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BlogFauna RuraltecTV – Sabiá laranjeira

Sabiá laranjeira (Turdus rufiventris)
Ave símbolo do estado de São Paulo, também considerada ave símbolo do Brasil (apesar de muitos contestarem alegando a ararajuba como a representante brasileira), o sabiá-laranjeira, também conhecido como sabiá-cavalo, sabiá-ponga, piranga, ponga, sabiá-coca, sabiá-de-barriga-vermelha, sabiá-gongá, sabiá-laranja, sabiá-piranga, sabiá-poca, sabiá-amarelo, sabiá-vermelho e sabiá-de-peito-roxo, é uma ave popular, citada por diversos poetas como o pássaro que canta na estação do amor, ou seja, na primavera. Foi imortalizado na “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, juntou-se oficialmente aos outros quatro símbolos nacionais – a bandeira, o hino, o brasão de armas e o selo, passando a ter a mesma importância deles na representação do Brasil, por decreto, em 3 de outubro de 2002.

Vários autores e artistas famosos deram ao sabiá-laranjeira notoriedade artística, como Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Luiz Gonzaga e Zé Dantas, Chico Buarque e Tom Jobim, Milton Nascimento, Roberta Miranda e Patativa do Assaré.

Em tupi, sabiá significa “aquele que reza muito”, em alusão à voz dessa ave. Segundo uma lenda indígena, quando uma criança ouve, durante a madrugada, no início da primavera, o canto do sabiá, será abençoada com muita paz, amor e felicidade.

 
Imortalizado por Luiz Gonzaga e Zé Dantas na música “Sabiá”:

 
Outra música muito conhecida do povo – “Majestade, o sabiá” com Roberta Miranda:

 
Canto do sabiá laranjeira:

 
SABIÁ LARANJEIRA (Turdus rufiventris)Características – mede 25 cm de comprimento e pesa de 75 g. Pode viver em torno de 30 anos. A coloração de suas costas é cinza-escuro, peito pardo-claro, gola raiada de tons preto e branco e abdome vermelho alaranjado que pode mudar de tom conforme a região, a do nordeste brasileiro é bem mais claro, bem mais amarelado. Não há dimorfismo sexual, a fêmea é exatamente igual ao macho, não se consegue separar um do outro, facilmente. É um dos pássaros mais famosos do Brasil.
Habitat – matas, cerrados, parques e quintais, e até dentro do centro de cidades quando há alguma arborização. Em regiões mais secas, sempre à beira de rios e de lagoas.

Ocorrência – estados litorâneos, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Sua distribuição ocorre em quase todo o território brasileiro à exceção da floresta amazônica. Migra para regiões mais quentes no inverno. Encontrado também na Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Hábitos – o canto dessa espécie é considerado um dos mais bonitos de toda nossa avifauna, sendo muito apreciado. O canto varia de região para região, de mata para mata, de indivíduo para indivíduo, podendo haver milhares de tipos de cantos diferentes. É um canto longo e melodioso assemelhado ao som de uma flauta e dependendo do local pode-se escutá-lo a mais de um quilômetro de distância. Alguns repetem o canto e chegam a passar até dois minutos emitindo-o, sem parar. É um pássaro territorialista, e demarca uma área geográfica quando está em processo de reprodução e não aceita a presença de outras aves da espécie, a fêmea também é muito valente.

Quando não estão em processo do choco ou na fase do fogo e que a libido está em alta, quase não cantam e podem ser vistos agrupados, especialmente no chão a comerem frutos e insetos. Normalmente, vive solitário ou aos pares, pulando no chão. Em regiões mais secas é, de certa forma, restrito a áreas próximas à água. É uma ave que convive bem com ambientes modificados pelo homem, seja no campo ou na cidade, desde que tenha oportunidades de encontrar abrigo, alimento e água.
Alimentação – onívoro. Consomem quase todas as frutas de pomares com preferência para o mamão e abacate e de árvores silvestres abundantes em nosso País. Apreciam também pimenta, amora e alguns legumes. Minhocas e insetos.
Reprodução – primavera-verão. Ao iniciarem-se as chuvas ao final do mês de agosto, cantam muito para estimular suas fêmeas e fixarem sua morada, notadamente ao amanhecer e ao entardecer. O ninho é construído na copa de árvores, arbustos e até bananeiras a partir de fibras vegetais e barro, possuindo forma de tigela. Também pode construir o ninho em vãos nos beirais de telhados, ocasião que pode construir vários ninhos ao mesmo tempo, por confundir os vãos. O número de ovos de cada postura é quase sempre 2, às vezes 3, de cor verde-azulado. Cada fêmea choca 3 vezes por ano.
O filhote nasce aos treze dias depois de a fêmea deitar e sai do ninho também aos treze dias de idade e pode ser separado da mãe com 35 dias. Macho e fêmea se revezam na construção do ninho e na alimentação dos filhotes.
Ameaças – caça para o tráfico de animais silvestres e destruição do habitat. É predado por corujas e cobras.
 
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