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Veja como produzir mudas de árvores

Mudas de espécie nativa em recipientes plásticos

Definir o objetivo do negócio é o primeiro passo para o sucesso

Antes das dicas que apresentaremos, tem um fator que deve estar claro no objetivo do seu negócio: mudas de plantas podem ser produzidas com diversas finalidades. Você já definiu este objetivo? Elas podem ser para:

Só depois da definição dessa finalidade, é que é hora de encontrar as árvores que servirão como matrizes para a coleta de sementes. 

1. Árvores matrizes – Avalie com rigor aspectos como sanidade e fertilidade da planta. Para saber se a árvore é fértil ou não, observe se há floradas, cascas ou outros restos de frutos no chão, seu porte e se as plantas atingiram a maturidade. Atenção: árvores nativas não produzem frutos e flores na mesma quantidade todos os anos. Isso é uma ocorrência natural das espécies. Verifique a aparência geral da árvore, se é de bom porte, tronco perfeito, se está aparentemente sadia, resumindo, se é um bom representante da espécie. 
2. Sementes – Escolha sementes inteiras, sadias, sem a presença de pragas, manchas ou perfurações. É recomendável, necessário, na verdade, uniformizar as sementes, agrupando aquelas de tamanhos parecidos. As sementes menores tendem a produzir mudas menores, pois dependem da reserva que possuem para o arranque inicial. O momento da coleta nos frutos secos é de fácil observação porque eles começam a secar e a ter pequenas rachaduras. Os frutos carnosos normalmente ficam com coloração amarelada, amolecidos, com a cor característica de fruto maduro. 
3. Plantio – Escolha o recipiente para plantio de acordo com o tamanho da semente e porte da planta. Coloque-as de forma que tenham o maior contato possível com o substrato. Irrigue logo após o plantio. Não as enterre de maneira muito profunda. Sementes maiores podem ficar um pouco mais fundo, mas nunca deixe mais que um centímetro de terra sobre ela. Para sementes menores, deixe no máximo meio centímetro de terra por cima. Há, ainda, as sementes que devem ficar na superfície, tocando o solo (como as de alface). Estas não podem ser enterradas porque dependem de luz para germinar.

4. Tipos de substratos – O solo em que a semente irá germinar na sementeira, nos tubetes, saquinhos ou vasos, também devem ser levados em consideração. A quantidade de adubo no solo deve variar de acordo com a origem de cada espécie e suas características. Plantas que nascem próximo a córregos e rios têm maior fertilidade e disponibilidade de água. Já as do cerrado, por exemplo, vêm de solos menos férteis, então é recomendável um substrato com menor adubação, mais semelhante ao solo onde elas se desenvolvem. 
5. Construção do viveiro – Defina a área onde ficará a estrutura. Certifique-se de que tenha acesso à água e luz e um local protegido do vento. Cuidado com a presença de doenças e pragas, como as formigas cortadeiras. O ideal é fazer o controle antes de iniciar a construção. Este controle também vale para as áreas de plantio das mudas, que precisam ser controladas três meses antes de serem transplantadas. Saber se o viveiro será permanente ou temporário (para atender uma demanda específica) é outro fator importante que ajuda a definir, por exemplo, o orçamento disponível para a construção. 
6. Pragas e doenças – Os cuidados começam na escolha e separação das sementes e mudas. Mudas maiores e menores garantem lotes uniformes. Descarte as plantas doentes, que não crescem, estão com defeitos. Entre as pragas mais comuns estão os pulgões, cochonilhas, lagartas desfolhadoras e formigas cortadeiras. Quanto melhor a nutrição das plantas, menos suscetíveis elas são ao aparecimento de doenças. As espécies nativas são bastante resistentes porque já passaram por uma seleção natural ao longo do tempo.

7. Recomendações gerais – Preste atenção ao estado das sementes, das mudas e do ambiente. O cuidado começa com a obtenção das sementes de boa qualidade. Se for comprar, evite as sementes piratas! A observação constante e atenta do viveirista é crucial para identificar problemas e necessidades das plantas. Recomenda-se cautela no horário entre 10h e 15h, o período mais quente do dia e o momento mais crítico para os viveiros.

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