Ícone do site AGRONEGÓCIO

Luz artificial para induzir o cio das éguas

Égua com potro abraçado ao pescoço
É possível proporcionar condições para fazer com que ela entre no cio o mais cedo possível
 
Entender a fisiologia das éguas é fundamental para realizar significativas alterações no ambiente, fazendo com que elas manifestem o cio o mais cedo possível dentro da temporada de monta. Assim, os potros também nascerão mais e serão mais competitivos tempos depois.

Luminosidade e o período fértil das éguas

A natureza preparou a égua para sempre parir no verão, quando há mais disponibilidade de alimento. Nessa época, ela tem mais acesso a calor, luz, chuvas e pastagens. Então, é possível proporcionar condições para fazer com que ela entre no cio o mais cedo possível.

A indução é feita por meio de luz artificial. O recurso permite “alongar o dia”, oferecendo luz para o animal num período acima de 14 ou 15 horas, sendo o ideal 16 horas.
 
Mesmo que o dia escureça, ainda há oferta de mais algumas horas de luz e isso é o suficiente para estimular a parte reprodutiva da égua.
 
Em média leva 56 dias para uma égua sair de uma fase de anestro (período de completa inatividade sexual, durante o qual não há sinais de manifestação de cio) e passar para uma fase ciclante. Portanto, para fazer com que a égua entre em estro no período desejável, a luz artificial deve começar a ser introduzida no manejo cerca de dois meses antes da temporada. Quando a temporada chegar, a égua estará no período ciclante (é o período da fase reprodutiva do animal no qual a fêmea apresenta sinais de receptividade sexual), e poderá ser coberta. Assim, os potros nascerão cedo dentro da temporada de monta.
 
Os potros nascidos no cedo ganham competitividade nas provas, uma vez que estão mais desenvolvidos que seus concorrentes da mesma idade que porventura tenham nascido mais tarde.

O processo

  • O ideal é que a égua fique numa cocheira de 4×4 m com uma lâmpada de 100 watts (incandescente, antiga, ou então uma lâmpada moderna de led, mas com luminosidade equivalente).
  • Ela deve ficar no máximo a 1,5 m dos olhos da égua para a gente ter certeza que ela está recebendo esta luz.
  • Outra opção (de uso de luz artificial) é em comedouros. Quando as éguas estão habituadas a comer em comedouro, basta colocar ali um volumoso que ela leve tempo para comer. Por exemplo, um feno. Em cima, ela vai ter lâmpadas que fornecem luz suficiente para produzir intensidade luminosa que precisamos e elas vão ficar ali mais ou menos das 5h30 da tarde, antes de escurecer, até 10h da noite.
  • Outra opção é o paddock, um piquete pequeno com refletores instalados e que forneça essa mesma quantidade de luz.

Leia também:

Emergência equina – primeiros socorros

Sair da versão mobile