalo Quatum de Alcatéia, um dos garanhões mais premiados e valiosos do país, da raça Mangalarga Marchador, de pelagem alazã, avaliado em R$ 12 milhões, vivia no haras Nova Alcateia, quando começou a apresentar sintomas graves e não resistiu. Veio a óbito em 25 de junho, quatro meses antes de completar sete anos. O criatório informou que os sintomas de intoxicação começaram com a substituição da ração antiga pela da Nutratta Nutrição Animal Ltda.. Os efeitos da intoxicação no Quantum foram rápidos e devastadores e as tentativas de saná-los não surtiram efeito. Todos os animais que morreram no local, 69 até o dia 7 de julho, apresentaram quadros clínicos semelhantes. Os laudos de laboratórios oficiais confirmaram a presença de substância altamente tóxica, no caso, alcaloides pirrozilidínicos (monocrotalina) em concentrações capazes de causar doença e mortes em equídeos e outras espécies. Quantum era um investimento de um consórcio de acionistas.
Agronegócio brasileiro exporta US$ 82 bilhões no primeiro semestre
O agronegócio brasileiro exportou US$ 82 bilhões no primeiro semestre de 2025, mantendo-se praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior (-0,2%). Mesmo diante da queda nos preços internacionais, o setor sustentou sua relevância na balança comercial, respondendo por 49,5% de tudo o que o país exportou no período. Em junho, as exportações somaram US$ 14,6 bilhões, influenciadas por um cenário de retração nos preços globais. O índice de alimentos do Banco Mundial, por exemplo, recuou 7,3% em relação a junho de 2024. Ainda assim, o Brasil manteve-se competitivo, com uma pauta diversificada e presença consolidada entre os principais fornecedores mundiais de alimentos. Entre os destaques do mês estão produtos como celulose (com recorde de volume exportado), suco de laranja, farelo de soja, algodão, óleo de amendoim, ovos, gelatinas, pimenta-do-reino moída e chocolates com cacau.
entoando gritos para que presidente da Câmara aprove PL sobre a securitização das dívidas
Produtores do RS fazem novo tratoraço
Produtores gaúchos de as todas regiões do estado se mobilizaram em Cruz Alta, no norte do Rio Grande do Sul, em busca de aprovação do projeto de lei em favor da securitização de suas dívidas. Os protestos aconteceram em frente a agências bancárias e também em tratoraços em vias públicas da região. O movimento, que já completa dois meses, busca a aprovação de medidas que garantam a prorrogação das dívidas decorrentes de perdas climáticas das últimas cinco safras. As manifestações também pedem urgência na votação do PL 5122/23, que aguarda deliberação na Câmara dos Deputados, a respeito da liquidação, anistia, renegociação e rebate de dívidas originárias de crédito rural para agricultores.
Brasil exportará ração e petiscos para pets mexicanos
O governo do México aprovou o modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para começar a importar produtos destinados à alimentação de animais de companhia do Brasil. De acordo com nota do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a nova abertura de mercado representa uma oportunidade para o setor privado nacional expandir negócios no segmento de nutrição pet, um mercado em forte expansão no mundo. Com cerca de 130 milhões de habitantes e um dos maiores contingentes de animais de estimação da América Latina, o México é hoje o segundo maior mercado para produtos pet da região, atrás apenas do Brasil. De acordo com levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o México importou mais de US$ 2,9 bilhões em produtos agropecuários do Brasil em 2024, com destaque para complexo soja, proteína animal, café e produtos florestais. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 393 aberturas de mercado desde o início de 2023.
Fazendeiro é condenado pela morte de trabalhador exposto a 64 tipos de agrotóxicos
A Justiça do Trabalho reconheceu que a morte de um trabalhador rural de 23 anos foi consequência direta da exposição a agrotóxicos durante suas atividades na lavoura de tomate de uma fazenda em Itapeva, no interior de São Paulo. A decisão de segunda instância, proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), condenou o proprietário da fazenda e a empresa Trebeschi Tomates Minas Ltda. ao pagamento de R$ 100 mil por danos materiais, além de pensão mensal de um salário mínimo ao filho da vítima até que ele complete 18 anos de idade. A sentença estabelece um precedente importante ao reconhecer a relação entre o uso de substâncias químicas e a morte de trabalhadores do campo, frequentemente submetidos a condições insalubres sem a devida proteção. A decisão também criticou a ausência de medidas básicas de segurança por parte do empregador, como o fornecimento de equipamentos adequados e sua substituição periódica. Segundo o laudo pericial, o trabalhador, identificado como Vitor Manoel dos Santos Silva, exercia atividades de cultivo e colheita de tomates, em ambiente com pulverização constante de agrotóxicos. Foram identificados 64 agrotóxicos diferentes utilizados na produção, incluindo substâncias como Malathion e Klorpan, ambas do grupo dos organofosforados, conhecidos por seus efeitos nocivos sobre o sistema nervoso central. Vitor Manoel dos Santos Silva, de 23 anos, morreu em dezembro de 2023. Para a justiça, a morte foi abrupta e os sintomas apresentados eram compatíveis com intoxicação por organofosforados.
Cavalo brasileiro vence etapa do Global Champions Arabians Tour em Indaiatuba
O cavalo árabe Lughan HVP do Haras Paiquerê, de propriedade do empresário Tercio Miranda, de Piraí do Sul, no Paraná, foi eleito Campeão Cavalo Ouro na etapa brasileira do Global Champions Arabians Tour (GCAT), no Helvetia Riding Center, em Indaiatuba (SP). A competição integrou o Circuito Américas do GCAT, que reúne 14 fases do Campeonato Mundial da raça, distribuídas entre Europa, Américas e Oriente Médio. No Brasil, o torneio fez parte da programação oficial da 44ª Exposição Nacional do Cavalo Árabe, promovida pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA) e reconhecida como o maior espetáculo da raça na América Latina. A conquista histórica não parou por aí, o Haras Paiquerê se destacou na Exposição Nacional. Lughan HVP conquistou mais um título, desta vez na categoria Campeão Nacional Cavalo Prata, enquanto Mirna UB foi eleita Campeã Nacional Potranca Ouro. Os três títulos foram conquistados na modalidade Halter, que avalia a conformação física dos animais com base em critérios como estrutura, postura, musculatura e harmonia corporal.
Lula diz que tarifaço de Trump
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, Lula ressaltou a separação dos poderes e disse que ninguém está acima da lei. Em discurso de cinco minutos, o presidente afirmou que responderá com diplomacia e multilateralismo às ameaças de Donald Trump de impor uma tarifa de 50% a produtos brasileiros nos Estados Unidos, que classificou de “chantagem inaceitável”. Sem citar diretamente Jair Bolsonaro, cujo julgamento foi citado nas cartas recentes de Trump para justificar o tarifaço, Lula disse que as instituições agem para proteger a sociedade da ameaça de discursos de ódio e anticiência difundidos pelas redes digitais. “No Brasil, ninguém — ninguém — está acima da lei. É preciso proteger as famílias brasileiras de indivíduos e organizações que se utilizam das redes digitais para promover golpes e fraudes, cometer crime de racismo, incentivar a violência contra as mulheres e atacar a democracia, além de alimentar o ódio, violência e bullying entre crianças e adolescentes, em alguns casos levando à morte, e desacreditar as vacinas, trazendo de volta doenças há muito tempo erradicadas“. Lula destacou que o Brasil responderá aos ataques do governo Trump por meio da diplomacia, do comércio e do multilateralismo. Reafirmou que o governo pode usar todos os instrumentos legais para defender a economia, como recursos à Organização Mundial do Comércio até a Lei da Reciprocidade(Lei nº 15.122, de 11 de abril de 2025). Em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, transmitida pela CNN Internacional, Lula afirmou que o Brasil está disposto a sentar à mesa para negociar com os Estados Unidos, mas que jamais aceitará imposições como as Trump, que determinou a aplicação da taxa de 50% aos produtos brasileiros. “O que não queremos é ser feitos de reféns. Queremos ser livres”, argumentou. Lula sugeriu que Trump “reveja alguns de seus posicionamentos”, em especial quando voltados a interferir em assuntos internos do Brasil, como o julgamento de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, é simplesmente inacreditável a interferência dos EUA em assuntos internos do Brasil. Lula foi incisivo: “Trump foi eleito para governar os EUA, e não o mundo. O Brasil merece respeito, e o Trump precisa nos respeitar, assim como nós respeitamos os EUA”. Reiterou ainda que a argumentação de Trump de que as relações comerciais seriam deficitária para os norte-americanos não procede.
Câmara aprova projeto que facilita acesso do agricultor familiar ao benefício garantia-safra
A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que diminui de 50% para 40% o mínimo de perda de safra para o agricultor familiar acessar o benefício garantia-safra. A proposta será enviada ao Senado. O Projeto de Lei 1282/2024 foi aprovado com substitutivo pela Comissão de Finanças e Tributação. A perda se refere ao conjunto da produção de feijão, milho, arroz, mandioca ou algodão que tenha sido perdida em razão de estiagem ou excesso de chuvas. O Ministério do Desenvolvimento Agrário, gestor do Fundo Garantia-Safra, poderá definir outras culturas respeitando especificidades locais e regionais. Já o valor, fixado em lei no total de R$ 1,2 mil anuais, no máximo, por família e pagos em seis parcelas mensais, passará a ser definido pelo ministério, com pagamento em até três parcelas mensais de acordo com a disponibilidade orçamentária. Quando houver decreto nacional de situação de emergência ou estado de calamidade pública, ou em razão de pandemia ou epidemia, o pagamento do benefício será feito em parcela única.
Brasil pode diluir o volume de carne comprada pelos EUA a outros mercados
A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) acredita que não há motivo para a pecuária nacional temer a imposição de 50% de tarifa nas exportações aos Estados Unidos. O setor pode, com facilidade, diluir as 185 mil toneladas de carne bovina compradas pelos norte-americanos no primeiro semestre deste ano aos mais de 160 países que atualmente adquirem a proteína nacional. Contudo, não se pode desconsiderar a importância que os Estados Unidos passaram a representar aos embarques da carne bovina brasileira, cujo crescimento foi na ordem de 104% entre 2024 e o primeiro semestre de 2025. Porém, este valor e volume, apesar de ter crescido de forma significativa, ainda assim não é tão representativo frente a todo o volume exportado pelo Brasil. As tarifas impostas por Trump impactam negativamente, sobretudo, os Estados Unidos. O mercado de carne norte-americano sofre muito com o menor rebanho desde 1960. Hoje, o rebanho bovino norte-americano é equivalente ao rebanho de 1960, sendo que, de lá para cá, cresceram muito, tanto o mercado interno quanto as exportações norte-americanas. A demanda por proteína animal dos Estados Unidos é fortíssima e o Brasil leva vantagem por ter um produto mais barato, praticamente 1/3 do custo da arroba norte-americana.
Câmara aprova projeto que altera regras de licenciamento ambiental
A Câmara dos Deputados aprovou, de madrugada (quinta-feira, 17), o Projeto de Lei 2.159/2021 que estabelece regras gerais de licenciamento ambiental. A proposta também cria novos tipos de licença, como para empreendimentos estratégicos e de adesão por compromisso com procedimentos simplificados e prazos menores para análise. O texto será enviado à sanção presidencial. O substitutivo aprovado pela Câmara dos Deputados incorpora 29 emendas do Senado. Segundo a presidência da casa, o novo texto atendeu cerca de 70% das demandas do governo, com negociações até o último momento no sentido de se construir uma convergência de um projeto bom para o país. Entre os itens controversos do projeto estão a criação da Licença Ambiental Especial (LAE), com dispensa de etapas e prioridade de análise para projetos prioritários do poder executivo, da Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC), baseada em autodeclaração do empreendedor – que já existe em 15 Estados para atividades de baixo impacto ambiental, a dispensa de licenças para algumas atividades sem critérios claros; mudanças nas regras da mineração, responsável pelo maior desastre ambiental do país e na Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006), tudo alvo de críticas. Há profundas divergências sobre as reais consequências de sua aprovação, mas um aspecto é tido como certo: ele deve parar na Justiça. Durante sua tramitação, diversos parlamentares apontaram possíveis inconstitucionalidades, o que deve levá-lo ao Superior Tribunal Federal (STF). Para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a medida significa um dos maiores retrocessos ambientais desde a ditadura militar. Segundo movimento, essa aprovação mostrou como os interesses, especialmente do agronegócio, das grandes empresas transnacionais, até brasileiras, que estão interessadas em continuar promovendo seus crimes ambientais e não serem punidas, como estão muito bem articuladas nesse espaço que é o Congresso anticorpo. O movimento cobra que o presidente Lula vete integralmente o projeto. Caso o veto presidencial não aconteça ou seja apenas parcial, os movimentos populares estão dispostos a judicializar o caso.
Mais países retiram as restrições aos embarques de carne de frango
Peru, Jordânia e Hong Kong retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira, após a conclusão do foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), a gripe aviária, registrado no município de Montenegro (RS). Além disso, o Kuwait reduziu as restrições do estado do Rio Grande do Sul ao município de Montenegro. Dessa forma os três que retiraram as restrições passam a integrar a lista dos agora 30 países que não apresentam restrições de exportação. A lista inclui importantes parceiros comerciais do Brasil como os Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Reino Unido e Argentina. Outro importante parceiro comercial do Brasil no mercado de carne de frango, o Japão, ainda aplica restrições, mas apenas voltadas aos municípios de Montenegro (RS), Campinápolis (MT) e Santo Antônio da Barra (GO). A China segue na lista de países que ainda aplicam a restrição total aos embarques da carne de frango brasileira. No ano passado, o país foi o principal destino da proteína, importando um volume de 562 mil toneladas.
BR do Mar prevê redução de até 60% nos custos de cabotagem
O presidente Lula assinou o Decreto nº 12.555, de 16 de julho do 2025 que regulamentou o Programa BR do Mar, que busca ampliar a cabotagem no país, reduzir custos logísticos e fomentar a indústria naval brasileira. A redução de custo do setor portuário deve ser de 20% a 60%. A navegação de cabotagem é aquela realizada entre os portos do país, utilizando a via marítima e as vias navegáveis interiores. A Lei nº 4.301 que instituiu o Programa BR do Mar foi sancionada em janeiro de 2022. O programa vai fazer com que se possa utilizar o mar, os rios, mas sobretudo os 8 mil quilômetros do litoral brasileiro para transformar o litoral numa grande via, fazendo com que se amplie a cabotagem no Brasil, saindo de um volume de 1,2 milhão de contêineres para 2 milhões de contêineres em movimentação. A indústria naval sairá fortalecida, bem como a agenda logística do país e o setor produtivo.
Mapa entrega tratores a cinco municípios fluminenses
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou mais uma ação do Programa de Modernização e Apoio à Produção Agrícola (Promaq) no estado do Rio de Janeiro. A terceira etapa do programa foi marcada pela entrega de oito tratores agrícolas a cinco municípios fluminenses, em uma iniciativa voltada ao fortalecimento da produção rural e ao incentivo à mecanização agrícola. As máquinas foram destinadas aos municípios de Araruama (1), Bom Jardim (2), São José de Ubá (2), Teresópolis (2) e Porciúncula (1). O investimento federal nesta etapa da ação no RJ soma aproximadamente R$ 1,4 milhão e busca ampliar a capacidade de trabalho dos produtores locais, com foco especial na agricultura familiar. Com a nova entrega, o Promaq já destinou, desde o início das ações no estado, no dia 3 de junho passado, um total de 23 máquinas,entre retroescavadeiras, pás carregadeiras, escavadeiras e tratores agrícolas, a 14 municípios fluminenses. A iniciativa do governo federal, executada no estado pela Superintendência Federal de Agricultura – SFA-RJ, visa modernizar a infraestrutura agropecuária, elevar a produtividade no campo, reduzir desigualdades regionais e promover o desenvolvimento sustentável da agricultura no Rio de Janeiro.
Brasil busca mercados alternativos para exportações
Com uma possível entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos agropecuários brasileiros prevista para 1º de agosto, o Brasil já mapeou os principais mercados de destino que podem absorver parte das exportações impactadas. Embora negociações diplomáticas com os Estados Unidos estejam em curso, autoridades admitem que o tempo é curto para evitar prejuízos imediatos aos exportadores. A medida norte-americana afeta diretamente setores como suco de laranja, carne bovina, café, pescados e frutas, itens com forte presença na pauta exportadora brasileira. A interrupção de embarques destinados ao mercado dos EUA já é realidade para algumas empresas, que suspenderam o processamento de produtos voltados exclusivamente àquele destino. O Ministério da Agricultura intensificou a atuação da equipe internacional para identificar rotas alternativas. No caso da carne bovina, o foco está em ampliar a habilitação de frigoríficos para exportação ao Vietnã, país que abriu seu mercado recentemente. A expectativa é conquistar de 30% a 50% da demanda vietnamita, que gira em torno de 300 mil toneladas anuais. Paralelamente, está prevista para setembro uma auditoria do México que pode resultar na ampliação de 45% no número de plantas habilitadas para exportação de carne brasileira. Outros mercados também estão no radar. Para o suco de laranja, produto mais afetado pela nova tarifa, as negociações com a China buscam uma equalização tarifária que permita a entrada do produto com menor custo. Arábia Saudita e países do Oriente Médio também estão entre os potenciais compradores. Para o café, os esforços se concentram na China e na Austrália, esta última com alto volume de importação, mas baixa participação brasileira. No caso das frutas, que têm nos Estados Unidos um importante destino, parte das exportações deve ser redirecionada para a Europa e para o mercado asiático. Com cerca de 90% dos pescados exportados tendo os EUA como destino, esse setor demanda ainda identificação de novos compradores. A rede de adidos agrícolas no exterior foi mobilizada para intensificar a busca ativa por oportunidades. O governo também planeja ações de promoção comercial nos mercados estratégicos, em parceria com o setor privado).